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19/11/2022
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03/09/2022
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13/08/2022
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14/05/2022
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12/03/2022
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04/03/2013
A arte de... André Araújo
Fantastic Four #5AU
Matt Fraction (argumento)
André Araújo (desenho)
Mark Bagley (capa)
Marvel Comics
EUA, 27 de Março de 2013
170 x 260 mm, cor, comic-book
$US 3,99
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20/11/2011
Quarteto Fantástico, 50 anos
Há 50 anos, era editada nos EUA Fantastic Four #1, um comic-book que renovou por completo o género de super-heróis e lançou as bases do universo Marvel que hoje conhecemos.Na realidade, são diversas as opiniões acerca da data exacta de lançamento, por isso conta a data de Novembro impressa na capa da revista, que custava apenas 10 cêntimos de dólar e mostrava quatro super-heróis desconhecidos a combater um monstro que emergia do solo.
A inovação não advinha do conceito – os super-heróis já existiam há mais de duas décadas – nem da sua associação - o primeiro super-grupo, a Justice League of America, na época já fazia sucesso há quase um ano.
Os próprios heróis apresentados eram pouco inovadores: Reed Richards, o senhor Fantástico, lembrava os antecessores Plastic Man (criado por Jack Cole, em 1941) e Elongated Man (John Broome e Carmine Infantino, 1960); Sue Storm, futura senhora Richards e a Mulher Invisível, evocava a Invisible Scarlett O’Neil (Russell Stam, 1940); Johnny Storm homenageava o Tocha Humana original (Carl Burgos, 1939).
O que tornava diferente este quarteto eram as suas relações familiares – Reed e Sue casariam em 1965, Johnny era irmão de Sue – e o modo como funcionavam como uma verdadeira família, partilhando o mesmo tecto e também os problemas do dia-a-dia, comuns aos seus leitores (mortais): contas para pagar, necessidade de emprego, incompatibilidades de temperamentos, problemas de relacionamento ou a obrigação de assumirem as consequências dos seus actos. Para além disso, Reed, um génio inventivo, e a ponderada Sue surgiam como os sustentáculos do grupo, fazendo face às partidas constantes que Johnny, um adolescente tardio mais interessado em carros potentes e bonitas namoradas, pregava ao Coisa, permanentemente deslocado pelo seu aspecto monstruoso.
Ou seja, na prática, havia uma humanização dos super-heróis cuja popularidade estava na época em decréscimo acentuado, substituídos pelas histórias aos quadradinhos de suspense e de terror. Super-heróis que, seguindo estas premissas, voltariam ao topo da popularidade e se multiplicariam nos meses seguintes com a chegada do Homem-Aranha, Hulk, Demolidor ou X-Men.
Os criadores do Quarteto Fantástico foram Stan Lee, então há mais de 20 anos a trabalhar na futura Marvel Comics e na época a pensar mudar de ramo, e Jack Kirby, justamente considerado o “rei dos comics”, que desenhou mais de 2500 páginas das suas aventuras.
O número inaugural do Quarteto Fantástico, narrava a origem dos seus poderes, surgidos após o foguete em que se deslocavam ser bombardeado por raios cósmicos no espaço – uma temática então em voga, dada a corrida espacial que opunha EUA e URSS - com consequências diversas para cada um dos seus componentes, que no entanto decidiram utilizá-los para ajudar a humanidade.
E se alguma vez se perguntou como estica a roupa do sr. Fantástico, por que é que Sue Storm não precisa de se despir antes de se tornar invisível ou porque não arde a roupa de Johnny quando se transforma no Tocha Humana, fique sabendo que não é o primeiro a fazê-lo. Logo após a estreia do Quarteto Fantástico, um leitor escreveu a Stan Lee colocando aquelas questões. Socorrendo-se do génio inventivo de Reed Richards, o escritor introduziu em “Fantastic Four” #6 o conceito de “moléculas instáveis” que formariam um tecido capaz de se adaptar aos super-poderes de quem o usasse.
