...ou,
espero eu, simplesmente adiada. Porque, subintitular uma revista como
Le
meilleur des cent ans de Dupuis e
depois limitar o seu conteúdo apenas à última década, década e
meia
(ou pouco mais...) é,
no mínimo, enganar os leitores. Mas,
atenção! Isto não invalida que eu aconselhe - e muito! - a compra
deste número.
Já
o escrevi por aqui: sendo esta revista uma espécie de mostruário do
(bom) catálogo de humor da Dupuis, o menor ou maior interesse de
cada edição está intimamente ligado aos dois álbuns completos
incluídos. Sendo
este um número dedicado aos schtroumpfs - e também por extensão a
Peyo - dificilmente poderia ser melhor, ou não incluísse ele um dos
álbuns fundadores da (fantástica) BD franco-belga dos anos 1960 e
uma aventura longa completa dos pequenos seres azuis. E
mais ainda.
Regresso
à Méga Spirou porque há um novo número disponível em alguns dos
quiosques e bancas nacionais e
porque me parece que é - ou pode ser - uma leitura a
um tempo descontraída,
interessante e diversificada.
O
modelo é muito simples: em quase 200 páginas com capa mole e papel
de jornal mas
de
gramagem superior, reúnem-se dois álbuns completos e (quase)
uma
centena de histórias
curtas
de séries diversas. É a Méga
Spirou que,
trimestralmente, faz de mostruário quer da própria
revista Spirou,
quer do catálogo da Dupuis, e
tem
distribuição (selectiva) em Portugal. Para
a editora, os custos são mínimos, uma vez que se trata de
republicações; para o leitor, são duas centenas de páginas de
BD a
um preço muito acessível.