Para iniciar o ano a Levoir e o Público apresentam pela
primeira vez em Portugal a edição integral da obra Torpedo 1936, a BD
espanhola mais vendida e traduzida em todo o mundo. De 1 de Fevereiro a 8 de
Março, são 5 volumes a preto e branco e fechamos a coleção
com Torpedo 1972 a obra lançada em 2017, ilustrada e colorida por
Eduardo Risso.
Lucas Torelli, mais conhecido como Torpedo, é um siciliano
emigrado na América dos anos 30 à procura do sonho americano. Homem
amargo, duro, de coração seco, sórdido, amoral e rancoroso, para quem a vida
humana não tem qualquer valor é um dos personagens mais truculentos da banda
desenhada contemporânea.
Torpedo 1936 foi criado em 1981 por Enrique Sánchez
Abulí nas páginas da revista Creepy. Inicialmente foi convidado
para desenhar esta obra de um humor imensamente negro e cheia de
trocadilhos o mestre americano Alex Toth, que deu também a sugestão do título:
Torpedo era o nome dado na América dos anos 30 aos pistoleiros a soldo. Um
título que, como reconhece Bernet, "se revela uma imagem perfeita para
definir aqueles tipos que, uma vez que recebem o dinheiro e a incumbência de
matar alguém, põem-se em marcha e não param até atingir o alvo. Exactamente como
um torpedo!"
Em 1981, Toth abandonaria a série ao fim de apenas dois
episódios, incomodado com o sexo, violência e amoralidade dos argumentos de
Sánchez Abulí.
Quem o sucedeu foi o reconhecido ilustrador catalão Jordi
Bernet que ao dar protagonismo a um mafioso cínico e sem escrúpulos, cuja
figura se vai humanizando muito lentamente, à medida que vamos conhecendo o seu
passado, fez de Torpedo 1936, uma das mais populares séries europeias do
final do século XX. Em 1985 ganhou o Prémio Alph-Art para o Melhor
Álbum Estrangeiro de Angoulême.
Durante vários anos Torpedo esteve suspenso devido a
querelas entre Abulí e Bernet, mas face ao sucesso das sucessivas edições
integrais que mantiveram bem viva a chama de Torpedo, Luca Torelli regressa à
BD em 2017. Torpedo 1972, o último volume desta colecção, foi
entregue ao argentino Eduardo Risso, desenhador bem conhecido dos leitores
portugueses graças a Batman Noir, Parque Chas, ou Batman: Uma
História Verdadeira, já anteriormente editados pela Levoir. Risso apresenta-nos
um Torpedo a cores, envelhecido, mas que continua refinado na sua maldade
mantendo as virtudes que o tornaram grande no mundo do crime. Risso passa com
distinção na dura prova de substituição a Jordi Bernet.
Tradução – Jorge Magalhães
Preço – 11, 99€
Nº páginas – 158
P/B
Capa dura
(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as
aproveitar em toda a sua extensão)
O tamanho é muito menor que os "enormes" FB (estive a ler ontem o Angel Wings, que beneficia enormemente desse tamanho para explanar os belos desenhos de aviação e paisagens do Romain Hugault), mas creio que não muito menor que o FB "normal"....
ResponderEliminarÉ exactamente do tamanho da edição integral espanhola. Gostei muito da edição parece-me bem cuidada. Mais uma vez parabéns à Levoir e ao Público por nos proporcionarem a possibilidade de ter essa obra essencial da banda desenhada mundial.
ResponderEliminarLetrée
Ainda é cedo bem sei mas arrisco a dizer que para mim esta vai ser a edição do ano em PT. Obrigado Levoir.
ResponderEliminarÉ cedo, sim, mas que é uma grande colecção, não há qualquer dúvida!
EliminarBoas leituras!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTambem vêm coisas boas pela gfloy,...aguardemos
EliminarParece ser possível encomendar a coleção completa diretamente à Levoir, com uma mensagem pelo facebosta.
ResponderEliminarAlguem sabe de outra forma de encomendar a coleção à Levoir sem ser pelo facebosta?
Acho que na loja do publico. Mas, sinceramente,acho que vai dar ao mesmo a comprar todas as semanas com o publico. No site da loja eles dizem que entregam os primeiros 3 vol.s depois do dia 15 fev.,e os restantes 3,depois do dia 8 março.
ResponderEliminarAlem de evitar o trablho de andar todas as semanas à procura do próximo, tem 10% de desconto e envio grátis, o que não acontece na loja do publico.
EliminarSe toda a gente comprar desta forma (ignorando o Público e já agora, também as papelarias) acham que o Público continuará a fazer o mesmo trabalho?
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
EliminarSinceramente,a mim não me faz diferença alguma passar na papelaria. Uma vez que eles guardam-me todos os livros e depois vou busca-los no fim do mês. E de alguns anos pra cà,não me têm falhado com nada.
EliminarE além disso, os livros estão disponíveis na Fnac e mais tarde irão para o resto do mercado livreiro, por isso é sempre possível concluir a colecção.
EliminarDispenso esta.
ResponderEliminarAcredita que ficas a perder, Optimus.
EliminarDá-lhe uma oportunidade (até porque as histórias são todas auto-conclusivas).
Boas leituras!
Alguém sabe o que aconteceu ao 100 Balas? Depois de anunciarem, nunca mais abordaram o assunto. Desistiram?
ResponderEliminarEra uma série que não conhecia e inicialmente fiquei um pouco frustrado tanto por não acabarem o y the last man nem por começarem uma nova coleção da dc como deve ser com bastantes volumes.mas fiquei curioso e comprei o primeiro volume e posso dizer k gostei muito.para quem se queixa que ja esta farto de super heróis não pode perder esta coleção.
ResponderEliminarA Levoir já anunciou mais 4 volumes do Y O Último Homem para este trimestre.
ResponderEliminarBoa tarde. Na nota introdutória do 1 volume de João Miguel Lameiras é referido a dado passo " atraves de 15 albuns publicados ao longo de 20 anos..." A questão que coloca é se esta edição da Levoir corresponde a esses 15 albuns? Obrigado e cumprimentos
ResponderEliminarEsta edição é INTEGRAL, inclui TODAS as histórias do Torpedo já editadas. A colecção em 15 álbuns era de livros com 48 pgs, nem todas de BD, dos quais 6 saíram no nosso país pela Futura, p.ex. Houve muitas outras edições, em 5 volumes, em 3, etc... consoante os países, e inclusive a recente edição Torpedo 1936 Omnibus da Panini em Espanha, que serviu de base à edição da Levoir.
EliminarOk, obrigado pela resposta, boas continuações.
EliminarVer tanto erudito na blogosfera nacional a elogiar a obra e idolatrar o autor ao mesmo tempo que regurgita acriticamente o texto que a editora mandou publicar a chamar Ernesto ao autor tem sido o meu regozijo matinal esta semana...
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