24/04/2012

Os nossos Mutts











Patrick McDonnell
Devir (Portugal, Fevereiro de 2012)
215 x 225 mm, 128 p., pb, brochado
12,99 €



1.      Há muito anunciada na caixa aqui ao lado, a das “Próximas Leituras”, esta nova colectânea de Mutts, a quinta lançada em Portugal pela Devir…
2.      (depois da sua introdução entre nós pela BaleiAzul de José Abrantes)
3.      … é mais uma daquelas edições imperdíveis, cuja recensão, por uma ou outra razão fui adiando.
4.      Desde logo, porque sei que tudo o que escreva sobre ela, será sempre pouco para justificar a frase que atrás deixei.
5.      Vou, mesmo assim, tentar fazê-lo – devo-o aos meus leitores, à Devir, ao autor - embora com a premissa (a consciência…) de que só a leitura do álbum permitirá assimilá-la na sua totalidade.
6.      Tira diária de imprensa, com protagonistas animais – o cão Earl e o gato Mooch – Mutts foge completamente aos habituais estereótipos do género.
7.      Primeiro, pela grande ternura que dela emana.
8.      Antes do humor, que é notável…
9.      Antes do nonsense que perpasse por todas as pranchas…
10. Antes da paixão pelos animais, que é evidente…
11.  Antes da poesia, que a distingue de qualquer outra tira diária – de qualquer outra BD? - …
12.  Mutts destaca-se pela enorme ternura com que McDonnell traça os dois animaizinhos, os seus donos, os outros animais (tigres, pássaros, caranguejos…) com quem se vão cruzando, e o seu quotidiano, simples, corriqueiro e banal mas sempre surpreendente e renovado, pleno de descobertas.
13.  Depois – de tudo o mais que entretanto atrás também referi – Mutts também se diferencia pelo facto de os protagonistas assumirem, indiferenciadamente, posturas animais ou (semi-)humanizadas, conforme as circunstâncias pedem.
14.  Enquanto animais, revelam-se curiosos, brincalhões, ingénuos, surpreendentes, imprevisíveis, revelando um desenhador fabuloso pela forma como plasma no papel, com traço enganadoramente simples mas de grande graciosidade e agilidade, os seus esgares, movimentos, corridas ou espreguiçadelas.
15.  Enquanto animais antropomorfizados (apenas na ausência dos donos), falantes (entre si), de comportamento semi-humano sem perderem o distanciamento do real que a sua animalidade lhes confere, podem ser sarcásticos, admiravelmente certeiros, incomodamente críticos e, mais uma vez, avassaladoramente ternos.
16.  Entre o cão e o gato…
17.  Entre a ingenuidade de Earl e a maldade felina de Mooch…
18.  Entre o sotaque deliciosamente parolo deste último e o linguarejar simples daquele…
19.  Entre a ignorância (intelectual) de ambos e a infinita sabedoria (de experiência feita – ou a fazer!) que partilham…
20. … ao leitor só resta escolher os dois.
21.  E levá-los para casa, sentar-se confortavelmente – se eles não tiverem já ocupado o sofá… - e desfrutar, vez após vez, das suas brincadeiras e tropelias, das suas aventuras e descobertas, com a certeza de boa disposição, de muita poesia, de uma imensa ternura e de uma sensação de bem-estar que raras leituras proporcionam.


