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26/12/2023

Uma prancha... (quase) em Portugal

 


São diversas as referências ao nosso país ou até as cenas de bandas desenhadas que têm por cenário locais portugueses, feitas por autores estrangeiros.

07/07/2023

Buck Danny: Origines

Nas asas da nostalgia

Buck Danny ocupa um lugar especial nas minhas memórias e na minha formação enquanto leitor e ele, juntamente com Jerry Spring (descoberto poucas semanas antes, quando o Mundo de Aventuras mudou pela primeira vez de formato na chamada quinta série), foram responsáveis por me introduzirem de forma mais consistente na banda desenhada realista oriunda da Spirou.

28/12/2018

Encontro de aviadores

Depois do crossover entre as revistas Tintin e Spirou, referido ontem aqui, fica um outro encontro curioso, desta vez entre os principais aviadores da BD franco-belga.
A 29 de Maio de 1969, a revista Spirou publicava a página 38 de Les Anges Bleus onde, a certa altura, se encontravam Buck Danny (heróis da 'casa'), Dan Cooper (publicado na Tintin) e Tanguy e Laverdure (personagens da Pilote).

(clicar na imagem para a aproveitar em toda a sua extensão)

05/06/2018

Buck Danny, Lintégrale #4


Censura


Uma das grandes vantagens destes integrais - a par de disponibilizarem séries (mais ou menos) clássicas em óptimas versões editoriais, superiores até às originais - são os dossiers que abrem cada volume e ajudam os leitores a mergulharem na História da edição franco-belga.
No caso presente, a introdução é feita sobre o prisma da censura e as revelações são surpreendentes.

07/04/2011

Buck Danny

L'intégrale - Tome 2
Dupuis Patrimoine
Jean-Michel Charlier (argumento e desenho)
Victor Hubinon (desenho)
Dupuis (Bélgica, 4 de Março de 2011)
218x230 mm, 276 p., cor, cartonado, 24 €

Resumo
Segundo tomo da compilação integral das aventuras de Buck Danny, inclui os álbuns “La revanche des fils du ciel”, “Tigres volants”, “Dans les griffes du Dragon Noir” e “Attaque en Birmanie”, originalmente publicados na revista “Spirou” entre 1948 e 1951.


Desenvolvimento
Comecei a coleccionar o Mundo de Aventuras, oferecido pelo meu pai, no #47 (da chamada 5ª série) e, poucas semanas depois, a revista teve duas mudança significativas: a primeira, a alteração de aspecto, com a diminuição do formato para um tamanho próximo do comic-book; a segunda, uma inflexão na orientação, introduzindo séries franco-belgas a par da manutenção das norte-americanas que até aí constituíam o seu prato forte. A primeira novidade foi Jerry Spring, no número de mudança, o #54, e a segunda Buck Danny, no #60, a 21 de Novembro de 1974. Prova da importância que o ‘MA’ e estes heróis tiveram em mim, é que o que atrás fica escrito é citado de memória…
O reencontro com Buck Danny (muitas vezes relido) tantos anos depois, a par da componente nostálgica, confirmou as marcas que as aventuras deste aviador deixaram em mim, pois ao longo da leitura das suas páginas descobri que (ainda) sabia praticamente de cor alguns dos diálogos, para além de conservar uma memória muito viva dos argumentos.
A par disso, houve também uma componente de descoberta. Desde logo, por ser a primeira vez que li estas histórias a cores – cores antigas, demasiado vivas em muitos casos, com poucos gradientes, que me mostraram as vantagens da sua edição a preto e branco no Mundo de Aventuras…
Descoberta, também, que Charlier, um argumentista de eleição do género “grande aventura”, foi durante sete álbuns igualmente desenhador, mais concretamente dos barcos e aviões (e dos respectivos esquemas, reais e pormenorizados, incluídos nas pranchas da história – aquelas vinhetas que muitas vezes saltei na leitura original, ansioso por descobrir o que acontecia a seguir na história...)
Finalmente, esta releitura teve uma componente de confirmação: por um lado, o valor de Buck Danny a nível histórico - pela bem conseguida conjugação entre os acontecimentos reais e a ficção, através da integração das aventuras no cenário de guerra real – e também a nível documental – pela muita informação incluída nas páginas desenhadas.
No início da primeira das quatro histórias incluídas neste tomo, em que o tom documental e histórico se vai diluindo aos poucos, reencontramos Danny a gozar uma licença após a sua participação (contada nos três tomos iniciais da série) nos acontecimentos que se seguiram ao bombardeamento de Pearl Harbour pelos japoneses, que levaram os EUA a entrar na Segunda Guerra Mundial, sendo de imediato chamado para incorporar uma companhia estacionada na China.
Como marco fundamental destas histórias, fica a introdução de três personagens que se tornariam recorrentes: o estouvado So(n)ny (a grafia é alterada no final de “Attaque en Birmanie”) Tuckson, responsável pela maior parte dos apontamentos cómicos que servem para aliviar a tensão, Tumbler e Tao. E o reencontro com a bela Susan Holmes… Há também os vilões de serviço, os espiões japoneses Mo Choung Young e Miss Lee.
Banda desenhada realista, no traço e na temática, as aventuras de Buck Danny revelam-se densas e de leitura mais lenta nas três primeiras histórias incluídas no presente volume, não só pela existência de bastante texto, mas também pela composição das pranchas, que incluem cinco tiras por página. A partir do último tomo, com a saída de Charlier da parte gráfica, Hubinon reduz a planificação para quatro tiras por prancha e solta o seu desenho, passando a utilizar um pincel mais grosso, conseguindo dar uma outra dinâmica à série, acompanhando melhor o alto ritmo imposto por Charlier, mestre na introdução de sucessivas sequências de acção, mistério e suspense nos seus argumentos, que tinham o condão de deixar o leitor sem fôlego, sempre à espera doa próxima surpresa, peripécia ou volte-face.
Isso, a par do ritmo de produção a que os autores estavam obrigados pela publicação semanal em revista e pelo trabalho em simultâneo em diversas histórias, faz com que se encontrem aqui e ali algumas incongruências e questões temporais menos bem resolvidas, o que está longe de ser suficiente para retirar interesse, magia e encanto à leitura das aventuras de Buck Danny e dos seus companheiros.


