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08/02/2020
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08/05/2018
Bartoon 25 anos
Mais
do que uma efeméride
Há
efemérides que se comemoram apenas pela redondeza dos números. Os
25 anos do Bartoon são bem mais do que isso.
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31/01/2013
O Comboio das Cinco
Luís Afonso
Abysmo (Portugal, Dezembro de 2012)
120 x 170 mm, 86 p., brochado com sobrecapa
9,00 €
Resumo
Na sequência de uma discussão com a sua mulher,
Madalena, Fragoso perde o controle do carro em que seguem, que acaba por se
despistar.
Sofrendo apenas o susto mas ficando sem meio de
locomoção, uma vez chegados à (minúscula) povoação mais próxima, descobrem que
o único comboio para Lisboa parte daí a sete horas, às cinco da madrugada.
Divagação
Todos (?) nós – quando muito jovens – sonhámos
viver as aventuras dos heróis que líamos nos quadradinhos, ao seu lado ou em
sua substituição. Mais tarde – quando a razão já deveria prevalecer – deixámos
de querer ser como eles, para querer ser como os seus autores (e a verdade é
que alguns – muito poucos… - o conseguem!).
O que não é habitual é o inverso: os heróis de
BD quererem ser como os seus leitores ou os seus autores.
Mas é isso que se passa neste “O Comboio das
Cinco”, com Lopes, o escritor pós-moderno criado por Luís Afonso para a “Grande
Reportagem” e actualmente em publicação na “Sábado” (supostamente) a assumir as
despesas da escrita.
Desenvolvimento
Escrita de Luís Afonso, aliás de Lopes, o
escritor pós-moderno, que se revela directa, cativante e divertida, arrastando
o leitor para acompanhar as desventuras de Fragoso, perdido no meio de
nenhures, sem carro nem rede telefónica.
Pelo meio, entremeando o relato principal, qual
tangente em relação a uma circunferência (e isto é uma “evidência de elevado
conhecimento matemático”! – desculpem, não resisti, leiam o livro que entendem…)
surgem duas outras histórias: a de Manuel Joaquim, carteiro e caçador,
revoltado com os concursos que prometem mundos e fundos e não (re)compensam (a)
ninguém e a das desavenças entre Serafim Augusto, presidente do Santa Bárbara
FC, e Serafim Augusto, presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara
Bendita (sim, uma e a mesma pessoa!).
Tudo tratado com o humor, a ironia e o sarcasmo expectáveis
pela obra aos quadradinhos de Luís Afonso (também pai do “Bartoon” ou do “Barba
e Cabelo”), e que ainda atinge directamente o incauto leitor, tomado por
ignorante, tantos são os avisos constantes das páginas deste belo livrinho
sobre os indicadores de “qualidade literária”, “profundidade”, “frase batida”
ou de “experiência de vida” que enriquecem o texto.
Como complemento da narrativa, Luís Afonso –
desta vez ele próprio, – documenta – aos quadradinhos - os sucessivos encontros
entre Lopes, o escritor pós-moderno, e um produtor cinematográfico, ainda durante
o processo de construção do texto, com o propósito de adequar o relato ao
futuro “filme baseado no livro, que será influenciado pelo filme”!
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