Dessa forma, Lee respondeu a esse leitor e resolveu um outro problema: a fonte de receitas do Quarteto, que patenteou a invenção passando a fornecer o tecido a quase todos os seus colegas super-heróis da Marvel!
Como complemento, no número de estreia havia o confronto com o Toupeira, a primeira de muitas ameaças que a “super-família” enfrentaria, com destaque para seres monstruosos e extra-terrestres, com o Doutor Destino e Galactus, Skrulls e Krees à cabeça. A partir do terceiro número, o quarteto passou a ter uniformes, um quartel-general e o invulgar “fantasticarro”, recebendo as suas aventuras o subtítulo de “The Greatest Comic Magazine In The World”.
Com o passar do tempo, ao seu lado haveriam de surgir outros super-heróis como o Homem-Aranha, o Surfista Prateado ou Namor. Alguns deles – She-Hulk, Luke Cage, o Homem-Formiga ou, recentemente, o Homem-Aranha - ocuparam mesmo, de forma provisória, um lugar no Quarteto, quer por abandonos temporários, desaparecimentos misteriosos ou falecimentos (a prazo) provocados pela máquina de marketing da Marvel.
O sucesso de papel levou-os à televisão, em desenhos animados, logo em 1967, tendo sido diversos os regressos a este suporte ao longo das décadas, incluindo o direito a uma paródia numa abertura dos SImpsons.
Curiosamente, foi necessário esperar até 1993 para assistir à sua estreia em cinema, interpretados por actores de carne e osso, numa película candidata a pior filme de sempre que a Marvel proibiu. O regresso ao grande ecrã do Quarteto Fantástico – mesmo assim abaixo dos seus pergaminhos em BD - só teria lugar em 2005, num filme homónimo dirigido por Tim Story e protagonizado por Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans e Michael Chiklis, que regressariam dois anos depois em “Quarteto Fantástico e Surfista Prateado”.
Hoje, meio século depois da sua estreia, se Reed e Sue já foram pais por duas vezes (Franklin nasceu em 1968 e Valeria em 1999, apesar de aparentarem idades próximas!), parece que o tempo não passou por eles e que tudo continua essencialmente na mesma, continuando no topo das preferências dos leitores que, com eles, se continuam a identificar.
(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 15 de Novembro de 2011)
A inovação não advinha do conceito – os super-heróis já existiam há mais de duas décadas – nem da sua associação - o primeiro super-grupo, a Justice League of America, na época já fazia sucesso há quase um ano.
Os próprios heróis apresentados eram pouco inovadores: Reed Richards, o senhor Fantástico, lembrava os antecessores Plastic Man (criado por Jack Cole, em 1941) e Elongated Man (John Broome e Carmine Infantino, 1960); Sue Storm, futura senhora Richards e a Mulher Invisível, evocava a Invisible Scarlett O’Neil (Russell Stam, 1940); Johnny Storm homenageava o Tocha Humana original (Carl Burgos, 1939).
O que tornava diferente este quarteto eram as suas relações familiares – Reed e Sue casariam em 1965, Johnny era irmão de Sue – e o modo como funcionavam como uma verdadeira família, partilhando o mesmo tecto e também os problemas do dia-a-dia, comuns aos seus leitores (mortais): contas para pagar, necessidade de emprego, incompatibilidades de temperamentos, problemas de relacionamento ou a obrigação de assumirem as consequências dos seus actos. Para além disso, Reed, um génio inventivo, e a ponderada Sue surgiam como os sustentáculos do grupo, fazendo face às partidas constantes que Johnny, um adolescente tardio mais interessado em carros potentes e bonitas namoradas, pregava ao Coisa, permanentemente deslocado pelo seu aspecto monstruoso.
Ou seja, na prática, havia uma humanização dos super-heróis cuja popularidade estava na época em decréscimo acentuado, substituídos pelas histórias aos quadradinhos de suspense e de terror. Super-heróis que, seguindo estas premissas, voltariam ao topo da popularidade e se multiplicariam nos meses seguintes com a chegada do Homem-Aranha, Hulk, Demolidor ou X-Men.
