Intitulado “detective do pesadelo” ou do “impossível”,
distinguia-se por (tentar) solucionar casos em que imperava o fantástico e o
paranormal, numa hábil combinação entre o tom policial tradicional, com muito
mistério e acção, e o terror, sendo por isso comum a aparição de fantasmas,
monstros, lobisomens, mortos-vivos, assombrações, extraterrestres e o mais que
se possa imaginar, a própria Morte incluída.
Como condi-mentos extra, trazia um toque de erotismo – como
qualquer bom detective, Dylan Dog relaciona-se intima-mente com (quase) todas as
suas belas e sensuais clientes – e um irresistível non-sense, fruto das tiradas
do detective e, em especial, da actuação do seu ajudante, Groucho, cara chapada
do irmão Marx homónimo, tagarela insuportável que se distingue por lançar uma
pistola a Dylan nas situações mais aflitivas, mesmo quando aparentemente se
encontra longe.
O seu criador foi Tiziano Sclavi, que o dotou de argumentos
bem escritos, inteligentes e atractivos, com múltiplas referências à
literatura, ao cinema, à pintura e à própria BD, ficando a imagem gráfica a
cargo de Claudio Villa que o criou à imagem e semelhança do actor inglês Rupert
Everett. Angelo Stano, Gustavo Trigo, Montanari e Grassani e Corrado Roi foram
os primeiros desenhadores da série, por onde já passaram alguns dos grandes
nomes dos quadradinhos italianos.
Filho de Morgana e de Xabaras, um alter ego de Abraxas, o
seu maior inimigo, Dylan Dog é vegetariano, ex-alcoólico e ex-inspector da
Scotland Yard e mora no nº 7 de Craven Road, cuja campainha grita em vez de
tocar. Amante do clarinete, que toca em busca de inspiração para resolver os
mistérios que se lhe deparam ao mesmo tempo que constrói um galeão em
miniatura, sempre incompleto, o novo heróis dos fumetti (BD italiana) sofria de
claustrofobia, não se dando igualmente bem com morcegos ou alturas, o que não
impediu que granjeasse um enorme sucesso, tendo chegado a vender mensalmente
mais de um milhão de exemplares, entre novidades e reedições, e chegando mesmo
a superar Tex, o sustentáculo do impérios aos quadradinhos Bonelli.
A par disso, saltando para lá do papel, deu nome ao Dylan
Dog Horror Festival, uma mostra de cinema fantástico onde apareciam muitos
“clones” seus, trajados a rigor com camisa vermelha, casaco preto e calças de
ganga azuis. Ainda no cinema, há poucas semanas estreou entre nós “Dylan Dog:
Guardião da Noite”, uma película infeliz e falha de inspiração, dirigida por
Kevin Monroe e protagonizada por Brandon Routh.O detective marcou presença nas bancas portuguesas através das revistas das editoras brasileiras que o publicaram, a última das quais, a Mythos distribuiu em Portugal os 40 números que editou, o último dos quais distribuído no final de 2007.
Em Itália os 25 anos ficam assinalados pela publicação de Dylan Dog #300, a cores como é timbre da editora para os números centenários, numa história escrita por Pasquale Ruju e desenhada por Angelo Stano, que mostra um dos seus possíveis futuros.
brilhante!
ResponderEliminarSaudades do Dylan!
ResponderEliminarOlá Filipe,
ResponderEliminarSim, o Dylan Dog é brilhante, pela combinação de humor, acção e terror!
Caro Marcello,
Bem-vindo às Leituras do Pedro! Eu também tenho saudades do detective do pesadelo, que a Mythos me fez descobrir há alguns anos... Quam sabe, talvez ela possa voltar publicá-lo...
Boas leituras de... Dylan Dog para os dois!
Pedro, estive um mês de férias, só pude linkar hoje no Portal TexBR - www.texbr.com a tua matéria. Abração.
ResponderEliminarAtt.
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Caro Gervásio,
ResponderEliminarNão tem que pedir desculpas, eu é que agradeço a divulgação do meu trabalho.
Boas leituras!