Tenho
seguido com interesse o consulado de Chip Zdarsky à frente do
Demolidor, no qual tenho encontrado boas leituras como vou
partilhado por aqui. Este
quinto volume, é claramente de transição entre dois arcos
narrativos e a verdade é que a edição ressente-se disso - mas não
só.
Na
infindável repetição de momentos e situações que caracteriza
grande parte das edições Marvel, Matt Murdock/Demolidor e Wilson
Fisk/Rei do Crime, estão de novo frente a frente, mesmo que à
distância, mesmo que por interpostas pessoas.
Com
aliados e inimigos pontuais, fruto das suas decisões e escolhas. E
em contra-ciclo.
Compilação
de título enganador, esta segunda recolha do consulado de Chip
Zdarsky à frente do Demolidor, coloca Matt Murdock no inferno -
literalmente (na Cozinha do…) e em sentido alegórico
(religiosamente falando).
Já
referi várias vezes que, no Universo Marvel, uma das minhas
preferências é o Demolidor possivelmente pela forte componente
trágica que caracteriza o lado mais humano, de alguém que ao mesmo
tempo é cego, carrega a(lguma) culpa da sua orfandade e revela uma
gran de incapacidade de amar e viver a felicidade, quando ela surge. Por
isso, as suas melhores histórias são aquelas que exploram essas
características, não surpreendendo que, uma vez e outra - entre breves oásis de felicidade - Matt Murdock - e o seu alter-ego - regressem
ao local de origem e, mais do que isso, à sua vertente marginal,
perseguida, despojada e, às vezes, até odiada.