23/04/2012

Dampyr regressa a Portugal














A zona vinícola do Douro e a zona ribeirinha do Porto e de Vila Nova de Gaia vão ser palco de uma aventura aos quadradinhos de Dampyr, “Tributo di sangue”, a publicar em Junho, em Itália, no número 147 da revista mensal com o seu nome, cuja capa e duas pranchas são aqui apresentadas em estreia mundial.
A história, que “faz parte do ciclo dedicado a Thorke, um demónio da Dimensão Negra que leva os seus seguidores ao canibalismo”, segundo o argumentista, Giovanni Eccher, “faz referência a vários aspectos histórico-geográficos do local em que é ambientada: o vinho do Porto e as caves de Vila Nova de Gaia, a especificidade cultural de Miranda do Douro e as perseguições aos judeus perpetradas pela população cristã e pela Inquisição portuguesa no século XVI”.
A escolha desses locais fica a dever-se, segundo Eccher, ao facto de ter ficado “impressionado com eles durante uma belíssima viagem a Portugal”. Apesar de só conhecer a zona ribeirinha “como turista que passou ali alguns dias”, considera-a “espectacular do ponto de vista cenográfico”, tendo imaginado “no local uma cena de acção na ponte Luís I”, que depois inseriu no seu argumento, que inclui diversas personagens portuguesas e mesmo “um fantasma que se manifesta com um traje típico mirandense”.
O desenho esteve a cargo de Maurizio Dotti, que confessou nunca ter tido “o prazer de visitar a zona ribeirinha do Douro”, embora a considere “certamente belíssima, a julgar pelas fotos” cedidas pelo argumentista, nas quais se baseou para a desenhar, tendo sido a sua maior dificuldade “tornar os lugares e itinerários reconhecíveis”.
Protagonista de histórias fantásticas de terror, cujas primeiras 12 revistas foram distribuídas em Portugal, na versão brasileira da Mythos Editora, em 2005, Dampyr (designação de um filho de uma humana e de um vampiro) é uma personagem da Sergio Bonelli Editore, responsável também pelos grandes sucessos dos fumetti (BD popular italiana) que dão pelo nome de Tex e Zagor.
De seu nome Harlan Draka, foi criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo em 2000, dedicando-se a caçar vampiros e demónios, sendo a segunda vez que isso o traz até Portugal, pois em 2006, em "Lo sposo della vampira" (Dampyr #75), já tinha passado por Trás-os-Montes.

Este texto e as respectivas entrevistas não teriam sido possíveis sem a inestimável colaboração de José Carlos Pereira Francisco, para os contactos com os autores e a Sergio Bonelli Editore, e de Julio Schneider, para a tradução das questões e das respectivas respostas. A ambos o meu muito obrigado.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 14 de Abril de 2012)

Entrevista a Maurizio Dotti

Sinto-me fascinado pelas cidades cheias de história”










A edição em Junho próximo, na revista Dampyr #147, da história “Tributo di sangue”, que traz aquele herói da Sergio Bonelli Editore de novo a terras portuguesas, foi o pretexto para uma pequena conversa com o seu desenhador, o italiano Maurizio Dotti.

As Leituras do Pedro - De que trata esta história de Dampyr?
Maurizio Dotti - A trama, ambientada entre a cidade do Porto, Vila Nova de Gaia e Miranda do Douro, começa com a aparição de um fantasma inquieto, testemunha de um terrível passado distante, do século XVI, feito de inquisição e minoria judaica, que aparece à boquiaberta e sensitiva Maud Nightingale, que fica bastante curiosa. Na tentativa de descobrir quem é a pessoa que se esconde por trás da aparição fantasmagórica, os nossos heróis conhecerão a terrível verdade ligada a Torke e aos seus truculentos rituais antropofágicos que, como uma aura de morte, paira sobre uma importante e antiga cave vinícola. É o que eu posso dizer, o resto é um mistério.

ALP – Conhece as cidades de Porto e Vila Nova de Gaia?
MD - Não! Infelizmente nunca tive o prazer de visitá-las, mas pelo que as fotos me mostraram, são certamente cidades belíssimas.

ALP - Que documentação utilizou para as retratar na BD?
MD - Eu recebi do óptimo Giovanni Eccher uma grande quantidade de imagens realmente muito bonitas, escolhidas com o gosto formal de um realizador de um filme, coisa que afinal ele é.

