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24/06/2020
Lançamento: Kick-Ass - A miúda nova
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17/06/2020
Kick-Ass: A miúda nova
Não sei que importância dão os leitores deste blog aos sub-títulos de cada um destes meus textos de análise, mas a verdade é que tento que eles sejam apelativos e, com uma ou outra excepção, surgem-me espontaneamente.
Desta
vez, se optei por 'Títulos', a reboque desta introdução - alheia
ao livro! - tinha diversas outras hipótese e é com base nelas que
desenvolvo o texto sobre este novo Kick-Ass,
já a seguir.
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15/04/2019
Kick-Ass
Finalmente em português, Kick-Ass, de Mark Millar e John Romita Jr.,
assume o duplo papel de homenagem ao fascínio que os comics de
super-heróis exercem sobre os mais novos, ao mesmo tempo que
subverte de forma hiper-violenta mas divertida esse mesmo género.
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19/10/2015
Homem-Aranha: Regresso às origens
No dia em que chega aos locais de venda o segundo número da Colecção Oficial de Graphic Novels Marvel,
deixo um olhar mais atento sobre o livro que a inaugurou.
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05/09/2014
Homem de Ferro: Demónios
Se este era um dos livros mais esperados por mim na colecção Universo Marvel, da Levoir, distribuída
semanalmente com o jornal Público, por
tudo o que sobre ele li anteriormente e em especial pela introdução do tema do
alcoolismo naquele universo super-heróico, a verdade é que fiquei algo desiludido.
Descubra as (minhas) razões já a seguir)
21/11/2013
Hit-Girl
Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White e Michael Kelleher (cor)
Panini Comics
Espanha, Julho de 2013
185 x 280 mm, 136 p., cor,
cartonado
15,00 €
Depois do sucesso dos dois tomos de Kick-Ass, Millar decidiu preencher o vazio entre eles e assim
nasceu este Hit-Girl que, apesar do protagonismo da doce (?!) Mindy, dedica
também bom número de páginas à busca de si mesmo e dos instrumentos para a sua
vingança encetada pelo jovem Chris Genovese, passando para plano inferior – e depois
afastando mesmo - o protagonista inicial.
Com a trama claramente ambientada num universo que se
pretende realista, com a sombra dos (verdadeiros) super-heróis sempre a pairar,
como modelo e exemplo – e a busca iniciática de Genovese, à imagem da de Bruce Wayne,
é um achado de ironia e sarcasmo – o choque das explosões de hiper-violência
continua a abalar os leitores, até pelo facto de serem em menor número nesta
compilação dos cinco comic-books da edição original.
Millar continua a divertir-se à grande – e, assim, a
divertir-nos a nós – jogando neste tomo com o impossível das situações super-heróicas
face ao realismo da crueldade adolescente das colegas de escola de Mindy (que
tenta a todo o custo fazer-se aceitar e viver uma vida normal…), numa narrativa
que, desta forma, continua ambiguamente a balançar entre a abordagem séria e a
desconstrução dos princípios que regem os universos – Marvel e DC Comics – de super-seres.
Quanto a Romita Jr., se despoja ainda mais o seu traço de
pormenores – por vezes excessivamente…? – enquanto acentua o lado caricatural
do tratamento que dá a (algumas d)as personagens, continua a dar lições de enquadramento e de dinamismo, adequando-os aos diferentes momentos que o ritmo narrativo vai impondo em função da acção.
A edição, mais uma vez impecável, fecha com algumas das capas
alternativas originais, onde se encontram as assinaturas de Geof Darrow, Phil
Noto ou Bill Sienkiewicz.
17/10/2013
Kick-Ass
Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White (cor)
Panini Comics
Espanha, 2010
185 x 280 mm, 224 p., cor,
cartonado
19,95 €
Kick-Ass é uma ode
à violência, ao mesmo tempo que desconstrói, a dois tempos, os cânones dos
relatos de super-heróis.
