Deplorável é criticar sem conhecimento de causa. A tradução chega ao paginador, sem que a possa adaptar ao formato do balão que é inamovível e sem poder mudar-lhe a forma, pois está inserido na imagem. Vendo uma prancha, para quem percebe da poda salta à vista que é um exercício enorme, com espaços feitos de raíz para texto em francês, colocar texto por via digital que me parece ser o caso. Se fosse manualmente teria um resultado mais agradável por certo. Mas, o tempo que isso demoraria? Além disso, só um desfasamento enorme sobre o que é a edição, prazos, etapas e técnicas pode ter a leviandade de abordar o tema assim pela rama. Em diversos casos que conheço, o tipo de letra é sujeito a aprovação, ou imposto pelo detentor dos direitos e pouco ou nada resta fazer, a não ser fazer o melhor possível. Veja-se que não à simetria e imensos casos de balões que se sobrepõe, já para não falar no espaço exíguo. Haja respeito pelo trabalho dos outros e que se critique mas com conhecimento de causa.
A crítica é sempre bem vinda desde que construtiva e com conhecimento de causa; no entanto, apreciei a descrição exaustiva do processo de composição da legendagem que, muitas das vezes, passa despercebido do comum dos leitores e que tem de ser tido em conta. Muitas das vezes, resta, realmente, fazer o melhor possível e foi, certamente, o que sucedeu, mais uma vez, neste novo Spirou. O que importa realçar, na minha opinião, é a grande edição, no seu conjunto, desta obra de Émile Bravo que deveria ser ainda mais divulgada ( e talvez o venha a ser ). Para quando a edição em português de outras obras deste grande autor da BD contemporânea?
Verdade seja dita que não aprecio mesmo nada esta balonagem mas depois de ver o original da obra entendo que seja a adaptação possível, o tipo de letra não permite mais apesar de no original a letra ser mais escura e ligeiramente maior. Vejo como um grande evento editorial, a obra já vai em 4 tomos mas assim prefiro comprar o original. Tenho o mesmo problema com o Alix da Gradiva.
Há demasiados casos, onde os espaços para colocar texto, são colocados ali sem grande cuidado com posteriores legendagens em diversas línguas. Este é um belo exemplo. Agora, pergunto e sem querer desculpabilizar quem quer que seja, que responsabilidade pode ter o paginador/legendador nestas situações? Só vejo uma resposta: má fé de quem critica. Desconhecendo o que são os originais, as imposições editoriais e os processos de trabalho, toda a crítica é desonesta. Tantos que se manifestam, sobre determinados processos e quando chamados ao trabalho, falham com tempos de entrega e envio de ficheiros onde há que refazê-los quase na totalidade. Vivemos num Mundo, onde os tudólogos proliferam. Falem do que sabem sff.
O que é que me interessa esse pequeno pormenor da balonagem (aliás já aqui bem explicado) se estamos perante um ENORME álbum de BD que adorei (balonagem incluída) e que recomendo a quem ainda não o desfrutou
A obra é fenomenal, a editora tem o mérito de estar no mercado há mais tempo de que muitas outras juntas e de ter-nos trazido algo excepcional, mas a comunidade bedéfila é assim. Numa prancha com 15, sim 15 vinhetas, com espaço para legendas diminuto e que não foi contemplado para outras línguas que não o Francês, gostaria de ver alguns artistas que tanto criticam, fazer melhor. Há quem se intitule isto e aquilo, mas depois na prática não passam de leigos, mas como está em voga opinar sobre tudo e mais alguma coisa, mandam as suas postas, sem saber em concreto do que falam. Certa vez, perfilou-se um fulano desses, que se intitula de "balonador" para paginar um livro de 48 páginas de BD. Teve de ser o autor a retirar-lhe o livro, pois acho que assim não fosse ainda hoje o livro não estava paginado. Vive-se de aparências, de muita jactância, mas onde a máxima "muita parra e pouca uva", assenta que nem uma luva.
Lançamento do ano!
ResponderEliminarUm DOS lançamentos do ano, sem dúvida!
EliminarFelizmente, tem saído muita coisa boa por cá...
Boas leituras!
Só espero que tenha boas vendas e alguém se lembre de publicar uma colecção com Spirous não publicados com um jornal!
