Mesmo
sendo a banda desenhada uma arte com uma componente gráfica
predominante, sempre fui muito mais um leitor de argumentistas do que
desenhadores. Defendo,
aliás, que um bom desenhador vende um álbum; um bom argumentista
vende uma série completa.
Numa
época
em que (também entre nós) se multiplicam as edições de
BD com adaptações de romances
literários, poucas se podem gabar de cumprir tão bem o primeiro
quesito desse tipo de obras: funcionar de forma autónoma enquanto
banda desenhada, como este Ana dos Cabelos Ruivos,
baseado no romance homónimo de Lucy Maud Montgomery e recém-editado pela
Fábula.