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26/06/2013

Leituras Novas – Junho de 2013

Os textos, quando existem, são da responsabilidade das editoras, com alteração para a grafia pré-Acordo Ortográfico da responsabilidade de As Leituras do Pedro.
Algumas das edições aqui apresentadas podem ter sido editadas anteriormente,
mas só agora tomei conhecimento delas.


Bonecos Rebeldes
Príncipe Valente 1953-1954
Harold R. Foster


Calçada das Letras
Best Of – Tirado da Prateleira
Geral e Derradé 




Cru #49
Daniela Alves, Isabel Lhano, Laro Vilas Boas, Marcos Farrajota, Amílcar Macieira, Álvaro Silveira, Anoik, Rios Albertino, Bruno Débrum, Julieta dos Prazeres, Horácio Frutuoso, Rosa Feijão, A. Sugadita, Helena Rócio Janeiro, Tiago Araújo, Astromanso, Clemente Migalha, Rita Mendes, Alice in Goreland, Esgar Acelerado, Afonso Ferreira, Sebastião Peixoto, Sandra Gavinhos, Jeremy Eaton, Zé Burnay, Paulo Gasconha, Wasted Rita, Rudolfo, Themoteo Suspiro, Jefferey Zaun, Rui Vitorino Santos, Rosário Pinheiro, Bárbara Fonte, Lord Mantraste, Susana Carvalhinhos, Heymikel, Leonor Zamith, Joana Ray, Cátia Vidinhas, Valter Hugo Mãe, Tiago Lourenço, Lara Luís, Valquíria Aragão, Balbina Bagina, Fernando Ribeiro, Zbigniev Koniek, João Oliveira, Emerenciano Osga e Madame Lydia, são os colaboradores desta edição, repleta de banda desenhada, ilustração, contos, críticas de discos, cinema, colunas de opinião e muitos outros motivos de interesse.


Devir
Anne Frank – Biografia Gráfica
Sid Jacobson e Ernie Colón
Durante a ocupação da Holanda pelos nazis, a jovem Anne Frank viveu escondida com a sua família e outras quatro pessoas numa casa de Amesterdão. No decurso dos dois anos em que viveu enclausurada, dedicou-se a escrever, no seu diário, tudo o que sucedia na casa, assim como os seus sentimentos, dúvidas e pensamentos mais profundos.
Hoje, o Diário de Anne Frank é uma obra conhecida em todo o mundo, fornecendo um emocionante relato em primeira mão da perseguição e das atrocidades sofridas pelos Judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Procurando dar-nos a conhecer a extraordinária figura de Anne Frank, bem como as terríveis circunstâncias em que procurou sobreviver, Sid Jacobson e Ernie Colón basearam-se no seu diário, mas foram ainda mais além: enquadraram os acontecimentos num antes e num depois, e valeram-se de numerosos testemunhos de pessoas que a conheceram, e que conviveram com ela, para produzir esta espantosa biografia, narrada em formato gráfico.


NetCom2 Editorial
A Última Profecia II – As Mulheres de Emesa
Giles Chaillet

Caroline Baldwin - Moon River 
André Taymans
Esta série conta já com 16 álbuns publicados em França e o sucesso tem sido tal que está previsto o lançamento do filme, baseado nesta personagem, no início de 2014.
A personagem principal, Caroline Baldwin, é uma mulher forte, moderna, independente tanto na sua profissão como no amor. No entanto, conjuga bem o lado carinhoso e sensível com o seu trabalho como investigadora particular.
No seu estilo tão particular, o desenhador André Taymans – que também participou em outras séries como Lefranc, Charlotte, Sybilline, Ella Mahé – transmite uma simpatia especial pela protagonista nesta BD franco-belga.

