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29/10/2013

Leituras Novas – Outubro de 2013

Os textos, bem como as pranchas reproduzidas, quando existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.

ASA
Ferri e Conrad
Quinta-feira, 24 de Outubro é o dia em que chega às livrarias portuguesas – e de outros 23 países – a 35ª aventura de Astérix.
“Astérix entre os Pictos” (LeYa/ASA) é o primeiro álbum da famosa série a ser assinado por Didier Conrad e Jean-Yves Ferri, os autores a quem Albert Uderzo passou o testemunho e que asseguram, respectivamente, as ilustrações e o argumento do livro.
Nesta nova aventura, o pequeno gaulês e o seu inseparável amigo Obélix viajam para terras da antiga Escócia ao encontro dos povos que ali habitam, os Pictos. Conhecidos pelas suas qualidades de temíveis guerreiros e pelos seus múltiplos clãs, e cujo nome, dado pelos Romanos, significa literalmente “homens pintados”, os Pictos são, assim, os personagens a descobrir num livro que segue a melhor tradição das aventuras do mais célebre de todos os Gauleses.
“Astérix entre os Pictos” é, pois, uma viagem épica a um país rico em tradições, durante a qual os nossos heróis irão descobrir um novo povo, cujas diferenças culturais se traduzirão em piadas e trocadilhos memoráveis.


Ave Rara
A Ave Rara aterrou não se sabe bem vinda de onde, mas o certo é que não tem intenções de migrar tão cedo... Criada pelo argumentista André Oliveira e pela designer Sofia Mota, pretende ser uma marca para a publicação de mini-comics nacionais escritos noutras línguas: entre o inglês, o francês ou o espanhol.
Com Living Will está lançada a primeira pedra, mas terá mais séries com outros artistas e uma política activa e dinâmica para promover os seus autores sobretudo além-fronteiras, embora sem desencorajar os leitores portugueses.

Living Will
André Oliveira e Joana Afonso
“No dia em que perde o seu animal de estimação, Will apercebe-se que já não lhe restam razões para viver. Ao longo dos seus oitenta e dois anos foi um homem de ligações fortes e de um grande amor, mas hoje o dia-a-dia é povoado por conversas fortuitas e memórias coleccionadas numa velha pasta cheia de desenhos, textos e recortes. É ao admirá-la uma última vez que decide qual vai ser o seu derradeiro desafio: acertar todas as pontas soltas que ficaram ao longo do seu percurso e não deixar nada por dizer. Morrer em paz será o seu último testamento. Mas cedo vai perceber que, na vida, entre o preto e o branco há toda uma variedade de cinzentos.”
Living Will é uma série de 7 mini-comics de 16 páginas, integralmente em inglês, com argumento de André Oliveira e arte de Joana Afonso.
Cada uma das edições desta série será a duas cores (preto e um tom distinto, respeitando a ideia de arco-íris). Este conceito está relacionado com a narrativa e representa a emoção primordial da parte da história em questão.
O primeiro número, a introdução, é vermelho. E é o pontapé de saída numa aventura que promete uma mensagem forte, com momentos surpreendentes.







Chili Com Carne
Loverboy na Feira das Vanessas
Marte, João Fazenda e Jorge Coelho



Devir
Naruto #2 – O pior cliente
Masashi kishimoto
O mangá mais popular do mundo!
Naruto é um jovem ninja em formação com uma queda incorrigível para a traquinice. As suas loucas tropelias arreliam os seus companheiros, mas há algo que Naruto leva muito a sério: vir a ser um dia o maior ninja da sua aldeia!
O Pior cliente
Fartos de tarefas servis, Naruto, Sasuke e Sakura anseiam por uma missão mais exigente. Mas há que ter cuidado, pois os desejos tornam-se realidade.
Agora, juntamente com o seu mestre, Kakashi, os três têm de zelar pela segurança de um velhote mal-humorado oriundo do País das Ondas.
Mas Tazuna, o construtor de pontes, corre mais perigo do que alguma vez poderiam imaginar. Tal como os jovens ninjas


Editorial Presença
Thomas Wengelewski
Este livro apresenta-nos as 99 séries de televisão mais famosas de sempre num formato divertido.
Com um sentido de humor cativante e ilustrações sugestivas, faz-nos revisitar muitas das séries que marcaram as nossas vidas – Twin Peaks, Fama, Donas de Casa Desesperadas, Anatomia de Grey, Sexo e a Cidade são apenas algumas delas.
São as versões “fast Reading” em banda desenhada de cada uma destas obras e prometem proporcionar-lhe momentos de puro entretenimento.


