Mesmo
podendo nunca ter lido o romance original de Mary Shelley, todos nós
já lemos ou visualizámos adaptações e versões do seu
Frankenstein
original, nos mais diversos suportes, podendo acontecer que a certa
altura, perante as múltiplas versões, já não consigamos
descortinar o que fazia parte do relato base e o que as sucessivas
adaptações foram acrescentando, a mais paradoxal de todas,
associarmos o título ao monstro quando o monstro não é ele.
Ainda no rescaldo do Maia BD, para lá dos muitos autógrafos já aqui mostrados, mostro hoje o último, conseguido durante uma longa conversa com o autor com o Porto histórico como fundo, que em breve aqui irei reproduzir.
Se
noutros tempos a banda desenhada adaptou os clássicos da literatura
como forma de auto-afirmação, há já muitos anos que, assumindo-se
como género autónomo, os tem revisitado de
forma original e apelativa
(para os leitores habituais de BD), potenciando
as suas muitas
qualidades
gráficas e narrativas. É
o caso do recém-editado Drácula
com que a editora A Seita inaugurou a sua colecção Nona
Literatura,
dedicada a este tipo de obras - o
que, conjugado com vários outros sinais, parece indiciar que este
‘regresso recente’ da BD às adaptações literárias é mais do
que uma simples moda passageira.