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13/09/2022

Poussy L’intégrale

Bchh, bchh, bchh


Conhecido como criador e pai inspirado dos Schtroumpfs, de Johan et Pirlouit e de Benoit Bruisefer, Peyo legou-nos outra criação, possivelmente menos mediatizada, mas à qual dedicou muitos anos - de 1949 a 1991, embora com grandes hiatos - e toda a sua capacidade artística: Poussy, o gato.

29/12/2021

Benoît Brisefer L’Intégrale 1

Oásis



Podia ter terminado o ano - e muito bem - com o Family Tree de ontem, mas a verdade é que neste ano se acentuou a minha necessidade de, pontualmente, mergulhar nestes oásis de genuína ingenuidade e génio narrativo que são as grandes séries clássicas franco-belgas, por isso esta opção por este volume integral de Benoîr Brisefer para fechar o ano aqui em As Leituras do Pedro, no que às análises de obras diz respeito.

17/12/2021

Méga Spirou #28

Schtroumpfástica!


Já o escrevi por aqui: sendo esta revista uma espécie de mostruário do (bom) catálogo de humor da Dupuis, o menor ou maior interesse de cada edição está intimamente ligado aos dois álbuns completos incluídos.
Sendo este um número dedicado aos schtroumpfs - e também por extensão a Peyo - dificilmente poderia ser melhor, ou não incluísse ele um dos álbuns fundadores da (fantástica) BD franco-belga dos anos 1960 e uma aventura longa completa dos pequenos seres azuis.
E mais ainda.

15/02/2019

Os Schtrumpfs negros

Provocação



Num tempo em que impera o doentio e enjoativo politicamente correcto, em que cada piada, por mais inocente que seja, é logo atropelada por um sem número de desculpas e justificações, admira como Les Schtroumpfs Noirs tem conseguido passar quase incólume pelos grossos pingos de chuva das acusações (gratuitas) de racismo.

28/06/2018

Johan et Pirlouit: L’intégrale #3

Momento de viragem



É sabido que Johan et Pirlouit era a série preferida de Peyo, pela qual sentia especial carinho.
Neste terceiro - e penúltimo - volume integral, tudo parecia indicar um momento de viragem.
No entanto. a entrada em cena de uns conhecidos anõezinhos azuis, originalmente baptizados como Schtroumpfs, viria a alterar os planos do criador belga.

05/02/2015

Benoît Brisefer: Les Taxis Rouges











Criação de Peyo –o mesmo dos Schtroumpfs, sim – em 1960,  super-herói antes do tempo deles, sem mesmo se pensar tal, Benoît Brisefer – a quem a União Gráfica rebaptizou entre nós como Kim Kebranoz em 1962 - é um dos mais recentes heróis de BD franco-belga a chegar ao cinema.

17/08/2011

Les Schtroumpfs


120 Blagues et autres Surprises #1
Studios Peyo (argumento e desenho)
Le Lombard (França, Julho de 2007)
225 x 295 mm, 48 p., cor, cartonado
10,45 €

Variante dos quadradinhos nascida no mercado norte-americano onde teve/tem os seus expoentes máximos, a tira (diária de imprensa) desde sempre teve fraca relevância noutros quadrantes geográficos. Pela maior aposta nas revistas com histórias em continuação (ou completas), porque os jornais compravam mais barato através das agências o que ficava caro encomendar aos autores locais…
O álbum que hoje aqui trago, é um dos pouco exemplos europeus (consistentes) deste género, o que não impede que revele a tira de BD como veículo ideal para uma viagem pelo rico universo desenvolvido por Peyo para os Schtroumpfs, explorando ou desenvolvendo, de forma directa, acessível e divertida, as características, peculiaridades e particularidades de cada um dos seus habitantes.
Com destaque – compreensível – para o Schtroumpf Preguiçoso, protagonista (involuntário) de muitas das piadas, ou da Schtroumpfette, estrela de várias outras.
Apostando também nas brincadeiras com os próprios códigos e elementos da BD e na introdução de alguns elementos estranhos ao universo dos pequenos anões azuis, este é um álbum de leitura leve e descontraída, que, pela diversidade do universo “schtroumpfiano”, ao contrário das recolhas das (verdadeiras) tiras diárias de imprensa, funciona igualmente bem lido aos poucos ou de uma só vez.