Insónia
No presépio…
José Pinto Carneiro e Álvaro


 Kingpin Books
Super Pig: O impaciente inglês
Mário Freitas, André Pereira e Bernardo Majer
Em 1602, Isabel I e John Dee põem em marcha o plano que perpetuará a inequívoca superioridade cultural e económica do Império Britânico. Ou assim o julgam.
Quatro séculos depois, a chegada a Lisboa do polémico nobre inglês Lorde Horatius Kent Waite põe a nu as fricções no seio da Fundação Calouste Pig, embrenhada num processo de dinamização tecnológica impulsionado por Super Pig. O paradeiro incerto de um artefacto isabelino, intimamente ligado à morte de Shakespeare em 1616, fará Super Pig questionar o carácter do seu falecido pai e o passado deste às ordens do antigo Primeiro-Ministro e herói inglês da Segunda Guerra, Winston Churchill. E o que une o "Velho Bulldog" Churchill a personalidades tão díspares como o puritano John Milton, o diletante Oscar Wilde ou a impiedosa Rainha Vitória?
Uma viagem às memórias de um império; às verdades ocultas por detrás do sangue derramado e da exaltação das figuras que marcaram a sua história. E às memórias de pais e filhos; a momentos de intimidade e momentos de discórdia. Uma viagem a momentos de decisão, tensão e impaciência que ajudaram a ditar o curso da humanidade e que definirão o presente e futuro da Fundação Calouste Pig.
Uma fusão arrojada entre o histórico e o ficcional, o oculto e o tecnológico, e o Português e a língua de Shakespeare, com o cunho irreverente e iconoclasta do criador e argumentista MÁRIO FREITAS, devidamente acompanhado pelos talentos artísticos de ANDRÉ PEREIRA (desenhos) e BERNARDO MAJER (cores), as grandes revelações do Concurso de BD do Festival AniComics 2012. 






pedranocharco
BDjornal #30
Do EDITORIAL alargado (não coube – nem metade – na 1ª página da edição impressa)...
Era nossa intenção terminar a publicação do BDjornal com este #30 mas... chegámos à conclusão que, se calhar seria mais interessante terminar no #32, em 2015, quando se completarem 10 anos de edição – no Festival de Beja, que foi onde o BDj nasceu – o BDjornal #1 saiu no 1º Festival de BD de Beja. Assim, ainda teremos pano para mais algumas (duas) mangas... Já agora, em 2015 a Pedranocharco fará 20 anos. Um duplo aniversário a comemorar, portanto.
Cumprindo uma promessa feita no ano passado, não falaremos este ano do Festival da Amadora no BDjornal. Ao fim de vinte anos a apontar o que nos parecia não estar bem realizado no FIBDA, sem grandes resultados, chegámos à conclusão que não valia a pena o esforço. As pessoas neste país, gostam mesmo é que se diga apenas bem das realizações, ignorando, ou reagindo muito mal às críticas construtivas que se lhes fazem.
A matéria sobre o web magazine Aces Weekley, que o britânico David Lloyd (o desenhador de V for Vendeta) se lembrou, em boa hora, de iniciar, com dezenas de desenhadores de vários países e que, a partir de 14 de Outubro, passou a integrar o português Carlos Páscoa, é um daqueles projectos fascinantes que nos entusiasmam. Pena que, como o próprio Lloyd diz, na pequena entrevista que lhe fizemos sobre Aces Weekley, o público afecto à banda desenhada ainda não esteja habituado (e não só em Portugal, como pensávamos que era) a consumir revistas – ou livros - publicados online. Magazines de BD publicados na internet em Portugal, ocorre-nos apenas o The Lisbon Studio Mag (gratuito), apesar de conhecermos uma série de autores a utilizar o meio para publicar histórias em episódios.
Prosseguindo o trabalho de entrevistar autores portugueses de Banda Desenhada, iniciado no BDjornal #26 – onde apesar do “portugueses” incluímos também uma entrevista com um brasileiro (Julio Shimamotto) – era fundamental entrevistar Nuno Saraiva, o único autor que neste país trabalha exclusivamente para periódicos. Com apenas dois álbuns criados de raiz para esse fim (os outros são compilações ou participações colectivas), Nuno Saraiva desenvolve um trabalho semanal metódico, profissional quanto baste, produzindo tanto bandas desenhadas curtas como ilustrações, para os periódicos que contratam os seus serviços. Construiu a sua “imagem de marca” a que chamámos “o burlesco satírico-erótico”, depois da colaboração com Júlio Pinto (iniciada com Zé Inocêncio, n’O Inimigo e depois com Filosofia de Ponta, n’O Independente) e, mesmo depois da morte deste jornalista, publicitário, activista político, argumentista... continuou nessa linha, que tem contribuído para o seu reconhecimento como autor a nível nacional.
Depois o texto de Nuno Franco sobre Chantal Montellier, a autora francesa conhecida como a “Georgette Orwell” da BD franco-belga, justamente pelos temas que aborda, sempre a denúncia do estado policial, da esclusão dos desfavorecidos, em suma a sociedade com toda a sua espécie de injustiças e de ditaduras mas também o sofrimento. Trata-se da primeira mulher a colaborar como autora na mítica revista Métal Hurlant e isso quer dizer muita coisa.
Os textos de João Miguel Lameiras (este não censurado pela DC Comics) sobre Lanterna Verde/Arqueiro Verde, que devia ter saído como está nesta edição do BDj, no volume 10 da colecção DC Comics editada pela Levoir em colaboração com o jornal Público. Mais a apreciação de João Ramalho-Santos a Les Ignorants, de Étienne Davodeau. A longa prelecção analítica de Pedro Moura sobre os super-heróis. Também a continuação da história dos Pioneiros do Modernismo Português, com a biografia do ilustrador Correia Dias.
E não podia faltar Tex Willer, com a continuação de Desenhadores de Tex – Ensaios Biográficos (parte 3), ou a apreciação de Pedro Cleto ao Tex Gigante #27 – A Cavalgada do Morto...
Enfim, muita matéria para leitura.