ALP - Quais as maiores dificuldades que enfrentou para a desenhar?
MD - Uma dificuldade é a de tornar os lugares e itinerários reconhecíveis. Nem sempre as fotos, por mais bonitas que sejam, mostram com clareza o que se deve desenhar. Eu tenho uma certa dificuldade em realizar graficamente as figuras fantásticas, por isso sou sempre muito crítico e hesitante, quando tenho de as fazer.

ALP - Que relação existe na história entre os produtores de vinho e os extraterrestres?
MD - Mais que de extraterrestres, eu falaria de figuras evanescentes, aparições fantasmagóricas. De todo modo, eu não posso responder a essa pergunta, seria como revelar quem é o assassino num romance policial, não acha?

ALP - Que outra cidade portuguesa gostaria de desenhar?
MD - Certamente Lisboa. Eu creio que ali há muitos lugares interessantes para reproduzir. Eu sinto-me fascinado pelas cidades cheias de história. Eu tive a oportunidade de visitar muitas delas no meu distante passado de actor teatral andarilho e, naquelas ocasiões, eu gostava de captar os melhores ângulos com papel e aquarela. Odeio desenhar as cidades modernas: eu sou um verdadeiro dinossauro!

Esta entrevista não teria sido possível sem a inestimável colaboração de José Carlos Pereira Francisco, para o contacto com o autor e a Sergio Bonelli Editore, e de Julio Schneider, para a tradução das questões e das respectivas respostas. A ambos o meu muito obrigado.


Entrevista a Giovanni Eccher

“Porto e Gaia são espectaculares do ponto de vista cenográfico”




  

A edição em Junho próximo, na revista Dampyr #147, da história “Tributo di sangue”, que traz aquele herói da Sergio Bonelli Editore de novo a terras portuguesas, foi o pretexto para uma pequena conversa com o seu argumentista, o italiano Giovanni Eccher.

As Leituras do Pedro - De que trata esta história de Dampyr?
Giovanni Eccher - O volume faz parte do ciclo de histórias dedicadas a Thorke, um demónio da Dimensão Negra que leva os seus seguidores ao canibalismo. Como é tradição em Dampyr, a trama faz referência a vários aspectos histórico-geográficos do local em que é ambientada: o vinho do Porto e os exportadores de Vila Nova, o enclave cultural de Miranda do Douro, as perseguições aos judeus perpetradas pela população cristã (o massacre de Lisboa) e pela Inquisição portuguesa no século XVI.

ALP - Porquê situá-la no Porto e em Gaia?
GE - A história começa no Porto mas depois desloca-se para todo o vale do Douro: parte das construções de Vila Nova de Gaia e chega a Miranda do Douro, para depois voltar para os vinhedos dos produtores do Porto no meio dos quais se imagina que há um mosteiro que, embora inventado, é graficamente inspirado em vários conventos e mosteiros portugueses, como o Convento de Cristo em Tomar e o Mosteiro de Santa Maria em Alcobaça.
O motivo por que a trama é ambientada nesses lugares é muito simples: eu fiquei impressionado durante uma belíssima viagem a Portugal. Além disso, como a minha namorada é dona de uma enoteca em Milão, ela foi a minha guia entre os exportadores de Vila Nova de Gaia, que nos acolheram com muita cortesia e nos permitiram visitar as suas caves e provar os seus produtos - rigorosamente fora dos percursos turísticos. Desde então sou cliente da Quinta de Ervamoira de Ramos Pinto.
Na história também há um fantasma que se manifesta num trajo típico mirandense, um traje que achei realmente inquietante: quase tanto quanto os próprios mirandenses! Brincadeiras à parte, é gente muito hospitaleira. Só um pouco estranha.

ALP – Conhece então as cidades de Porto e Vila Nova de Gaia?
GE - Conheço tanto quanto pode conhecer um turista que passou alguns dias ali. Por não ter um conhecimento aprofundado, eu contentei-me em usá-las como cenários. Trata-se de cidades muito espectaculares do ponto de vista cenográfico: por exemplo, há uma cena de acção que acontece na ponte Luís I, que eu imaginei no local e depois inseri no roteiro quando regressei a Itália.