12/08/2011

Schtroumpfs contra a guerra

A UNICEF tem a decorrer até 30 de Abril de 2006*, a campanha "Deixem as crianças em paz!", que inclui um desenho animado protagonizado pelos Schtroumpfs, criados na BD, por Peyo, em 1958.O filme começa como todas as aventuras dos pequenos seres azuis, com uma imagem idílica da aldeia onde todos vivem em paz. De súbito, começam a cair do céu bombas que causam a destruição total e matam todos menos o bebé Schtroumpf, miraculosamente poupado pelas bombas, mas que fica só, com a sua roca partida, no meio de cadáveres e ruínas a arder.
Este filme, destinado às televisões, passará apenas em horários em que os mais novos já estão a dormir, para os poupar ao choque que estas imagens fortes e violentas poderiam constituir. E chocar é realmente o objectivo da UNICEF, que optou pelo ataque a um dos símbolos da infância, para tentar questionar as consciências que parecem indiferentes às imagens de guerra reais e às suas consequências sobre os mais novos e indefesos.

(*Texto publicado originalmente no Jornal de Notícias de 15 de Novembro de 2005)

11/08/2011

L’Univers des Schtroumpfs

Tome 1: Gargamel et les Schtroumpfs
Peyo (argumento e desenho)
Le Lombard (Bélgica, 1 de Julho de 2011)
225 x 295 mm, 48 p., cor, cartonado
10,45 €


Resumo
Recolha de diversas histórias curtas oriundas do universo dos Schtroumpfs, tendo todas como figura central o feiticeiro Gargamel.


Desenvolvimento
Aos leitores de hoje pode parecer banal, mas no tempo em que as revistas – semanais! – eram o principal – quantas vezes o único – local de publicação de histórias aos quadradinhos, era normal os autores fazerem historias curtas com os seus personagens – numa primeira fase para os testarem junto dos leitores, mais tarde para explorarem aspectos particulares dos seus universos. E, não havendo o hábito a publicação em álbum, muitas vezes ficavam esquecidas.
É o caso destas histórias curtas – entre 4 e 8 pranchas cada – dos Schtroumpfs, agora reunidas em álbum, que mais não são que pequenas explorações ou desvios do seu universo, todas centradas em torno da figura de Gargamel, o feiticeiro que é inimigo jurado dos pequenos seres azuis, que nelas se vê a braços com um crocodilo, um irmão gémeo (bom), um ogre esfomeado, um urubu, três sobrinhos traquinas e um rival, trazendo-lhe todos complicações, desfeitas e insucessos. E sorrisos divertidos a nós, leitores.
Da leitura – nostálgica, agradável, simples e divertida – deste álbum, fica a certeza de que Peyo, caso ainda estivesse entre nós, gostaria pouco (ou nada) do que a TV e o cinema (o filme Os Smurfs estreia hoje em Portugal, depois dos surpreendentes resultados obtidos nos EUA) fizeram às suas personagens originais.
Terminada a leitura, Gargamel surge sobre outra aparência – quase simpatizamos com ele sem dar por isso – a de um pobre coitado que, por mais que tente, por mais que faça, por mais que invente, nunca conseguirá o seu objectivo porque quando o (seu) criador (na BD) distribuiu os papéis, a ele saiu-lhe a fava, o papel de mau da fita (mas pouco..).


A reter
- A recuperação destas pequenas histórias, que ajudam a desenvolver e compor o universo dos Schtroumpfs e proporcionam um novo (re)encontro com eles.
- O humor simples mas eficaz da maior parte delas.


Menos conseguido
- A ausência de dados sobra a data e local original de publicação de cada uma das bandas desenhadas, informações que, possivelmente, até não eram assim tão difíceis de obter.

