Este tomo, é um dos oito
livros publicados no estrangeiro em Janeiro com participação portuguesa –
no caso André Lima Araújo - e marca o princípio e – curiosamente – o fim de
mais uma etapa no universo Marvel.
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19/02/2016
Ultimate FF: Los más Extraños del Mundo
Leituras relacionadas
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Marvel,
Panini
23/10/2012
The Amazing Spider-Man #692
Marvel Comics (EUA, Outubro 2012)
170 x 260 mm, 64 p., cor, comic-book mensal
$5,99 US
Este é um
número integrado na comemoração dos 50 anos do Homem-Aranha
e também da proximidade do “redondo” #700 – no qual o título vai acabar. Sem
grandes razões para além da febre dos “números 1” que afecta actualmente a indústria
dos comics norte-americana e para dar origem a um ainda (inexplicado) “Superior
Spider-man”.
Inspirou-me
três leituras diferentes, correspondentes ao trio de bandas desenhadas nele incluídas.
Alpha - Part 1: Point
of Origin
Dan Slott (argumento)
Huberto Ramos (desenho)
Victor Olazaba (arte-final)
Edgar Delgado (cor)
Esta é a
história de um jovem liceal, mal-amado pelos colegas, vítima das suas partidas,
que um dia, ao visitar um laboratório científico, é acidentalmente… não, não
foi mordido por uma aranha radioactiva e por isso não se chama Peter Parker.
Embora este, alguns anos mais velho do que aquilo que normalmente vemos, estivesse
no laboratório como seu responsável.
O jovem em
questão, Andy Maguire (evidente referência a Andrew Garfield e Tobey Maguire,
os actores que interpretaram o herói aracnídeo no cinema), é sim atingido por uma
dose de radiação, transformando-se no mais poderoso adolescente conhecido - com
um (incongruente) visual à Lanterna Verde.
Devido à
sua inexperiência e predisposição para avançar sem pensar, precisará de alguém
para o orientar, sendo o Homem-Aranha naturalmente a encarregar-se disso, numa
relação nem sempre pacífica, num registo algo atabalhoado e pouco credível, que
recupera num novo contexto a moda dos parceiros adolescentes dos super-heróis (e
não só).
Mais um
truque comercial? Mais um avanço na completa descaracterização do herói
aracnídeo que agora comemora 50 anos? A combinação dos dois? Seja o que for, espero
que passe depressa – embora a chamada para o desenhar do excelente Humberto Ramos
faça temer que não… - e nos devolva o Peter Parker que conhecemos.
Spider-Man for a night
Dean Haspiel
(argumento e desenho)
Giulia Brusco (cor)
Numa das
vertentes em que está a ser assinalado meio século do herói das teias, esta BD
toma como ponto de partida um dos momentos fortes desses 50 anos: quando um
desiludido e abalado Peter Parker deixa no caixote do lixo o seu uniforme,
decidido a nunca mais o vestir.
Se, naturalmente,
todos sabemos que voltou atrás, desconhecia-se o que aconteceu ao fato durante
os (longos) minutos em que o Homem-Aranha não existiu.
Dean Haspiel
revela esse segredo, numa história de tom humano, bem construída e
desenvolvida, que convence pela forma como combina o desespero de um assaltante
que só quer dinheiro para pagar o tratamento da neta com a mística do Homem-Aranha.
Just Right
Joshua Fialkov
(argumento)
Nuno Plati (desenho e cor)
Finalmente,
na terceira BD, destaco o desenhador, o português Nuno Plati, pois a sua
presença numa edição com este relevo não deixa de ser significativa.
Plati, fiel
ao traço esguio e dinâmico – e à cor baseada em tons quentes - com que tem
repetidamente retratado o Homem-Aranha, assina mais uma parceria com o
argumentista Josh Fialkov, que enriquece a narrativa com um bem conseguido toque
de humor.
Juntos, em
duas dezenas de pranchas, narram um dia (não) do Homem-Aranha, que é salvo não
pelos seus feitos heróicos, mas sim pela sua capacidade de manter o seu
estatuto humano – mesmo com grandes poderes – e dar a um adolescente perseguido
por colegas – mais um… - alguns momentos inesquecíveis.
Leituras relacionadas
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Ramos,
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29/03/2011
Marvel Girl #1
Josh Fialkov (argumento)
Desenvolvimento
A reter
- Algumas expressões da protagonista.
Menos conseguido
- Mais habituado à banda desenhada europeia, faz-me impressão encontrar na revista 10 páginas de publicidade – quase todas à própria editora – deixando-a com apenas 22 páginas (úteis) de banda desenhada…
Nuno Plati Alves (desenho e cor)
Marvel Comics (EUA, 16 de Fevereiro de 2011)
170 x 210 mm, 32 p., cor, comic-book, $2,99 US
Resumo
Recolhida pelo professor Xavier quando os seus poderes se começaram a manifestar, após a morte acidental da sua melhor amiga, Jean Grey revela dificuldades em controlá-los, especialmente no seu relacionamento com os outros mutantes.
Por esse motivo, é aconselhada a deixar a escola temporariamente e a procurar no seu passado as razões para o que se está a passar com ela.
Desenvolvimento
Curiosamente – ou talvez não… - é uma história mais europeia do que de super-heróis, puros e duros… Ou escrito de outra maneira, é uma história com menos acção e mais introspecção. Com menos “efeitos especiais”, combates grandiosos ou batalhas épicas com destruição a rodos, e mais diálogos (interiores…) e recordações pacatas (mas marcantes).
O que não implica obrigatoriamente menos interesse, pelo contrário – pelo menos para mim, embora reconheça que possa ser penalizador para os habituais consumidores do género super-heróis.
A história, embora linear, está bem construída, muito embora a razão para os problemas da mutante sejam – praticamente… - revelados logo à partida, o que lhe retira uma dose do interesse que poderia ter. Independentemente disso, tem alguns aspectos interessantes, nomeadamente a comparação entre os sonhos dos adolescentes amigos de Jean Grey e a sua realidade adulta.
Curiosamente, de novo – ou, de novo, talvez não – Plati Alves mostra-se menos à vontade no desenho dos confrontos entre Jean Grey e os seus amigos mutantes, logo no início, do que quando trabalha as cenas mais calmas. Aliás, é nestas que melhor se destacam a sua técnica, o seu estilo e a boa aplicação da cor que revela, conseguindo mesmo algumas vinhetas e pranchas muito interessantes, enriquecidas por uma planificação diversificada. E, quando retrata Jean Grey, consegue mostrá-la não só muito bonita mas também revelar os sentimentos que a possuem apenas pelas suas expressões. Terá sido por isso, até, possivelmente, que a escolha do desenhador desta BD recaiu nele.
- Algumas expressões da protagonista.
Menos conseguido
- Mais habituado à banda desenhada europeia, faz-me impressão encontrar na revista 10 páginas de publicidade – quase todas à própria editora – deixando-a com apenas 22 páginas (úteis) de banda desenhada…
Leituras relacionadas
Fialkov,
Marvel,
Nuno Plati Alves,
X-Men
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