BDNet Magazine #4
(disponível em papel e online)


Objectiva
A Criada Malcriada 



Sketchbook #3


The Lisbon Studio #1

19/03/2011

Diabrete

O grande camaradão de todos os sábados
José Azevedo e Menezes (concepção, pesquisa e paginação)
Bonecos Rebeldes (Portugal, 2010)
210 x 300 mm, 116 p., cor e pb, brochado com badanas, 20 €


Para quem escreve regularmente sobre banda desenhada, como é o meu caso, por vezes querer mergulhar no passado dos quadradinhos nacionais revela-se um caso bicudo, dada o limitado acervo que possuo de edições de tempos mais distantes e a inexistência de publicações dedicadas em especial aos seus títulos mais marcantes e importantes.
Os poucos que existem, ou tiveram um forte apoio institucional, geralmente estando associadas a exposições, ou devem-se à paixão pelos quadradinhos dos seus autores.
Este estudo sobre o Diabrete, agora disponível, encaixa no segundo caso.
Sem fazer considerações de conteúdo e forma, nem o enquadramento da publicação no seu tempo e em relação a outras publicações “concorrentes” – aspecto que já tem sido considerado em obras de outros autores – José Menezes optou por compilar e tornar acessíveis dados “estatísticos” relativos a um dos jornais infantis mais significativos do panorama nacional, publicado entre 1941 e 1951.
Desta forma, através de uma paginação simples e legível, mostra todos os cabeçalhos que o Diabrete utilizou, compila, com exemplos, separatas e suplementos, aborda brevemente, mostrando páginas, os principais autores (Adolfo Simões Müller, Fernando Bento) e histórias publicados a par da lista completa de uns e outros, resume secções e colaborações de leitores, indica curiosidades, gralhas, concursos e espectáculos, etc…
E, como não podia deixar de ser, como bom “tintinófilo”, dedica especial atenção às bandas desenhadas de Hergé publicadas, desde as alterações feitas em pranchas de Tintin à reprodução de 27 episódios de Quick e Flupke (conhecidos no Diabrete como Trovão e Relâmpago…) por não terem sido incluídos nos doze álbuns que a Verbo editou em português.
Trabalho de dedicação e paciência, este estudo dedicado ao Diabrete surge na sequência de um outro similar, que o autor tinha editado em 2005, sobre O Papagaio.
Fico a aguardar o próximo… (sobre o Cavaleiro Andante?!)

20/12/2010

Rip Kirby, Volume I

Alex Raymond (argumento e desenho)
Bonecos Rebeldes (Portugal, Novembro de 2010)
270 x 348 mm, 56 p., pb, capa brochada com badanas

Aqueles que nas décadas de 50, 60, 70 ou mesmo 80, foram leitores regulares (ou não) especialmente do Mundo de Aventuras ou de outros títulos da Agência Portuguesa de Revistas, de certeza que guardam na memória o nome do detective Rip Kirby. Que muitos até podem ter conhecido sobre o (estranho) nome de Rúben Quirino, na fase em que as revistas infanto-juvenis rebaptizavam os heróis dos quadradinhos para os transformar em heróis lusos.
É especialmente para esses leitores a edição que a Bonecos Rebeldes acaba de colocar nas livrarias, o primeiro volume daquela que pretende ser a reedição integral das tiras de jornal desenhadas por Alex Raymond que criou o detective após ter participado na Segunda Guerra Mundial.
Movendo-se no meio da alta burguesia norte-americana, Rip (aliás Remington) Kirby, de óculos no nariz e cachimbo na boca, apreciador de música clássica e de conhaque, era fleumático, inteligente e ponderado, e privilegiava o raciocínio à acção, embora fosse capaz de recorrer aos punhos ou às armas quando necessário. Ao seu lado estavam sempre o fiel e impassível mordomo Desmond e belas e sensuais mulheres. A sua estreia nos jornais norte-americanos deu-se a 4 de Março de 1946, tendo demorado apenas três anos a chegar a Portugal, como um dos protagonistas do número inaugural do Mundo de Aventuras, com a história “O caso de Medellon Bell”.
Raymond, também criador de Flash Gordon, desenharia o detective durante dez anos, até à sua morte trágica num acidente de automóvel. John Prentice prosseguiria com as suas aventuras, de forma talentosa, até 1999, data em que desenhador e herói se reformaram definitivamente.
A actual edição foi preparada em Portugal, não seguindo a reedição integral (bem mais luxuosa) que a IDW Publishing está a levar a cabo nos Estados Unidos.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias 18 de Dezembro de 2010)