25/06/2011

Smurf Global Day

Hoje é o Smurf Global Day, algo como Dia Mundial dos Smurfs, que é como quem diz, mais correctamente, Schtroumpfs. A iniciativa é da Sony and Colombia Pictures e enquadra-se na promoção da primeira longa-metragem dos simpáticos seres azuis, cuja estreia está prevista para 29 de Julho nos Estados Unidos.
A escolha do dia 25 de Junho serve ao mesmo tempo para assinalar o aniversário do nascimento de Peyo, o seu criador, em Bruxelas, em 1928. De seu verdadeiro nome Pierre Culliford, deu os primeiros passos num estúdio de animação onde conheceu Franquin (criador de Gaston Lagaffe) e Morris (Lucky Luke), tendo naturalmente transitado para a banda desenhada.
Em 1950, criou a série “Johan et Pirlouit” (João e Pirulito em Portugal) onde apareceram os Schtroumpfs (agora chamados Smurfs por via das versões televisivas e cinematográfica norte-americanas; ao menos não foram buscar a designação espanhola de Pitufos…).
O sucesso dos pequenos seres azuis levou Peyo a desenvolvê-los em série autónoma, dando-lhes um inimigo, o Feiticeiro Gargamel e explorando a sua linguagem típica, repleta do termo “Schtroumpf”, e as diferenças devidas às suas características e personalidades, que lhes dão nome: o sábio, o zangado, o cozinheiro, o dorminhoco, o brincalhão, etc. E no facto de na sua aldeia haver apenas uma personagem do sexo feminino.
Para assinalar o dia de hoje, estão previstas diversas iniciativas, a mais visível das quais a tentativa de bater o recorde de pessoas vestidas como Schtroumpfs: corpo pintado de azul e boné, calções e sapatos brancos. Haverá concentrações em Bruxelas, Atenas, Haia, Dublin, Cidade do México, Cidade do Panamá, Varsóvia, Moscovo, Joanesburgo, Nova Iorque e Londres, sendo 2510 o número a ultrapassar. Em Espanha, a vila de Júzcar, em Málaga, conhecida pelas suas casas brancas características da Andaluzia acordará completamente pintada de azul, e o famoso The O2, em Londres, vai transformar-se no The O Blue. Nas principais praças de Paris, Reiquiavique, Bogotá, Zurique ou Copenhaga vão ser implantadas Casas Azuis, habitadas por pequenos Schtroumpfs em tamanho real (cerca de 20 centímetros).
O salto da banda desenhada para a televisão, nos anos 90, apesar de descaracterizar os Schtroumpfs fez a sua popularidade passar as fronteiras francófonas.
O actual filme, dirigido por Raja Gosnell, que congregou esforços de duas das maiores produtoras, a Columbia Pictures e a Sony Pictures, assinala a sua chegada ao mundo real, para onde foram enviados por Gargamel e onde vão interagir com Neil Harris e Jayma Mays. Nas vozes originais encontram-se Hank Azaria (dos Simpsons), Kate Perry ou Jonathan Winters. A estreia portuguesa está marcada para 11 de Agosto.

(Versão revista e aumentada do texto publicado no Jornal de Notícias de 25 de Junho de 2011)

11/04/2011

Johan et Pirluit

A estreia há 65 anos
Há 65 anos, o jornal belga “La Dernière heure”, apresentava pela primeira vez Johan, um cavaleiro da idade média, alto e louro, protagonista de uma tira com quatro vinhetas. O seu autor, era um pouco conhecido Peyo, que viria a retomá-lo de forma ocasional por diversas vezes, até que, em 1952, ele se tornou um dos heróis regulares da revista Spirou, já moreno e, a partir do terceiro episódio, acompanhado pelo pequeno, irrequieto e desastrado Pirlouit. Juntos, viveriam pouco mais de duas dezenas de aventuras de capa e espada, entre narrativas curtas e longas, caracterizadas pelo heroísmo desinteressado de Joahn, as trapalhadas de Pirlouit, muita acção, algum mistério e um toque de fantástico, tudo sob a capa de um humor simples mas eficaz e de alguma ingenuidade. E pelo traço ágil, desenvolto e agradável do autor, servido por cores lisas e quentes.
No entanto, apesar de Peyo várias vezes a ter referido como a sua criação favorita, os dois heróis ficariam mais conhecidos pelo facto de nas suas páginas terem aparecido pela primeira vez, em 1958, no álbum “Les Flûte à six Schtroumpfs”, uns simpáticos anõezinhos azuis, que davam pelo curioso nome de Schtroumpfs.
Depois de mais algumas aventuras em comum, as duas séries dividiram-se, tendo Peyo conseguido conciliar ambas até 1970, data em que o sucesso crescente dos Schtroumpfs, uma criação mais original e divertida, o levou a abandonar os seus heróis de eleição.
Em Portugal, a série estreou-se em Julho de 1960, no “Álbum do Cavaleiro Andante #74”, rebaptizada como João e Pirolito. Voltaria depois, com a mesma denominação (ou como Joanico e Pirolito) no “Zorro”, “Jacaré”, “Nau Catrineta” e “Spirou” (2ª série), tendo a União Gráfica editado três álbuns nos anos 60: “O Juramento dos Vickings”, “A Flauta de Seis Schtrumpfs” e “O Anel dos Castellac”.