Os criadores do Quarteto Fantástico foram Stan Lee, então há mais de 20 anos a trabalhar na futura Marvel Comics e na época a pensar mudar de ramo, e Jack Kirby, justamente considerado o “rei dos comics”, que desenhou mais de 2500 páginas das suas aventuras.
O número inaugural do Quarteto Fantástico, narrava a origem dos seus poderes, surgidos após o foguete em que se deslocavam ser bombardeado por raios cósmicos no espaço – uma temática então em voga, dada a corrida espacial que opunha EUA e URSS - com consequências diversas para cada um dos seus componentes, que no entanto decidiram utilizá-los para ajudar a humanidade.
E se alguma vez se perguntou como estica a roupa do sr. Fantástico, por que é que Sue Storm não precisa de se despir antes de se tornar invisível ou porque não arde a roupa de Johnny quando se transforma no Tocha Humana, fique sabendo que não é o primeiro a fazê-lo. Logo após a estreia do Quarteto Fantástico, um leitor escreveu a Stan Lee colocando aquelas questões. Socorrendo-se do génio inventivo de Reed Richards, o escritor introduziu em “Fantastic Four” #6 o conceito de “moléculas instáveis” que formariam um tecido capaz de se adaptar aos super-poderes de quem o usasse.
Dessa forma, Lee respondeu a esse leitor e resolveu um outro problema: a fonte de receitas do Quarteto, que patenteou a invenção passando a fornecer o tecido a quase todos os seus colegas super-heróis da Marvel!
Como complemento, no número de estreia havia o confronto com o Toupeira, a primeira de muitas ameaças que a “super-família” enfrentaria, com destaque para seres monstruosos e extra-terrestres, com o Doutor Destino e Galactus, Skrulls e Krees à cabeça. A partir do terceiro número, o quarteto passou a ter uniformes, um quartel-general e o invulgar “fantasticarro”, recebendo as suas aventuras o subtítulo de “The Greatest Comic Magazine In The World”.
Com o passar do tempo, ao seu lado haveriam de surgir outros super-heróis como o Homem-Aranha, o Surfista Prateado ou Namor. Alguns deles – She-Hulk, Luke Cage, o Homem-Formiga ou, recentemente, o Homem-Aranha - ocuparam mesmo, de forma provisória, um lugar no Quarteto, quer por abandonos temporários, desaparecimentos misteriosos ou falecimentos (a prazo) provocados pela máquina de marketing da Marvel.
O sucesso de papel levou-os à televisão, em desenhos animados, logo em 1967, tendo sido diversos os regressos a este suporte ao longo das décadas, incluindo o direito a uma paródia numa abertura dos SImpsons.
Curiosamente, foi necessário esperar até 1993 para assistir à sua estreia em cinema, interpretados por actores de carne e osso, numa película candidata a pior filme de sempre que a Marvel proibiu. O regresso ao grande ecrã do Quarteto Fantástico – mesmo assim abaixo dos seus pergaminhos em BD - só teria lugar em 2005, num filme homónimo dirigido por Tim Story e protagonizado por Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans e Michael Chiklis, que regressariam dois anos depois em “Quarteto Fantástico e Surfista Prateado”.
Hoje, meio século depois da sua estreia, se Reed e Sue já foram pais por duas vezes (Franklin nasceu em 1968 e Valeria em 1999, apesar de aparentarem idades próximas!), parece que o tempo não passou por eles e que tudo continua essencialmente na mesma, continuando no topo das preferências dos leitores que, com eles, se continuam a identificar.
(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 15 de Novembro de 2011)
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Efeméride,
Marvel,
Quarteto Fantástico
14/02/2011
Homem-Aranha substitui Tocha Humana
Com as cinzas do Tocha Humana ainda quentes (!) – a sua morte aconteceu no final de Janeiro - a Marvel já tratou de lhe arranjar um substituto, tendo anunciado que o seu lugar no Quarteto Fantástico será ocupado pelo Homem-Aranha.