ALP - Algum português tem intervenção relevante na história?
GE - Há mais de um! À parte as personagens pertencentes à série (Harlan, Maud Nightingale e Dean Barrymore), todas as outras são portuguesas. Temos um exportador de vinhos de ascendência inglesa, uma corajosa estudante de Coimbra, o espírito de uma locandeira marrana do século XVI e outras personagens coadjuvantes. Quais são os seus papéis específicos, não posso dizer para não estragar a surpresa.

ALP - Tem planos para novas aventuras de Dampyr em Portugal?
GE - Como as aventuras de Harlan e dos seus parceiros acontecem em todo o mundo, é possível que um dia eles voltem a Portugal, numa história minha ou de outro autor (e esta também não é a primeira vez: Harlan já tinha estado em Portugal no número 75, "Lo sposo della vampira", de Boselli e Bocci). Pessoalmente, não tenho programada outra história portuguesa, mas nunca se sabe.

Esta entrevista não teria sido possível sem a inestimável colaboração de José Carlos Pereira Francisco, para o contacto com o autor e a Sergio Bonelli Editore, e de Julio Schneider, para a tradução das questões e das respectivas respostas. A ambos o meu muito obrigado.

22/04/2012

Anicomics Lisboa 2012
















Pelo 3º ano consecutivo, a BD mundial e as personagens da animação japonesa regressam à Bilbioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras, para o maior e melhor ANICOMICS LISBOA de sempre!
Nos dias 5 e 6 de Maio, o auditório, o pátio exterior e os 3 pisos do edifício irão ser palco das mais variadas iniciativas, com destaque para um espectáculo que irá reunir os melhores cosplayers portugueses da actualidade, para dois desfiles de moda e um show burlesco, quaisquer deles inéditos em eventos do género em Portugal.
Os amantes da BD poderão também deliciar-se com exposições de originais e a presença de autores nacionais e estrangeiros, que deixarão a sua marca em workshops, debates, lançamentos de livros e sessões de autógrafos.
A edição deste ano marcará ainda a estreia de uma Gaming Zone exclusiva, dedicada aos vídeo-games e aos jogos de cartas e tabuleiro! Não faltará, claro, uma zona comercial, onde poderão encontrar as últimas novidades em comics, manga, peluches, figuras e acessórios de cosplay para todos os gostos.
Todos os detalhes e outras surpresas aqui.

(Texto da responsabilidade da organização)

