Lançado no início do Verão pela Planeta Tangerina, que em simultâneo nos presenteou igualmente com o ‘português’ Desvio, este livro vem (surpreendentemente) aureolado com o Prémio do Público do Festival de BD de Angoulême.

Sonhos
e... realidade

Trabalhado
com um traço que à partida se estranha, para mais servido por cores
fortes, mas que ajuda a definir om ambiente, a história começa antes e centra-se no quotidiano de
Bárbara, a capitã e vedeta das Rosas de Rosigny, dividida entre a
sua paixão pelo futebol, a incompreensão da mãe, a necessidade de
se dedicar aos estudos e a relação que está a começar com um
jogador da equipa masculina.
A
sua proximidade com o treinador, os choques com o namorado, a relação
com as colegas e o simples facto de estar à porta da entrada adulta
e de um mundo que se revela diferente, dão também um toque
intimista ao relato, o que acaba por facilitar a criação de empatia
com leitores... e leitoras.
Descobrir
o resultado do jogo e as suas consequências, dependerá de aceitar o
desafio de ler esta obra, com a certeza que o tempo dos contos de
fadas está longe, mas que sonhar é possível, mesmo quando se vive
nos subúrbios e a realidade é feita de crises financeiras, opções
populistas e/ou tão só a dificuldade de ter de viver.
A
Época das Rosas
Chloé
Wary
Planeta
Tangerina
Portugal,
Junho de 2020
165
x 230 mm, 200 p., cor
18,90
€
(Versão
revista e expandida do texto publicado no Jornal de Notícias de 13
de Julho de 2020; ver mais imagens disponibilizadas pela Planeta Tangerina aqui;
clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
Se pessoalmente a premissa do argumento parece um bom mote, esta arte não me convence,ainda mais numa altura que em função da oferta temos que fazer opções.
ResponderEliminarCaramba, a sério? o público era constituído por crianças de 5 anos?
ResponderEliminarA abordagem (interessante) ao tema justifica, em minha opinião. Não diria crianças de 5 anos, mas pessoas que têm da BD outra ideia /abordagem (consta no livro que ganhou outros prémios). Pessoalmente não me convenceu, mas percebo.
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