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30/01/2015

Batman: Asilo Arkham














É distribuído hoje com o semanário Sol o quarto volume da colecção Batman 75 anos, editada pela Levoir.
Fica aqui o link para a minha leitura desta obra e, já a seguir, a sinopse e as imagens fornecidas pela editora.

17/12/2014

Happy!











Se a quadra natalícia é propícia a histórias mais ternas e/ou lamechas, imbuídas do (chamado?) espírito da época, alguns escolhem caminhos tortuosos para atingirem aquele desiderato.
Como a dupla Grant Morrison (que dispensa apresentações) e Darick Robertson (The Boys, Transmetropolitan) neste Happy!.

09/08/2014

Simpsons Comics #3













Apesar da revista #4 já estar à venda, deixem-me voltar um pouco atrás para (re)ler a primeira BD longa dos Simpsons, uma sátira divertida e louca ao universo dos super-heróis.
O desenvolvimento já a seguir.

08/05/2014

Simpsons Comics #1









Há sensivelmente 20 anos, antecipando um regresso à escrita sobre BD ao jornal O Primeiro de Janeiro – que acabou por nunca se concretizar – escrevi um texto sobre a revista norte-americana Simpsons Comics #1.
Agora, perdido o texto original – ou pelo menos em paradeiro desconhecido… - volto ao tema, com uma satisfação acrescida: a edição sobre que falo é em português.
E esse aspecto, levanta-me desde logo duas questões, que apresento já a seguir:

29/04/2014

Simpsons Comics #1 amanhã à venda









BOA NOTÍCIA PARA OS FÃS DOS SIMPSONS
A revista de Banda Desenhada Simpsons Comics é editada pela primeira vez em Portugal pela editora Goody, S.A.
A partir de amanhã, dia 30 de Abril, data em que é lançado o número 1, podemos contar mensalmente com a presença desta edição que nos vai trazer sempre histórias completas nunca vistas em televisão.
Pormenores e algumas pranchas já a seguir.

09/01/2013

Batman - Asilo Arkham












Uma séria casa em um sério mundo
Grant Morrison (argumento)
Dave McKean (desenhos)
Panini Comics (Brasil, Novembro de 2012)
170 x 260 mm, 216 p., cor, cartonado




No início dos anos 80, Batman, à imagem do mercado de comics, era uma personagem que parecia gasta e esgotada.
Foi então que três obras (mais o filme de Tim Burton) contribuíram para a sua renovação, em especial pela forma como salientaram o lado mais negro do Homem-Morcego: “O regresso do Cavaleiro das Trevas” (1986), de Frank Miller, “A piada mortal” (1988), de Alan Moore e Brian Bolland, e “Batman – Asilo Arkham” (1989) que, como as anteriores, é bem mais do que uma aventura de Batman, não só pela viagem psicológica pela mente humana e pelos limites da sanidade/loucura, mas também pelo brilhante trabalho experimental do ilustrador Dave McKean.
Como ponto de partida da narrativa, está uma revolta dos criminosos internados no Asilo Arkham, que exigem a presença de Batman, que os prendeu a todos, em troca da vida dos reféns que fizeram, desafio que Batman aceita. Um Batman que nunca se vê, só se vislumbrando esboçado, como sombra ou esbatido em ambientes enevoados.
Este é, aliás, o aspecto geral da obra, já que raramente as imagens são nítidas e bem contrastadas. Excepções há poucas: um cinzeiro de vidro, uma cartão do Teste de Rorschach, uma carta de Tarot…
Ou seja, só não é difuso o que é palpável, os pontos de contacto com a sã (?) normalidade, como também acontece quando Batman se sangra a si próprio para se manter alerta – lúcido – na sua fuga pelo manicómio, acossado pelos vilões.
Um Batman que enfrenta este dilema (onde está a fronteira entre a normalidade e a loucura?) ao longo de todo o livro. Por isso revela “sentir-se em casa” quando entra no asilo ou o receio de estar louco, de se poder equiparar aqueles que combate. Um Batman que parte ferido no seu amor-próprio pelas alusões de homossexualidade que o Joker lhe faz à chegada, que facilmente estropia e mata, ao lutar pela sua sobrevivência (só?) e por manter a sua sanidade, mesmo que isso implique portar-se como um louco aos olhos do leitor. A quem não surpreende, por isso, o tétrico convite que o Joker, líder da rebelião, faz no final a Batman: “quando as coisas correrem mal, há sempre um lugar para ti, aqui dentro”.
A narrativa vai sendo intercalada com a história do próprio asilo - criado por um louco e regido por estranhas noções: “Por vezes é preciso destruir” (a personalidade) “para se reconstruir”, para curar (!?) - imaginado nos anos 70 por Dennis O’Neil, em homenagem à cidade fictícia de Lovecraft, cuja influência, em termos de ambiente de terror, se reconhece nesta obra, mostrando como ambas as histórias se interligam, como o edifício (a instituição?) subverte e influencia quem nele entra.
Mas não só Lovecraft é citado, sendo diversas as referências literárias que Grant Morrison vai deixando para o leitor descobrir, não sendo de todo inocentes as citações de Lewis Carrol, que abrem e fecham esta narrativa, a que só se pode apontar a excessiva linearidade de algumas analogias.
O notável trabalho de Dave McKean, que revela aqui já a multiplicidade de técnicas com que viria a salientar-se como reputado designer, autor de centenas de capas de livros, revistas e discos e de bandas desenhadas como “Cages”, é o primeiro sinal distintivo desta obra, pela forma como McKean combina design, ilustração e colagem, de forma densa e expressiva, complementando o argumento de Morrison e permitindo segundas leituras e sentidos, com os elementos que servem de fundo a muitas das pranchas a poderem encaminhar o leitor para diversas interpretações, todas válidas, todas possíveis.
À medida, talvez, da loucura de cada um…

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 20 de Fevereiro de 2005, a propósito da edição portuguesa da Devir; com excepção da capa, as imagens que ilustram este texto também foram retiradas dessa edição)



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