O velho enredo
Combinar uma bela história de amor – quanto mais afastados,
em termos económicos, sociais, religiosos, de raça… forem os dois membros do
casal, melhor – traições, amores cruzados, relações intergeracionais, desemprego,
ambição, sexo… é uma das ‘fórmulas’ que melhor funciona para criar histórias
que cativem o seu público-alvo: leitores, ouvintes, espectadores…
Mas, para além disso, Saga
inclui outros aspectos vencedores/vendedores: uma guerra interminável, intrigas
políticas, rapto de herdeiros, conflitos sociais, criação artística, tráfico de
drogas, assassinos a soldo…
Ingredientes certos que, quando bem combinados, são bem mais
de meio caminho andado para o sucesso, seja ele na forma de uma saga em banda
desenhada, uma série televisiva, um filme…
Mas, tudo isto, que já dava pano para mangas – páginas para
muitos livros! – não bastou a Brian K. Vaughan que, decidiu incluir um
ingrediente ‘secreto’, que alterou completamente o produto que ele (nos)
oferece.
Esse ingrediente, imediatamente identificável num simples
folhear de qualquer volume de Saga –
e, possivelmente, a sua marca distintiva – foi utilizar contar a sua história
utilizando seres fantásticos: humanóides alados, com cornos ou com cabeça de
televisão, seres aracnídeos, animais telepatas, espectros, etc., etc., com os
quais transformou a ‘velha história de amor tantas vezes contada’, num
(aparentemente) ‘novo enredo’. Que à antiga –mas sempre renovada - capacidade
de seduzir e viciar, acrescenta a criação de um estimulante e desafiador mundo
novo, que vai desenvolvendo, crescendo e expandindo, perante os nossos olhos.
Saga Volume 4
Brian K. Vaughan (argumento)
Fiona Staples (desenho)
G. Floy
Portugal, Maio de 2016
175 x 265 mm, 152 p, cor, capa dura
10,99€
(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as
aproveitar em toda a sua extensão)
¨152 pgs e não 132!
ResponderEliminarObrigado. Corrigido!
EliminarBoas leituras!