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24/06/2020
Lançamento: Kick-Ass - A miúda nova
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17/06/2020
Kick-Ass: A miúda nova
Não sei que importância dão os leitores deste blog aos sub-títulos de cada um destes meus textos de análise, mas a verdade é que tento que eles sejam apelativos e, com uma ou outra excepção, surgem-me espontaneamente.
Desta
vez, se optei por 'Títulos', a reboque desta introdução - alheia
ao livro! - tinha diversas outras hipótese e é com base nelas que
desenvolvo o texto sobre este novo Kick-Ass,
já a seguir.
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17/05/2020
Lançamentos: O Círculo de Júpiter + Nemesis + Jessica Jones + Wolverine Arma X
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19/11/2019
Lançamento: Huck
23/10/2019
Huck
Das histórias de Mark Millar sabemos sempre o que esperar: uma boa ideia de base, conceitos originais, uma narrativa consistente e um par de horas de leitura cativante.
Huck,
uma nova abordagem tangencial ao universo de super-heróis - a um
universo com um super-herói… - e o mais recente lançamento da G.
Floy na linha editorial Millarworld,
confirma esta ideia feita.
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Rafael Albuquerque
29/07/2019
Renascidos
Acho
que não erro ao afirmar que Mark Millar, antes de tudo, é um autor
de conceitos, de boas ideias que, muitas vezes, transformam ou
subvertem géneros estabelecidos, mesmo que nem sempre a sua
explanação seja tão conseguida quanto o ponto de partida prometia.
Renascidos
- Reborn
no original norte-americano - é mais um (bom) exemplo do atrás
escrito, conseguindo - desta vez - um equilíbrio bastante
interessante entre o conceito base e a forma como o
desenvolve depois.
24/05/2019
Lançamento: Renascidos
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Rucka
15/04/2019
Kick-Ass
Finalmente em português, Kick-Ass, de Mark Millar e John Romita Jr.,
assume o duplo papel de homenagem ao fascínio que os comics de
super-heróis exercem sobre os mais novos, ao mesmo tempo que
subverte de forma hiper-violenta mas divertida esse mesmo género.
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23/01/2019
Starlight: O Regresso de Duke McQueen
Confesso
a minha surpresa quando vi este livro entre as melhores edições de 2018 para o seu editor, José de Freitas.
Resgatei-o, por isso, do meio da pilha de leituras por fazer onde
estava mais ou menos anodinamente, para tentar compreender o porquê
dessa indicação. Revelou-se uma boa 'coboiada'...
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12/12/2018
O Legado de Júpiter - Livro dois: revolta
Do primeiro para o segundo volume, tudo
mudou. Literalmente.
Se abordei o Livro
um: Luta de Poderes,
sem expectativas, o
segundo era das obras que mais aguardava. Se as grandes expectativas
que deixei avolumar não se cumpriram integralmente - como se
cumpririam…? - a verdade é que este é um dos grandes lançamentos
do ano e uma das obras que vale a pena ler e Millar foi capaz de (me)
dar a volta.
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11/08/2018
Leitura nova: Km/h
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07/08/2018
Km/h
(Mais
do que) uma boa ideia
Uma boa ideia chega para escrever um bom livro?
Não, mas ajuda. (Será necessário sempre também o talento e a
inspiração.)
Mas uma boa ideia, com
um toque de génio - chamo-lhe assim à falta de melhor - pode
proporcionar uma boa leitura. Mesmo que leve e sem pretensões para
mais do que um bom divertimento.
06/03/2018
O Legado de Júpiter: Luta de poderes
Sem expectativas
Uma das coisas que mais aprecio - enquanto leitor - é ser
surpreendido por obras sobre as quais não tinha expectativas.
Isso aconteceu - mais uma vez, embora seja cada vez mais
raro, num tempo em que a informação circula velozmente e nos chega mesmo sem
queremos - com este primeiro volume de O
Legado de Júpiter.
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11/02/2018
Leituras Novas: O Legado de Júpiter #1
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13/10/2017
Serviço Secreto: Kingsman
Adaptações (II)
A adaptação de uma obra a outro suporte narrativo, para ser
conseguida, implica -incontornavelmente - dois aspectos: fidelidade ao espírito
do original e a sua adequação ao novo meio.
O Diário de Anne Frank
(ontem) e Serviço Secreto: Kingsman (hoje)
são dois exemplos recentes, embora díspares.
29/04/2016
Guerra Civil
A estreia – ontem – do filme Capitão América: Gerra Civil é o pretexto – desnecessário mas
justificável até pela oportunidade de comparar os inevitáveis desvios e
diferenças, o que ficará eventualmente para nova oportunidade – para voltar à Guerra Civil original, aos quadradinhos
e complementar a
leitura já feita aqui.