A reter
-Mais uma belíssima edição integral, que inclui vinhetas e/ou páginas inexistentes na versão publicada em revista ou eliminadas na reedição original em álbum.
- O dossier inicial, rico em informação e profusamente ilustrado.
- A magia do reencontro com um herói da minha adolescência.


Menos conseguido
- Algumas questões temporais, nomeadamente o imenso tempo que Danny e os seus amigos demoram a entregar os (urgentes!) planos do ataque à Birmânia.
- O tom (francamente) amarelo da pele de chineses e japoneses que, nalgumas vinhetas, chega mesmo a roçar o amarelo vivo!
- No decorrer da terceira história incluída neste tomo, Buck Danny e os seus amigos embarcam num navio chamado “Lisboa”, pertença do capitão português Jacinto… Gomez y Sereno y Bolívar Y Talacayud!!!


Curiosidades
- Descobrir que Charlier foi também desenhador nos primeiros sete tomos de Buck Danny. E que o abandono dessa faceta, para se dedicar à escrita, na qual ele era mestre, o levou a perder uma boa percentagem dos seus ganhos, pois o argumentista apenas recebia 30 % do pagamento por prancha…
- Os direitos recebidos pela publicação em álbum de B. Danny, proporcionaram a Charlier e Hubinon uma quantia em dinheiro como eles nunca tinham visto. O primeiro, comprou de imediato um automóvel mas… o valor recebido não chegou para a gasolina!
- Hubinon e Charlier, na peugada de Buck Danny e dos seus companheiros, foram também pilotos (fazendo entregas, servindo de táxi, etc…), tendo durante algum tempo acumulado essas funções com a BD.
- Danny, Tuckson e Tumbler protagonizam um dos selos editados pelo Centro Belga de BD para comemorar os seus 10 anos de existência.

Em Portugal

No nosso país, Buck Danny, para além do Mundo de Aventuras, onde foram publicados os primeiros 9 episódios da série – “Os Japoneses Atacam”, “Os Mistérios de Midway”, “A Vingança dos Filhos do Céu”, “Os Tigres Voadores”, “Nas Garras do Dragão Negro”, “Ataque na Birmânia”, “Os Traficantes do Mar Vermelho”, “Contra os Piratas do Deserto”, “Os Gangsters do Petróleo” -, esteve presente noutras revistas.
A sua estreia nacional deu-se a 5 de Julho de 1958, no “Cavaleiro Andante”, com a sua 19ª aventura, “O Tigre da Malásia”, publicada ao longo de 42 números e com direito a capa no #365.
Regressaria no número inicial do “Zorro”, a 13 de Outubro de 1962, com a sua 21ª aventura, “Desapareceu um protótipo”.
Os leitores portugueses só voltariam ao seu contacto a 21 de Outubro de 1971, na primeira tentativa de publicar uma versão lusa da “Spirou”, com “Os anjos azuis”, 36ª história de Charlier e Hubinon. Cerca de 8 anos mais tarde, na segunda vida da revista, Danny marcaria de novo presença, agora com “X-15”, o seu 31º episódio, cuja publicação omitiu duas pranchas.
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