Esta semana o volume 11 da colecção Novela Gráfica, Luna Park,
de Kevin Baker e Danijel Žeželj, no seu primeiro trabalho conjunto.
Ilustrador, autor de BD e artista multimédia, o croata Danijel
Žeželj tem dividido a sua carreira entre os EUA e a Europa, emprestando o seu traço
único a histórias como este policial com um toque fantasmagórico, que assinala a
estreia na banda desenhada do prestigiado escritor americano Kevin Baker. Autor
de romances históricos de sucesso, cuja acção se centra nos finais do século 19,
Baker revisita aqui os locais de Coney Island e Nova Iorque que pôs em cena na sua
obra de maior sucesso, Dreamland.
Alik Strelnikov vive na sombra de Coney Island, um mundo de passeios
silenciosos e parques de diversões enferrujados, que ridicularizam os seus sonhos
de se tornar um herói. Há dez anos, trocou uma existência brutal no exército Russo
pela promessa de se tornar um executor da máfia de Brooklyn, mas as suas noites
são atormentadas por pesadelos em que as atrocidades a que assistiu na Chechénia
se misturam com visões alternativas do passado, que terminam sempre da mesma forma
trágica. Na sua estreia na BD, o popular escritor Kevin Baker, alia-se ao ilustrador
croata Danijel Zezelj, para criar uma novela gráfica perturbadora, que marca o
regresso de Baker a Coney Island, cenário da sua aclamada trilogia Dreamland.
Quinta-feira, 25 de Agosto por mais 9,90€ com jornal Público
(texto e imagens disponibilizados pela editora; clicar nelas
para as aproveitar em toda a sua extensão)
Muito bom
ResponderEliminarNa minha perspectiva das melhores obras desta colecção
Assim que abri tive um pequeno choque porque ja tinha andado a ver este livro e tinha a ideia que era a cores. Ponto prévio: gosto muito de bd a preto e branco. Neste caso, nao gosto nada da versao p/b quando comparado com a versão a cores. Alias, acho que as cores, neste caso, sao tao boas quanto a historia ou o desenho e valorizam muito este ultimo, pelo que tenho muita dificuldade em perceber esta opcao. Isto alguma vez foi publicado a p/b ou o autor disse que tinha feito isto a pensar em p/b? Sabes a razao desta escolha?
ResponderEliminarBoas, este livro foi originalmente editado a cores, mas o Zezelj faz sempre a sua arte a pensar em p/b. E muitas das suas obras (originalmente publicadas a cores) são editadas e p/b em França, na Alemanha, etc... onde têm um público fiel. Ele é sobretudo conhecido como um artista do p/b. Pessoalmente, a nossa equipa prefere (e de longe) a versão a p/b (embora as cores do Dave Stewart seja boas), e propusemos publicar a p/b, o que foi aceite quer pelo autor, quer pela DC.
ResponderEliminarObrigado pelo esclarecimento, José Freitas!
EliminarBoas leituras!
De nada. É óbvio que existem sempre opiniões diferentes, e entendo perfeitamente que alguns leitores preferissem o livro a cores (que são muito boas). Mas aqui conjugougaram-se duas coisas, a fome com a vontade de comer: eu (e o Lameiras) preferimos MESMO a arte do Zezlj no seu original p/b, e por razões de custos (numa colecção tão grande e com livros caros de produzir, que rrepresentam um grande investimento) essa proposta foi bem acolhida pela Levoir, claro.
EliminarBoas, obrigado pele esclarecimento, eu pensei que pudesse ter uma explicação deste género. Nada a dizer, acho que é perfeitamente lógico e, na verdade, eu até admito que para quem sabe de BD (por oposição a alguém como eu que só gosta de BD), a versão a P/B seja superior. Aliás, se tu, o Lameiras e o pessoal da editora preferem a versão a pb, já indicia que seremos provavelmente uma minoria a quem esta opção fez mossa :-). Ainda assim, uma boa leitura, como diria o Pedro.
ResponderEliminarPenso que há uma explicação em falta relativamente à edição original e à utilização da cor, que foi feita numa paleta de cores diferente para cada momento comum do tempo da narrativa. Sendo esta obra feita de uma mistura de memórias e falsas memórias, a utilização da cor serve como um "auxiliar" do leitor a mais facilmente localizar-se em cada momento. A opção da editora é válida certamente, mas poderá dificultar ou invalidar a leitura - possivelmente criando outras - que o autor pretendeu produzir.
EliminarNinguém disse que as cores não são boas ou bem pensadas. São do Dave Stewart, que é um dos melhores (e mais premiados) coloristas actuais. Dito isto, os autores e a DC aprovaram o p/b, a versão que nós preferimos (e na verdade, embora as cores realcem as coisas como descreveu, não me parece que sejam 100% necessárias), e claro, o desenhador trabalhou a p/b sem pensar nas cores que seriam depois aplicadas. Isso, mais a possibilidade de produzir um livro mais barato sem perda (grande) de qualidade, tornaram a opção interessante.
ResponderEliminarTudo bem José, eu não estou contra a vossa opção, gostei muito da edição a preto e branco que lançaram, tradução incluída. Estava só a juntar ao debate algo que não foi referido, a questão das cores terem sido utilizadas na edição original da Vertigo aparentemente com o propósito de localizar o leitor. Ao ler esta história em p/b, percebi como, por comparação, a ausência de cor pode influenciar a percepção da mesma.
EliminarAcrescento que não sou um crítico e sim um fã das vossas edições. Os meus sinceros parabéns.