Pontos
de contacto
Ambos
são vilões e os protagonistas destas edições recentes em banda
desenhada, mas os pontos de contacto não se ficam por aqui. O
principal, aliás, ainda está por citar.
Kurt Busiek (argumento)
servem apenas de pretexto para o avanço da narrativa, que explora a influência e as reacções que o surgimento do Capitão América, Quarteto Fantástico ou Homem-Aranha – quais semi-deuses fora do alcance e do entendimento dos mortais - teve nos cidadãos comuns.
Iniciada no final dos anos 30, a narrativa, subjectiva, feita em off por Sheldon, como tantos outros surpreendido pelo aparecimento dos super-heróis, que ele próprio apoda de maravilhas, vai mostrando como os salvamentos in-extremis e os actos heróicos dos super-heróis – bem como os seus efeitos colaterais… - vão influenciando a maneira de pensar e agir dos norte-americanos. Aliás, embora nunca percam para ele esse encanto – o que o leva a escrever um livro sobre eles - Sheldon não consegue deixar de acompanhar, mais, de experimentar, as mesmas reacções das multidões, consoante os momentos: surpresa, primeiro, depois confiança, mais tarde, dúvida, revolta, acusação... Numa bela demonstração da volatilidade do comportamento humano e da prevalência das emoções sobre a razão. E do medo e da desconfiança que o ser humano sempre mostra em relação a(o) que(m) é diferente.