21/04/2012

Martin Mystère: Três décadas a desvendar os grandes enigmas da humanidade









Há 30 anos, em Abril de 1982, a Sergio Bonelli Editore lançava Martin Mystère, seguindo a sua política de bandas desenhadas eminentemente populares (devido ao preço baixo e às temáticas apelativas), na peugada do sucesso de que Tex era o expoente máximo.
Criado por Alfredo Castelli, responsável pelos argumentos de dezenas das suas aventuras, e, nesse número inicial, desenhado por Giancarlo Alessandrini, Mystère, nascido em Nova Iorque em 1942, é, em simultâneo, professor de cibernética, arqueólogo, aventureiro e escritor. Antes da estreia da revista com o seu nome, Castelli tinha tentado lança-lo – com outro nome – por duas vezes, primeiro aos quadradinhos, depois na televisão, mas sem sucesso.
Cada uma das aventuras do detective do impossível, como também é conhecido, evocativas dos grandes romances populares, é pretexto para investigar os grandes mistérios que a história da humanidade – passada e futura… - reserva, das pirâmides aztecas, maias ou egípcias ao Triângulo das Bermudas e às estátuas da Ilha de Páscoa, dos segredos dos templários a certas crenças africanas, de tradições religiosas (arca de Noé, torre de Babel…) à eventual visita de seres de outros planetas. E se nem sempre as respostas são satisfatórias ou absolutas, a sua base histórica, o retrato fiel das épocas em que decorrem e o seu tom de alguma forma culto, que reflectem o trabalho de investigação que está na sua origem, pode surpreender pelo tal tom iminentemente popular desta banda desenhada.
Ao lado de Mystére, surgem geralmente Java, um homem de Neandertal que encontrou numa das suas investigações e a quem reserva o protagonismo nos momentos de acção, e a bela Diana Lombard, sua noiva eterna e pouca apreciadora do seu lado de conquistador incorrigível. É com eles que defronta vezes sem conta Os Homens de Negro, uma seita secular encarregada de manter as “versões oficiais” por detrás dos fenómenos que investiga, e Sergeij Orloff, seu antigo companheiro e agora rival.
A título de curiosidade, refira-se o facto de Mystére ter sido um dos primeiros heróis dos quadradinhos a utilizar computador e, até por ser algo pouco habitual no universo Bonelli, os dois crossovers entre Mystère e Dylan Dog e um outro do detective do impossível com Nathan Never.
Nunca publicado em Portugal, Martin Mystère, que em 2003 foi adaptado em desenho animado pela Marathon, esteve presente ao longo dos anos nos quiosques portugueses através das edições brasileiras, primeiro pela mão da Globo (13 números entre 1986 e 1988), depois da Record (17 edições mais um especial, entre 1990 e 1992), e, mais recentemente, pela Mythos (42 edições entre 2002 e 2006).
Em Itália, a revista bimestral com o seu nome atinge este mês o nº 320, que conta mais de 200 páginas evocativas do percurso do detective do impossível, estando as suas aventuras igualmente presentes em diversas outras publicações da Sergio Bonelli Editore.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 19 de Abril de 2012)



20/04/2012

Leituras Novas

Abril de 2012

ASA
Provérbios com gatos
Catherine Labey
Gatos… Graciosos, brincalhões, ternurentos, são eles que nos falam de provérbios, numa abordagem diferente da sabedoria popular. Muitos provérbios existem também além-fronteiras, mas outros têm um sabor essencialmente português.

Dragon Ball #17 – A luta contra o terror
Akira Toriyama
Son Goku é o maior herói da Terra. Cinco anos depois de derrotar o rei demónio Piccolo, cresceu e formou família - tem um filho, Son Gohan. Mas qual é a verdadeira razão da incrível força de Son Goku? Um visitante do espaço chega e traz notícias terríveis – Goku é um extraterrestre, e o visitante, Raditz, é seu  irmão! Quando Raditz demonstra ser um assassino implacável, Goku tem de enfrentá-lo para salvar a sua família e a raça humana. Uma aliança surpreendente pode ser a última hipótese da Terra: Goku vai juntar-se ao seu velho inimigo Piccolo...!

À procura de Ideiafix
Livro com 12 ilustrações para os mais pequenos testarem as suas capacidades visuais.
É um livro-jogo (ao longo do livro, os jogadores, consoante o desempenho, vão conseguindo “ossos”. Ganha quem obtiver maior pontuação).


ASA/Público
Colecção Thorgal
#3 Loba
#4 A Guardiã das Chaves
#5 A Espada-Sol
Van Hamme e Rosinski

Associação Tentáculo
Zona Nipon 1
João Vasco leal, Ana Oliveira, Carlos Páscoa, Pedro Carvalho, André Oliveira, Bruno Ma, Fil, Ana C. Nunes, Rui Alex, Catarina Guerreiro, Paula Almeidsa, Gabriel Martins, André Lima Araújo, Bruno Bispo, Victor Freundt, Filipe Duarte, Arsia Rozegar e Joana Varandas
A Zona Nipon 1 é a primeira de uma série que terá o oriente asiático como inspiração. Este universo gráfico está presente no imaginário de muitos de nós, apaixonados por BD e ilustração. Assim, uma edição deste género já se exigia há muito, entre os colaboradores do projecto Zona.
Este novo número será apresentado no evento Anicomics Lisboa, na Biblioteca Municipal de Telheiras, dia 5 de maio.
Terá 98 páginas a preto e branco, a capa é do ilustrador João Vasco Leal e o interior conta com uma entrevista a Carlos Páscoa.