ÍNDICE DE MATÉRIAS
4 – Aces Weekly – o magazine de BD da era digital, com uma curta entrevista com David Lloyd, J. Machado-Dias e Carlos Páscoa
9 – Carlos Páscoa na Aces Weekly – The Statue, J. Machado-Dias
10 – Nuno Saraiva – Para uma Bio-bibliografia, J. Machado-Dias
24 – Entrevista com Nuno Saraiva, J. Machado-Dias
33 - Lanterna Verde/Arqueiro Verde - Uma saga de uma era de mudança, João Miguel Lameiras
38 – Uma palavra sobre Super-Heróis, Pedro Moura
45 – Catálogo para uma releitura, Anos Dourados de Marco Mendes, Sara Figueiredo Costa
46 – Chantal Montellier, Nuno Franco
54 - Exercícios (possíveis) de interdisciplinaridade – “Les Ignorants”/”The Initiates”
de Étienne Davodeau, João Ramalho-Santos
58 - Fernando Correia Dias e os Pioneiros do Modernismo, Osvaldo Macedo de Sousa
65 – Astronauta – Magnetar, Pedro Cleto
66 - IR$ Team #1 – Football Connection, Pedro Cleto
67 – Le Client, Pedro Cleto
68 – Tex Gigante #27 – A Cavalgada do Morto, Pedro Cleto
70 – Os Desenhadores de Tex – Ensaios Biográficos (3), J. Machado-Dias
87 - Resenha Teórica – Série Quadrinhos Poético-Filosóficos, Edgar Indalécio Smaniotto
88 – HQ Brasil – Seguindo seu próprio Camiño di rato, Edgar Indalécio Smaniotto
90 – Entrevista com Mureno Burattini, Ezequiel Guimarães e Júlio Scheneider
92 – XVIII Salão Internacional da Banda Desenhada de Moura, J. Machado-Dias
95 – IX Salão Internacional de Banda Desenhada de Beja, Diogo Campos
99 – XVIII Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu, Luís Beira, Carlos Almeida, José Carlos Francisco
103 – Iberanime LX2013, Pedro Trabuco
105 – XVI Viñetas Desdo o Atlántico, Diogo Campos