No início, numa abordagem realista, quando apresenta Dave
Lizewski, um adolescente nerd fã de super-heróis que decide imitá-los,
acreditando que bastava vestir um fato de licra – faltaram-lhe as cuecas por
fora… - para adquirir poderes e sair pelas ruas a enfrentar marginais.
O resultado, mostrado de forma crua por Millar e Romita, é
demolidor (desculpem o trocadilho) para ele, que acaba – durante semanas… -
numa cama de hospital, com muitos ossos partidos, sujeito a várias operações e
a longas sessões de fisioterapia.
Esta abordagem – tivesse Kick-Ass
terminado aqui – faria desta uma obra sobre o fim dos sonhos infanto-juvenis e
o duro despertar para a (dolorosa) realidade da vida.
No entanto, Millar não parou e, num segundo fôlego, leva a
sua abordagem de desconstrução dos super-heróis, para o extremo oposto,
introduzindo Hit-Girl, pouco mais do que uma menina, exímia na utilização de
espadas de samurai, e transforma Kick-Ass
numa explosão de sangue a jorros – e não apenas ‘salpicos’ como lhes chama
Celes J. López no conseguido prefácio – mostrando o que realmente aconteceria
se a violência dos relatos de super-heróis fosse transposta para o mundo real.
E se, pessoalmente, penso que a obra ganharia se tivesse
ficado pela primeira parte - mas nesse caso não teriam surgido as inevitáveis
(e rentáveis) sequelas… - sem concessões reconheço que Kick-Ass, para lá de um regalo para os olhos – sim, eu sou fã do
traço de Romita Jr. – é também uma narrativa que vai além da leitura imediata,
provocadora e (muito) divertida, e desafia o leitor a (re)ler os comics de
super-heróis com outros olhos.
08/05/2012
Hulk - O regresso do monstro
Tomos #1 e #2
Bruce Jones (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer (arte-final)
Devir (Portugal, 2004)
170 x 250 mm, 120 p., cor, brochado
Na banda desenhada (na literatura, no
cinema...) há universos com características e especificidades muito próprias
que podem tornar essas obras quase herméticas aos "não iniciados" ou,
pelo menos, fazer com que a leitura só possa ser integralmente fruída por quem
as conhece - e as aceita...
É o caso dos super-heróis
norte-americanos e "Hulk - O regresso do monstro" (numa excelente
edição da Devir) mostra-o, porque apesar de toda a bem estruturada narrativa de
Bruce Jones ser perfeitamente compreensível, até por estar relativamente
afastada do contexto tradicional do Hulk, a verdade é que há aspectos (a dualidade do ser Bruce Banner/Hulk, a existência de personagens (aparentemente) imortais, etc.) que podem causar estranheza.
afastada do contexto tradicional do Hulk, a verdade é que há aspectos (a dualidade do ser Bruce Banner/Hulk, a existência de personagens (aparentemente) imortais, etc.) que podem causar estranheza.
Mas, uma vez aceites estas regras, a
leitura faz-se de forma cativante e imparável, para o que muito contribui o
desenho de John Romita Jr., sem dúvida um dos grandes desenhadores de comics de
sempre.
O seu traço, cada vez mais límpido e
expressivo, é aqui tratado com uma paleta cromática reduzida, de tons verdes,
azuis e sépias, que transporta o leitor (quase inconscientemente) para o tom
dominante do monstro verde que, mesmo ausente, protagoniza a história. Esta,
conta de forma detalhada e ritmada, entre o policial e o mistério, com um
invulgar (para o meio...) toque de erotismo, a perseguição, por parte de uma
misteriosa e todo-poderosa - cá estão mais especificidades - organização ao
cientista que o aumento de adrenalina faz transformar em Hulk.
Uma história de fuga para a frente,
em que está subjacente a ideia que o nosso pior monstro, somos nós. Mas sem
esquecer que é ele que, por vezes, e com a motivação adequada, nos liberta das
situações complicadas...
(Texto originalmente publicado no Jornal
de Notícias de 17 de Abril de 2004, com o título “Um monstro como nós”)
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