Bertrand Editora
O País dos Cágados
António Gomes Dalmeida e Artur Correia
Da dupla de autores de “História Alegre de Portugal II”, Artur Correia e António Gomes Dalmeida, um livro que, com todo o humor a que nos têm habituado, faz um retrato da história mais recente do nosso país, desde o governo de Salazar ao de Passos Coelho, passando pela moeda da troika.


Contraponto
Marjane Satrapi
«Um livro revelador, cativante e inesquecível. Uma obra extraordinária.» The New York Review of Books
Com uma memória inteligente, divertida e comovente de uma rapariga que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica, Marjane Satrapi consegue transmitir uma mensagem universal de liberdade e tolerância.
«Estamos em 1979 e, no Irão, sopram os ventos de mudança. O Xá foi deposto, mas a Revolução foi desviada do seu objetivo secular pelo Ayatollah e os seus mercenários fundamentalistas. Marjane Satrapi é uma criança de dez anos irreverente e rebelde, filha de um casal de classe alta e convicções marxistas. Vive em Teerão e, apesar de conhecer bem o materialismo dialético, ter um fetiche por Che Guevara e acreditar que consegue falar diretamente com Deus, é uma criança como qualquer outra, mergulhada em circunstâncias extraordinárias.
Nesta autobiografia gráfica, narrada com ilustrações monocromáticas simples mas muito eloquentes, Satrapi conta a história de uma adolescência durante a qual familiares e amigos “desaparecem”, mulheres e raparigas são obrigadas a usar véu, os bombardeamentos iraquianos fazem parte do quotidiano e a música rock é ilegal. Contudo, a sua família resiste, tentando viver uma vida com um sentido de normalidade. Um livro inteligente, muito relevante e profundamente humano.» BBC
Em 2007 Persépolis foi adaptado ao cinema e das muitas nomeações para prémios que teve destaca-se a do Óscar para melhor filme de animação.


Edição de autor
MORES et al
Topedro



NCreatures
Banzai #2
Joana Rosa Fernandes, Natália Batista, Cristina Dias, Marta Patalão e Manuela Cardoso




Pedranocharco
BDJornal #24 (2ª edição)
Os 60 anos de Tex Willer são assinalados nesta edição do BDjornal com um dossier especial que vai do significado do western em si próprio ao western na banda desenhada, da história da Casa Bonelli à história de Tex Willer e daí à publicação da banda desenhada de 14 páginas Tex Willer – Uma Tarde Quente gentilmente cedida pela Sergio Bonelli Editore, por via de José Carlos Francisco, responsável pelo Tex Willer Blogue e representante em Portugal da Mythos Editora, que edita a versão brasileira de Tex e a distribui por cá. E vamos um pouco mais longe nestas abordagens ao tema “western-tex-bonelli” ao incluir na presente edição entrevistas com dois autores brasileiros, Wilson Vieira e Fred Macêdo (dos quais publicámos no BDj #23 a BD Evolution e nesta edição reincidimos neles, com o western de terror Kwi-Uktena), fãs do western e tendo um deles, Wilson Vieira trabalhado mesmo na Casa Bonelli.
Tínhamos previsto para próxima edição a publicação de uma biografia de Héctor Germán Oesterheld, o argumentista argentino assassinado, com quase toda a família – as quatro filhas, os genros e netos, sobrando apenas a esposa e dois dos netos – pela ditadura militar do general Videla, em 1977. No entanto e face à exposição que vai estar patente no FIBDA 2008 sobre Oesterheld e o convite do Festival à sua viúva Elsa Sánchez para estar presente na Amadora, decidimos a sua inclusão já nesta edição do BDj, até como forma de homenagem a um dos grandes argumentistas da BD mundial.

 (Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras)
 
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