COLABORAÇÕES: Carlos Páscoa, Clara Botelho, David Lloyd (textos originais sobre Aces Weekly), Diogo Campos, Edgar Indalécio Smaniotto, Ezequiel Guimarâes, João Miguel Lameiras, João Ramalho-Santos, José Carlos Francisco, Julio Schneider, Luís Beira, Carlos Almeida, Nuno Franco, Nuno Saraiva, Osvaldo Macedo de Sousa, Pedro Cleto, Pedro Trabuco, Pedro Vieira Moura, Sara Figueiredo Costa














Planeta Júnior
O Primeiro Samurai
Geronimo Stilton
Mais uma fantástica aventura do rato mais famoso do mundo, que vai permitir aos mais novos perceber os diferentes momentos da História, sempre de uma forma divertida.
Chega agora o 11.º volume desta colecção de banda desenhada, que tal como os anteriores, integra o Plano Nacional de Leitura.
Desta vez, o nosso herói viaja até ao Japão, na época dos samurais.
O que fazem os Gatos Piratas no Japão, no ano de 1603, quando o xógum está prestes a atribuir os feudos aos mais fiéis servidores?
Devem estar a tramar alguma!
Cabe a Geronimo e aos seus amigos, Tea, Esparrela, Benjamim e Pandora acabar de vez com o novo plano dos felinos e descobrir o que pretendem ao atear fogo à cidade recém-nascida de Edo, que no futuro virá a ser Tóquio, a capital do Japão!


Polvo
Duas Luas
André Diniz e Pablo Mayer
O LIVRO
Nilo, proprietário do Bar do Lourenço (de onde virá o nome?), está interessado em vendê-lo para se poder dedicar mais à sua amada Natali e à filha que está para nascer, fruto do amor de ambos. Mas as coisas não são assim tão lineares e enquanto a venda não se concretiza Nilo terá de enfrentar e resolver uma série de questões, tentando manter sempre a sua integridade imaculada. Bandidos, estranhos sonhos, insónias, mortes, clientes metediços e uma velha prostituta (iniciada na profissão pelo pai de Nilo), são alguns dos ingredientes desta intrigante história saída directamente da imaginação do prolífico André Diniz e habilmente desenhada pelo virtuoso Pablo Mayer.
OS AUTORES
ANDRÉ DINIZ é argumentista e desenhador de Banda Desenhada e autor e ilustrador de livros infanto-juvenis. No Brasil, já ganhou mais de uma dezena de prémios, entre eles o de melhor roteirista, melhor graphic novel, melhor edição de quadrinhos, melhor site de quadrinhos, entre outros. Em 2012 venceu o conceituado prémio HQ MIX, como melhor roteirista nacional, através de “Morro da Favela”, editado em Portugal pela Polvo, em 2013. Vive em S. Paulo, Brasil.
PABLO MAYER, ítalo-brasileiro, é ilustrador e desenhador de Banda Desenhada. Colabora há mais de meia dúzia de anos com ilustrações para jornais, revistas e livros infantis de grande circulação na imprensa brasileira (Folha de São Paulo, Editora Abril, Globo...). Faz também ilustrações para videojogos e publicidade. Publicou a tira Brabos Comics, no jornal ANotícia. Foi um dos autores brasileiros convidados para a versão editada em Portugal de “Morro da Favela”. Hoje, vive com a sua esposa Carolina em Dublin, na Irlanda. 



Edições Online

The Lisbon Studio
Vários autores
Edição de Outubro/Novembro
Como destaque: o "making of" (ou "feitura" como apelidaram os autores) do jogo "Inspector Zé e Robot Palhaço em Crime no Hotel Lisboa" da Nerd Monkeys com ilustração de Nuno Saraiva, a conclusão da BD "Cidade Suja" de Pepedelrey, apresentação do álbum "Comic Transfer" de Ricardo Cabral e Till Lassman, muitas novidades e trabalhos dos membros do TLS.


Edições de Autor
Fernando Relvas
Ask a Palmyra: How can transgenic fish make you sexy crazy?  


