Embora
viva neste tempo
- e
por isso ele também seja o meu - confesso alguma inveja dos
adolescentes/jovens(/e adultos!) de hoje que não vivem com a
angústia permanente quanto à edição ou não do volume seguinte de
uma qualquer das séries que seguem. Em tempos idos - os anos
1970/80/90…
- multiplicaram-se as séries incompletas, com um, dois ou três
volumes, seguidos ou saltados publicados em português… The Promised Neverlandé
o exemplo mais recente desta (nova) normalidade.
Dadas
muitas respostas, definidos posicionamentos e motivações, The
Promised Neverland chega
ao fim daquilo que podemos designar como 'primeiro ciclo' ao fim de
11 volumes. Isto
não significa o final da série nem a estanquicidade do que até
aqui foi narrado, mas permite terminar por aqui a leitura de forma
satisfatória - mas não completa e desde já me confesso leitor
futuro e atento do que Shirai e Demizu ainda nos vão narrar.
Quantas
vezes a leitura - ou a
continuação
dela… - depende (especialmente?) de um pormenor - pormaior,
dizia alguém… - seja ele uma capa, uma ideia, o desenho, uma
história… Ficam
três
- de muitos - exemplos, já a seguir.
Nem
sempre acontece - e todos seremos capazes de citar séries - de manga
ou não - que se arrastam indefinida e, por vezes, penosamente, sem
que os leitores encontrem a(alguma)s respostas mas, neste sexto tomo
de The
Promised Neverland,
são bastantes
aquelas que vamos encontrar.
Criar
uma situação original e estimulante, não é fácil, mas são
inúmeros os casos em que tal acontece. Mas, manter esse interesse e
essa capacidade de prender o leitor volume após volume, é muito
mais exigente e já são bem menos os casos que o concretizam
plenamente. Ao fim de 5 tomos, The Promised Neverland continua a consegui-lo plenamente e é uma das leituras mais desafiantes que neste m omento é possível acompanhar em português.