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10/09/2013

X-Files, segredos com 20 anos

Há 20 anos estreava no pequeno ecrã aquela que viria a ser uma das séries de maior culto de todos os tempos: “The X-Files” – “Ficheiro Secretos” na versão portuguesa da TVI, num tempo em que ainda não havia televisão por cabo.



Criação de Chris Carter, que conquistou mais de duas dezenas de prémios Emmy, os “Ficheiros Secretos” tinham como protagonistas dois agentes do FBI: Fox Mulder (interpretado por David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson). O primeiro tinha como objectivo encontrar a irmã, Samantha, que acreditava ter sido raptada por extraterrestres em criança, o que justificava as suas crenças em vida fora da Terra e em fenómenos paranormais, e provocava a sua marginalização por chefias e colegas.
Quanto à ruiva Scully, foi destacada para sua parceira para o tentar trazer para a razão. A série vivia muito da oposição entre a crença do primeiro e o cepticismo da segunda, que servia de base às investigações e às interpretações dos casos que ambos tinham de investigar, pondo em causa frequentemente as versões oficiais. Aliás, raramente – antes ou depois – a teoria da conspiração foi levada tão longe com Mulder – e depois também Scully – a terem de desconfiar de tudo e de todos, dos seus colegas do FBI às altas esferas governativas.
Apesar das suas diferenças, Scully rapidamente tornou-se a única pessoa em quem Mulder confiava e entre os dois acabou mesmo por se gerar uma inegável atracção física que resultaria numa relação próxima e num filho.
Ao longo de nove temporadas e 201 episódios, inicialmente filmados no clima húmido e sombrio de Vancouver, no Canadá, e depois em Los Angeles, devido ao excesso de precipitação do local original, os dois agentes investigaram casos estranhos, para lá dos limites do conhecimento humano, da ciência e mesmo da razão, tornando célebres citações como “I want to believe” (eu quero acreditar), “The true is out there” (a verdade anda por aí”) ou “Trust no one” (não confies em ninguém).
Ao lado dos protagonistas estiveram, de forma recorrente, o director do FBI Walter Skinner (Mitch Pileggi), dividido entre o apoio aos seus agentes e o questionamento dos seus métodos e resultados, e o “homem do cigarro” (William B. Davis), na dúbia posição de informador que permitia a Mulder e Scully pequenas vitórias que os impediam de ver derrotas mais amplas.
O cansaço da série, outros projectos e uma gravidez de Scully levaram a que um e outro, em momentos diferentes, estivessem ausentes dos Ficheiros Secretos, “oficialmente” por ambos terem sido abduzidos. Nessa altura Mulder foi substituído pelo agente John Doggett (Robert Patrick), que assumiu o papel de descrente, passando Scully a ser a que acreditava.
O sucesso transpôs os X-Files para o grande ecrã, em duas películas com os actores originais, que prolongaram a exploração dos temas bases da série: “Fight the Future” (1998, dirigido por Rob Bowman) e “I want to believe” (2008, Chris Carter). Recentemente, a propósito dos 20 anos da série, surgiram rumores sobre um terceiro filme, que Duchovny, agora com 52 anos, e Anderson, com 44, não inviabilizaram durante a recente Comic Con de San Diego.
A actriz, entre diversos projectos, maioritariamente de produção britânica, protagonizou igualmente “Playing by heart” (1998), com Sean Connery e Angelina Jolie, “The House of Mirth” (2000) ou “Bleak House” (2005), estando actualmente a trabalhar em “The Fall” um drama policial produzido pela BBC.
Quanto a David Duchovny, tem no seu currículo a participação em mais de três dezenas de filmes menores, antes, durante e depois da sua vida como Fox Mulder, incluindo “House of D”, que ele próprio escreveu e realizou. Participou igualmente num episódio de “The Sex and the City” e realizou outro de “Bones”. A partir de 2007 voltou à ribalta como Hank Moody, o escritor maldito viciado em álcool e sexo que protagoniza “Californication”.
No final da nona e última temporada dos Ficheiro Secretos, em 2002, um dos segredos tão perseguidos era finalmente desvendado: o fim do mundo – dando razão às antigas profecias maias – deveria ocorrer a 20 de Dezembro de 2012. Previsão que – sabemos desde há alguns meses – estava errada. Ou, então, foi mais uma das mistificações que Fox Mulder sofreu…
A verdade (ainda) continua por aí.


A 10.ª temporada… aos quadradinhos

Em Junho último, a IDW distribuía nas lojas de BD norte-americanas “The X-Files – Season Ten”. Era o regresso de Mulder e Scully, 20 anos depois da sua estreia, numa trama escrita por Chris Cartes e Joe Harris e desenhada por Michael Walsh. Assumindo-se como a décima temporada da série televisiva, tinha como ponto de partida o final do segundo filme.
No entanto, a estreia aos quadradinhos deu-se muitos anos antes, logo em 1995, quando a Topps Comics lançou a revista “The X-Files”, em pequeno formato e com a curiosidade – hoje – de descobrirmos na história inaugural – “Big Foot, warm heart” – e até ao volume 16, a assinatura nos desenhos de Charles Adlard, actual responsável da arte de “The Walking Dead”. Ao fim de 41 números a revista terminaria, já depois de a Topps ter publicado também a adaptação dos episódios televisivos, escrita pelo veterano Roy Thomas, que não passaria da segunda temporada.
Para além de algumas mini-séries esparsas ao longo dos anos, em 2010 a IDW e a Wildstorm fizeram regressar Mulder e Scully num improvável confronto com os vampiros de 30 Days of Night, com argumento de Steve Niles.


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