15/11/2010

Batman & The Spirit #1

Jeph Loeb (argumento)
Darwyn Cooke (desenho)
J. Bone (arte-final)
Dave Stewrat (cores)
Panini Brasil (Brasil, Fevereiro de 2008)
170 x 260 mm, 48 p., cor, comic-book


Resumo
Enquanto os comissários Gordon e Dolan vão a uma convenção para polícias, Batman e The Spirit têm que unir esforços para derrotar um plano urdido pelos mais notórios adversários dos dois combatentes do crime.

Desenvolvimento
(Também) por culpa da minha formação aos quadradinhos, feita especialmente no “Mundo de Aventuras” (no início, e depois continuada de forma diversificada por títulos como “(À Suivre)” ou “Cimoc”, entre vários outros), geralmente vejo os heróis como pertença dos seus criadores, ficando reticente quando outros autores os assumem. Sei que há (boas) excepções a esta regra, mas normalmente as “sequelas” deste tipo ficam aquém das expectativas. Digo eu. (Também) por isso, possivelmente, o género de super-heróis nunca esteve nas minhas preferências, embora confesse um fraquinho (controlado!) pelo Demolidor, Homem-Aranha ou Batman (possivelmente por serem dos super-heróis menos “super-heróicos”).
Ainda no âmbito daquele primeiro pressuposto, para mim, alguns heróis são praticamente intocáveis. O genial The Spirit, do genial Will Eisner, é um deles.
Confesso, por tudo o que atrás fica escrito, que a notícia (de há alguns anos) de um crossover entre ele e Batman me deixou mais recesoso que curioso, embora o bichinho lá estivesse.
E agora, anos passados sobre a edição, que mereceu tantas críticas positivas quanto negativas, muito insultuosas e do mais elogioso, reconheço que Jeph Loeb e Darwyn Cooke se saíram bem da empreitada.
Graficamente próximo do estilo de Spirit – o de Batman é indefinido, em função de cada autor que o assume –, uma espécie de linha clara estilizada, nostálgica q.b., de traço largo e com bom uso de sombras, a obra é chamativa – cabendo uma boa quota-parte ao excelente trabalho de cor de Dave Stewart -, merecendo destaque a forma como Cooke uniformizou o estilo dos dois protagonistas, conseguindo inserir credivelmente Batman no “universo gráfico” do Spirit. A par disto, a planificação clássica mas diversificada marca o ritmo da narrativa, proporcionando uma leitura dinâmica e fluida e revelando mesmo alguns momentos memoráveis como a (falsa) splash page que “apresenta” o Spirit (preparada ao longo de duas pranchas) ou as belas e sensuais heroínas e, principalmente, vilãs.
Em termos de argumento, no entanto, a história também brilha, seguindo de perto o clima misto de mistério e ironia tradicional em Eisner. E é aqui que a maior parte das opiniões divergem, com muitos a defender que, mais do que a bela homenagem - que é -, esta foi uma oportunidade perdida para de alguma forma (re)definir as personagens em função de um espaço comum. Pessoalmente, acho que este foi o caminho correcto, pois outra via corria o risco de os descaracterizar, em especial ao Spirit.
A história começa com um encontro entre os comissários de Gotham e Central City, Gordon e Dolan, que recordam e se dispõem a contar um (desconhecido porque omitido) encontro entre os dois heróis mascarados. Com um belo achado: Spirit achar que Batman não passa de uma lenda urbana, duvidando a té final (e depois dele) da sua verdadeira identidade! Os diálogos que suportam a história, são bem escritos e contidos e servem de suporte ao bom humor que perpassa pelo relato.
O segredo mantido pelos dois comissários revelar-se-á fruto também das culpas no cartório dos dois veteranos, pois então ambos foram vítimas dos encantos de duas sedutoras, belas mas pouco recomendáveis, as estonteantes P’Gell e Cat Woman (que também farão das suas junto de Batman e Spirit).
Aliados a elas, envolvidos num plano maior que pretende eliminar os dois combatentes do crime, surgirão outros vilões como Cossaco, Mister Carrion e o seu inseparável abutre Julia, Pinguim, Enigma, Joker ou Arlequina, que assim ampliam e dão mais sentido ao tom de homenagem inerente a esta banda desenhada.
A partida dos dois polícias para o Havai, local da convenção, obriga Batman e Spirit a seguir no seu encalço – perdendo aqui a narrativa pela retirada dos heróis do seu habitat natural, os mais negros e sombrios becos urbanos -, pois descobrem que ela afinal não passa de uma artimanha dos vilões para os atrair. Multiplicam-se então as surpresas, os encontros, os recontros e as cenas de acção, até ao esperado mas surpreendente desenlace final, bem conseguido e à altura do restante relato, que conta com uma breve aparição do Superman e do qual os “bons” sairão vencedores - mas também ninguém esperava o contrário…
Chegado aqui, resta uma pergunta, em jeito de colagem a um popular anúncio: conseguíamos passar sem esta história? Sim, sem dúvida, mas não era a mesma coisa: tínhamos perdido uma bela homenagem e uma BD divertida e bem feita!

