Num
mercado que continua a dar sinais de crescimento e diversificação,
a presença da coreana Keum Suk Gendry-Kim já começa a ser natural;
depois de no ano passado nos terem sido propostos Alexandra
Kim
(Levoir) e A espera
(Iguana), agora, esta última editora sugere Erva,
mais uma história real, sobre as adolescentes e mulheres que foram
utilizadas pelos japoneses como escravas sexuais durante a II Guerra
Mundial.
A
Espera,
oportuna edição recente da Iguana, é um relato biográfico em que
a autora, a coreana Keum Suk Gendry-Kim, nos conta a vida da mãe
antes, durante e depois da separação das duas Coreias, após a II
Guerra Mundial e a divisão do mundo em dois blocos. Obviamente,
porque parte da narrativa decorre no tempo presente, há em A
Espera
também uma componente autobiográfica, numa exposição contida, e
de alguma forma catártica, da autora, que se utiliza para realçar o
momento actual da mãe e a sua relação nem sempre fácil com ela,
como reflexo de tudo o que sofreu no momento da divisão da península
coreana.