EliminarDe louvar a edição, de deplorar a desastrada balonagem, mais uma vez o parente pobre da edição nacional. Enfim..
ResponderEliminarDeplorável é criticar sem conhecimento de causa. A tradução chega ao paginador, sem que a possa adaptar ao formato do balão que é inamovível e sem poder mudar-lhe a forma, pois está inserido na imagem. Vendo uma prancha, para quem percebe da poda salta à vista que é um exercício enorme, com espaços feitos de raíz para texto em francês, colocar texto por via digital que me parece ser o caso. Se fosse manualmente teria um resultado mais agradável por certo. Mas, o tempo que isso demoraria? Além disso, só um desfasamento enorme sobre o que é a edição, prazos, etapas e técnicas pode ter a leviandade de abordar o tema assim pela rama. Em diversos casos que conheço, o tipo de letra é sujeito a aprovação, ou imposto pelo detentor dos direitos e pouco ou nada resta fazer, a não ser fazer o melhor possível. Veja-se que não à simetria e imensos casos de balões que se sobrepõe, já para não falar no espaço exíguo. Haja respeito pelo trabalho dos outros e que se critique mas com conhecimento de causa.
EliminarA crítica é sempre bem vinda desde que construtiva e com conhecimento de causa; no entanto, apreciei a descrição exaustiva do processo de composição da legendagem que, muitas das vezes, passa despercebido do comum dos leitores e que tem de ser tido em conta. Muitas das vezes, resta, realmente, fazer o melhor possível e foi, certamente, o que sucedeu, mais uma vez, neste novo Spirou. O que importa realçar, na minha opinião, é a grande edição, no seu conjunto, desta obra de Émile Bravo que deveria ser ainda mais divulgada ( e talvez o venha a ser ). Para quando a edição em português de outras obras deste grande autor da BD contemporânea?
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVerdade seja dita que não aprecio mesmo nada esta balonagem mas depois de ver o original da obra entendo que seja a adaptação possível, o tipo de letra não permite mais apesar de no original a letra ser mais escura e ligeiramente maior. Vejo como um grande evento editorial, a obra já vai em 4 tomos mas assim prefiro comprar o original.
ResponderEliminarTenho o mesmo problema com o Alix da Gradiva.
Há demasiados casos, onde os espaços para colocar texto, são colocados ali sem grande cuidado com posteriores legendagens em diversas línguas. Este é um belo exemplo. Agora, pergunto e sem querer desculpabilizar quem quer que seja, que responsabilidade pode ter o paginador/legendador nestas situações? Só vejo uma resposta: má fé de quem critica. Desconhecendo o que são os originais, as imposições editoriais e os processos de trabalho, toda a crítica é desonesta. Tantos que se manifestam, sobre determinados processos e quando chamados ao trabalho, falham com tempos de entrega e envio de ficheiros onde há que refazê-los quase na totalidade. Vivemos num Mundo, onde os tudólogos proliferam. Falem do que sabem sff.
EliminarO que é que me interessa esse pequeno pormenor da balonagem (aliás já aqui bem explicado) se estamos perante um ENORME álbum de BD que adorei (balonagem incluída) e que recomendo a quem ainda não o desfrutou
EliminarA obra é fenomenal, a editora tem o mérito de estar no mercado há mais tempo de que muitas outras juntas e de ter-nos trazido algo excepcional, mas a comunidade bedéfila é assim. Numa prancha com 15, sim 15 vinhetas, com espaço para legendas diminuto e que não foi contemplado para outras línguas que não o Francês, gostaria de ver alguns artistas que tanto criticam, fazer melhor. Há quem se intitule isto e aquilo, mas depois na prática não passam de leigos, mas como está em voga opinar sobre tudo e mais alguma coisa, mandam as suas postas, sem saber em concreto do que falam. Certa vez, perfilou-se um fulano desses, que se intitula de "balonador" para paginar um livro de 48 páginas de BD. Teve de ser o autor a retirar-lhe o livro, pois acho que assim não fosse ainda hoje o livro não estava paginado. Vive-se de aparências, de muita jactância, mas onde a máxima "muita parra e pouca uva", assenta que nem uma luva.
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