Após a
chamada “silly season” e no sempre custoso regresso de férias – que ocorreu
aqui em As Leituras do Pedro a partir da segunda semana de Setembro, tive já
oportunidade de sugerir doze livros (recentes) para leitura.
Desses doze,
sete são edições portuguesas, o que já é assinalável. Mas, mais ainda, esses sete livros
foram editados por seis editoras nacionais diversas.
São sete
propostas diferentes que têm como denominador comum o seu suporte,
os quadradinhos, e que recordo já a seguir, pela ordem de aparição aqui em As
Leituras do Pedro.
Libri Impressi
Levoir/Público
ASA
Devir
Saída de
Emergência
Contraponto
Do humor e
aventura de Spirou, um dos grandes heróis da BD franco-belga à ficção histórica
de Murena, do western de Lance, um clássico norte-americano restaurado impecavelmente por Manuel Caldas, ou do Justiceiro,
caso à parte no universo Marvel, à autobiografia de Alison Bechdel em Fun Home,
da aventura medieval de O Cavaleiro de Westeros, adaptado do original de
Georges R. R. Martin, ao terror – puro e psicológico - de The Walking Dead, são
sete propostas para públicos diferentes – cada uma em busca do seu
público. E quão importante é que o encontrem.
Por isso,
hoje, não trago nenhuma leitura nova. Convido cada um dos meus leitores a (re)descobrir
(pelo menos) uma delas. Ou outras das propostas que as mesmas editoras ao mesmo tempo disponibilizaram. Porque há mais para ler!
Há muitos
anos ligado à BD em Portugal - sem saber se já tinha alguma vez assistido a algo assim - sei perfeitamente que se trata apenas de uma
coincidência, de um (bom) momento feliz, que não é sinónimo de uma realidade
editorial consistente.
Embora não
deixe de ser reconfortante ver como editoras diferentes decidem apostar na BD,
de forma continuada nalguns casos, aproveitando uma parceria com o jornal
Público, associando-a a um dos seus best-sellers ou construindo de forma
consistente um fundo de catálogo estimulante e desafiador.
Seja como
for, mesmo que sendo só um momento – um bom momento – há que desfrutar dele, aproveitá-lo
ao máximo, (re)descobrindo as muitas dezenas de páginas que são propostas.
Para corresponder ao investimento editorial e para que o
futuro – breve? – nos possa trazer mais (bons) momentos assim.
Tenho serias duvidas que esse ritmo de ediçoes se mantenha no futuro,
ResponderEliminarOlá Optimus,
EliminarMais do que dúvidas eu tenho a certeza que não se vai manter; mais ainda, dúvido muito que se volte a repetir alguma vez com esta dimensão.
Por isso é que o defini como um "momento único". Que - também por isso - importa desfrutar!
Boas leituras... e bons momentos!
Embora a despropósito do tema do post.
ResponderEliminarFui ver a exposição de desenhos de Hugo Pratt em Évora, anunciada aqui em 26 de Agosto.
Gostei imenso e recomendo vivamente.
Vale muito a pena.
Caro Zé Dias da Silva,
EliminarDe certa maneira, uma exposição de Pratt à "revelia" dos habituais "patronos" da BD, também constitui um "bom momento".
Invejo-o, pois Évora para mim fica muito longe...
Mas fica aqui reiterado o convite para quem puder/quiser lá ir.
Boas leituras... e boas exposições!