Isto acontecerá na estreia da revista FF (que será lançada a 23 de Março), na qual aquela sigla deixa de corresponder a Fantastic Four (Quarteto Fantástico) passando a designar a Future Foundation (Fundação Futuro), que terá por missão salvar o universo Marvel de grandes ameaças. Este título (que no seu número inaugural terá o dobro das páginas habituais e quatro capas diferentes, assinadas por Steve Epting, Daniel Acuña, Stan Goldberg e Marko Djurdjevic), vem substituir a revista Fantastic Four, que terminará este mês, no nº 588, com uma história que de alguma forma antecipa o futuro agora desvendado, numa conversa entre o Homem-Aranha e Franklin Richards, filho do Sr. Fantástico e da Mulher Invisível.
Na história inaugural de FF #1 escrita por Jonathan Hickman e desenhada por Steve Eptin, a entrada do Homem-Aranha no grupo fica também assinalada pela estreia de novos uniformes de cor branca, que substituem os tradicionais fatos azuis com o número 4.
Curiosamente, o Homem-Aranha tinha-se oferecido para integrar o Quarteto Fantástico logo nos seus primórdios, na revista “Amazing Spider-Man” #1 (1963), tendo na altura sido recusado.
Esta notícia surge ao mesmo tempo que chega às livrarias especia-lizadas portu-guesas a edição #587 de Fantastic Four, a tal em que o Tocha Humana perde a vida no decorrer de uma enorme batalha, que foi alvo de uma grande campanha de marketing desde Agosto de 2010, chegando às bancas envolta num saco plástico preto, para não ser possível saber antecipadamente qual dos super-heróis perderia a vida. Campanha que obteve os resultados pretendidos, quer mediaticamente, quer em volume de vendas pois a revista foi a mais vendida nos EUA no mês de Janeiro, ultrapassando os 115 mil exemplares e recolocando a Marvel no topo.
Sem aquela expressão, este número especial – que muitos consideram um bom investimento tendo em vista uma eventual futura valorização – teve um número de encomendas bem superior ao habitual também nas lojas especializadas portuguesas, como é o caso da Mundo Fantasma, no Porto.
(Texto publicado no Jornal de Notícias de 12 de Fevereiro de 2011)
Isto acontecerá na estreia da revista FF (que será lançada a 23 de Março), na qual aquela sigla deixa de corresponder a Fantastic Four (Quarteto Fantástico) passando a designar a Future Foundation (Fundação Futuro), que terá por missão salvar o universo Marvel de grandes ameaças. Este título (que no seu número inaugural terá o dobro das páginas habituais e quatro capas diferentes, assinadas por Steve Epting, Daniel Acuña, Stan Goldberg e Marko Djurdjevic), vem substituir a revista Fantastic Four, que terminará este mês, no nº 588, com uma história que de alguma forma antecipa o futuro agora desvendado, numa conversa entre o Homem-Aranha e Franklin Richards, filho do Sr. Fantástico e da Mulher Invisível.
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Curiosamente, o Homem-Aranha tinha-se oferecido para integrar o Quarteto Fantástico logo nos seus primórdios, na revista “Amazing Spider-Man” #1 (1963), tendo na altura sido recusado.
Esta notícia surge ao mesmo tempo que chega às livrarias especia-lizadas portu-guesas a edição #587 de Fantastic Four, a tal em que o Tocha Humana perde a vida no decorrer de uma enorme batalha, que foi alvo de uma grande campanha de marketing desde Agosto de 2010, chegando às bancas envolta num saco plástico preto, para não ser possível saber antecipadamente qual dos super-heróis perderia a vida. Campanha que obteve os resultados pretendidos, quer mediaticamente, quer em volume de vendas pois a revista foi a mais vendida nos EUA no mês de Janeiro, ultrapassando os 115 mil exemplares e recolocando a Marvel no topo.
Sem aquela expressão, este número especial – que muitos consideram um bom investimento tendo em vista uma eventual futura valorização – teve um número de encomendas bem superior ao habitual também nas lojas especializadas portuguesas, como é o caso da Mundo Fantasma, no Porto.
(Texto publicado no Jornal de Notícias de 12 de Fevereiro de 2011)
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