(Texto publicado no Jornal de Notícias de 11 de Abril de 2011)

17/11/2009

Johan et Pirlouit #4 - Les Années Schtroumpfs

Peyo (argumento e desenho)
Dupuis (Bélgica, Outubro de 2009)
218 x 230 mm, 276 p., cor, cartonado

Resumo
Johan foi criado por Peyo em 1946, num gag de apenas 4 vinhetas em que era louro. O autor recuperá-lo-ia mais tarde, já com cabelo preto, para protagonista de uma série medieval de capa e espada, de tom humorístico, acentuado pela formação de uma parelha com Pirlouit, a partir do terceiro tomo da série.
E se ela era a preferida do seu criador, hoje é mais conhecida por nas suas páginas terem surgido pela primeira vez os célebres Schtroumpfs, cujo sucesso obrigou Peyo a abandonar progressivamente Johan et Pirlouit, ao cabo de 13 álbuns e algumas histórias curtas.
Este quarto e último volume da reedição integral inclui os álbuns “La guerre des 7 fontaines”, “L'anneau des Castellac”, “Le pays maudit” e “Le sortilège de Maltrochu”, todos datados dos anos 60 e os últimos escritos e desenhados por Peyo, então em paralelo com as primeras aventuras dos anõeszinhos azuis.

Desenvolvimento
A participação destes últimos numa das histórias, aliás, faz perceber porque tiveram mais sucesso que os dois heróis em questão, devido à sua originalidade.
Porque “Johan et Pirlouit”, uma banda desenhada de humor e acção, dentro de um género então popular, não tinha maiores ambições do que o distrair e dispor bem, o que, refira-se consegue com eficácia.
As histórias revelam a construção semana a semana, sem argumento nem ritmo definido, para além de uma ideia geral, adivinhando-se que Peyo – como todos os seus colegas de então, homem de mil e um heróis e histórias – ia descobrindo as façanhas dos seus heróis ao mesmo tempo que as contava aos seus leitores.
Apesar disso, a sua leitura não permite descobrir lapsos de maior ao nível dos argumentos, que combinam aventura, feitiçaria, seres fantásticos ou misteriosos, humor e acção em doses equilibradas, sejam os heróis movidos pelo desejo de ajudar um fantasma a reencontrar paz de espírito, um náufrago a reconquistar o seu ducado, o seu rei a redescobrir a alegria de viver ou um príncipe transformado em cão a recuperar a forma humana. Tudo no meio de muitos perigos, diversas surpresas, inúmeras peripécias, gags divertidos e actos de coragem, no final dos quais os heróis vencem sempre e o bem prevalece.
O traço de Peyo, ágil, vivo, expressivo e agradável, contribui para uma leitura agradável, fluida e dinâmica.

Relidas hoje, com o distanciamento que o tempo e a época actual permitem, as aventuras de Johan et Pirlouit valem pelo reencontro com uma ingenuidade genuína que a banda desenhada de então tinha – para o bem e para o mal… – e que nos nossos dias raramente ostenta.

A reter
- O completo dossier sobre Peyo e Johan et Pirlouit, com documentos inéditos ou raros, que serve de introdução ao álbum.
- O baixo preço – apenas 22 € para quase 300 páginas coloridas e uma edição sem nada a apontar - uma agradável surpresa, habitual nas reedições integrais francófonas.

Curiosidade
- Uma das histórias curtas publicadas neste volume têm origem num concurso da revista Spirou, que desafiou os seus leitores a legendarem uma BD de 4 páginas elaborada por Peyo. Entre os participantes, contou-se um certo… René Goscinny!
- Em Portugal, onde foram publicados em revistas como “O Cavaleiro Andante”, “Zorro”, “Jacaré” ou “Spirou” (2ª série), Johan passou a Joanico ou João (conforme os casos) e Pirlouit foi rebaptizado como … Pirolito! Estavam à espera de quê?
- A União Gráfica editou mesmo três álbuns com as suas aventuras: “O Juramento dos Vickings” (5º álbum da série), “A Flauta de Seis Schtrumpfs” (9º, mais tarde reeditado pela Verbo na forma de romance ilustrado) e “O Anel dos Castellac” (11º).
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