Ar. Ed.
Topedro

História D’a 



Não é BD mas…
Libri Impressi
O Poema do Velho Marinheiro

Samuel T. Coleridge e Gustave Doré


E em Novembro teremos…

Associação Tentáculo
Zona Gráfica #3
(lançamento no dia 10 de Novembro, no AmadoraBD 2013)
  

Tinta da China
As Fantásticas Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy #3 - Requiem
Filipe Melo, Juan Cavia e Santiago Villa
(lançamento no dia 10 de Novembro, no AmadoraBD 2013)

29/07/2013

Geronimo Stilton #10: A estranha máquina dos livros










Geronimo Stilton (texto)
Ennio Bufi (desenho)
Mirka Andolfo (cor)
Planeta Júnior
Portugal, Maio de 2013
225 x 290 mm, 48 p., cor, cartonado
12,90 €


A criação de novos leitores é fundamental para que a banda desenhada tenha futuro.
Se o renascimento da BD Disney no nosso país pode trazer um contributo decisivo neste sentido, outros esforços têm sido feitos nesse sentido.
Um deles, é a edição da versão aos quadradinhos das aventuras de Geronimo Stilton o rato mais famoso da ilha dos roedores, de que acaba de ser lançado (já) o décimo tomo.
No trilho do sucesso das aventuras juvenis – e também da versão animada – as histórias aos quadradinhos, centradas no confronto de Stilton com os Gatos Piratas, que recorrentemente tentam alterar o passado em seu proveito, combinam de forma feliz o tom habitual dos livros com um toque de actualidade e um registo histórico leve mas interessante, que enriquece os relatos sem os tornar enfadonhos ou repetitivos.
Dessa forma, “A estranha máquina dos livros”, tendo como ponto de partida a Feira do Livro de Frankfurt e sempre com os livros como tema central, leva o jornalista e os seus amigos habituais – Patty, Benjamim, Pandora e Esparrela – até à Alemanha de 1455, ao momento em que Guttenberg dá os retoques finais à máquina que o consagrou como inventor da impressão moderna.
Humor, algumas intrigas, surpresas, volte-faces e as tentativas dos Gatos Piratas para levarem a melhor sobre Stilton são os ingredientes base de um relato equilibrado e bem desenvolvido, com tudo para agradar aos leitores para que é direccionado, no qual, a par da invenção da impressão com caracteres móveis também assistimos à invenção de uma certa arte de narrar aos quadradinhos…


26/05/2010

Geronimo Stilton #1 – À Descoberta da América

Geronimo Stilton (textos)
Lorenzo de Pretto e Sílvia Pianalto (desenho)
Davide Corsi (cor)
Planeta Júnior (Portugal, Março de 2010)
225 x 290, 48 p., cor, cartonado

Nascido em livros infanto-juvenis e entretanto também estrela de desenhos animados televisivos, Geronimo Stilton é o director do Eco dos Roedores, o jornal mais famoso da Ilha dos Ratos. A essa vertente profissional associa – embora contra sua vontade – as de detective e aventureiro, em companhia de alguns amigos.
Neste álbum que inaugura as suas aventuras em banda desenhada e também a chancela Planeta Júnior que a editora Planeta criou para os mais novos, Geronimo tem que enfrentar mais uma vez os Gatos Piratas, os seus inimigos de sempre, que viajaram no tempo até ao passado, mais concretamente à Espanha de 1492. O seu objectivo é incorporarem-se na tripulação de Cristóvão Colombo, para enriquecerem à custa da descoberta do que haveria de vir a ser a América. Para frustrar os seus planos, Geronimo e os seus companheiros têm também que embarcar a bordo do Santa Maria, o navio almirante de Colombo, o que provoca alguma tensão a bordo na sequência de algumas tentativas de sabotagem e uma série de situações divertidas.
Com um registo entre o aventuroso e o cómico, e alguns apontamentos didácticos que ajudam a compreender o contexto histórico, este é um relato leve e descontraído, (bastante bem) desenhado num estilo próximo da série televisiva, com tudo para agradar aos leitores a quem é destinado (e que quanto antes convém conquistar para a leitura…), em especial aos que já são fãs do rato jornalista.

A reter
- Mais uma aposta - inteligente - nos leitores mais novos.

Menos conseguido
- A edição, "demasiado cuidada" (?), com o consequente agravamento de preço, que poderá (?) afastar potenciais compradores...

Curiosidades
- Em simultâneo, a Planeta Júnior lançou também o segundo tomo de Geronimo Stilton, “O Segredo da Esfinge”, passado no Egipto…
- … e também os dois primeiros volumes das aventuras de Tea Stiltin, irmã de Geronimo: “O Seredo da Ilha das Baleias” e “A Desforra do Clube das Lagartixas”, mais vocacionadas para um público adolescente feminino.

(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 22 de Maio de 2010, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
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