11/02/2010

Tarzan
















Pranchas Dominicais de Russ Manning
Vol. 1 – 1968-1970
Vol. 2 – 1970-1972
Bonecos Rebeldes (Portugal, Setembro de 2007 e Fevereiro de 2008)
240 x 340, 136 p., pb, brochada com badanas

Entre muitas leituras, incluindo algumas grandes obras que tenho compartilhado com os que se dão ao trabalho de me lerem, confesso que a que me deu maior prazer nos últimos tempos foi este Tarzan de Russ Manning.
Não por se tratar de uma excelente edição da Bonecos, em formato italiano, com excelente reprodução da arte de Manning.
Não pelo traço vigoroso, dinâmico e bem proporcionado do autor, que produziu o "mais limpo" Tarzan de sempre, rigoroso na reprodução de veículos, fantástico no tratamento dado a homens (e belíssimas mulheres) e animais, capaz de (quase) nos fazer sentir a humidade das verdejantes selvas africanas, o calor abrasador dos desertos, o nevoeiro denso dos mundos misteriosos que Tarzan descobre, os cheiros intensos de homens e animais, capaz de transmitir dor, raiva, fúria, alegria ou surpresa pela simples expressão dos rostos.
Não foi, ainda, pelas histórias, bem ritmadas e planificadas, que combinam episódios quase ecológicos com aventura pura, o estranho fascínio da selva com os mundos fantásticos que Burroughs imaginou, o confronto desigual entre as civilizações branca e negra.
Foi, apenas (?!), tão só (?!) porque nele reencontrei um dos meus heróis de juventude, o seu universo forte e sedutor, os brados arrepiantes de Tarzan, como "Kreegah!" ou "Bundolo", que preencheram muitas das minhas brincadeiras; porque nele relembrei imagens ou sequências completas, fortes e marcantes, que a minha memória guardou, como os combates com os homens-formiga, os homens primitivos de Opar, a sua sedutora rainha La debruçada sobre o homem-macaco deitado na pedra do sacrifício, Tarzan entrando em combate à frente dos seus animais, a sua selvagem celebração de vitória com os grandes macacos… Porque (re)descobri um encantamento que o tempo não foi capaz de apagar.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 21 de Outubro de 2007)
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