14/01/2014
Super-Heróis DC Comics – série II: Herança Vermelha
Por vezes, as ideias simples são as melhores.
Herança Vermelha,
sétimo tomo da colecção Super-Heróis DC Comics – Série II, que a Levoir está a
publicar em parceria com o semanário SOL, é um bom exemplo disso.
Para o desenvolver, Mark Millar partiu de um pressuposto
aliciante: o que teria mudado no Super-Homem, se a nave em que veio de Krypton
tivesse aterrado na União Soviética e não nos Estados Unidos?
Ou, de outra forma: já nascemos como vamos ser ou é o
ambiente em que crescemos que nos molda, limita e/ou nos estimula?
A resposta do argumentista escocês já a seguir.
21/11/2013
Hit-Girl
Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White e Michael Kelleher (cor)
Panini Comics
Espanha, Julho de 2013
185 x 280 mm, 136 p., cor,
cartonado
15,00 €
Depois do sucesso dos dois tomos de Kick-Ass, Millar decidiu preencher o vazio entre eles e assim
nasceu este Hit-Girl que, apesar do protagonismo da doce (?!) Mindy, dedica
também bom número de páginas à busca de si mesmo e dos instrumentos para a sua
vingança encetada pelo jovem Chris Genovese, passando para plano inferior – e depois
afastando mesmo - o protagonista inicial.
Com a trama claramente ambientada num universo que se
pretende realista, com a sombra dos (verdadeiros) super-heróis sempre a pairar,
como modelo e exemplo – e a busca iniciática de Genovese, à imagem da de Bruce Wayne,
é um achado de ironia e sarcasmo – o choque das explosões de hiper-violência
continua a abalar os leitores, até pelo facto de serem em menor número nesta
compilação dos cinco comic-books da edição original.
Millar continua a divertir-se à grande – e, assim, a
divertir-nos a nós – jogando neste tomo com o impossível das situações super-heróicas
face ao realismo da crueldade adolescente das colegas de escola de Mindy (que
tenta a todo o custo fazer-se aceitar e viver uma vida normal…), numa narrativa
que, desta forma, continua ambiguamente a balançar entre a abordagem séria e a
desconstrução dos princípios que regem os universos – Marvel e DC Comics – de super-seres.
Quanto a Romita Jr., se despoja ainda mais o seu traço de
pormenores – por vezes excessivamente…? – enquanto acentua o lado caricatural
do tratamento que dá a (algumas d)as personagens, continua a dar lições de enquadramento e de dinamismo, adequando-os aos diferentes momentos que o ritmo narrativo vai impondo em função da acção.
A edição, mais uma vez impecável, fecha com algumas das capas
alternativas originais, onde se encontram as assinaturas de Geof Darrow, Phil
Noto ou Bill Sienkiewicz.
17/10/2013
Kick-Ass
Mark Millar (argumento)
John Romita Jr. (desenho)
Tom Palmer Sr. (arte-final)
Dan White (cor)
Panini Comics
Espanha, 2010
185 x 280 mm, 224 p., cor,
cartonado
19,95 €
Kick-Ass é uma ode
à violência, ao mesmo tempo que desconstrói, a dois tempos, os cânones dos
relatos de super-heróis.
No início, numa abordagem realista, quando apresenta Dave
Lizewski, um adolescente nerd fã de super-heróis que decide imitá-los,
acreditando que bastava vestir um fato de licra – faltaram-lhe as cuecas por
fora… - para adquirir poderes e sair pelas ruas a enfrentar marginais.
O resultado, mostrado de forma crua por Millar e Romita, é
demolidor (desculpem o trocadilho) para ele, que acaba – durante semanas… -
numa cama de hospital, com muitos ossos partidos, sujeito a várias operações e
a longas sessões de fisioterapia.
Esta abordagem – tivesse Kick-Ass
terminado aqui – faria desta uma obra sobre o fim dos sonhos infanto-juvenis e
o duro despertar para a (dolorosa) realidade da vida.
No entanto, Millar não parou e, num segundo fôlego, leva a
sua abordagem de desconstrução dos super-heróis, para o extremo oposto,
introduzindo Hit-Girl, pouco mais do que uma menina, exímia na utilização de
espadas de samurai, e transforma Kick-Ass
numa explosão de sangue a jorros – e não apenas ‘salpicos’ como lhes chama
Celes J. López no conseguido prefácio – mostrando o que realmente aconteceria
se a violência dos relatos de super-heróis fosse transposta para o mundo real.
E se, pessoalmente, penso que a obra ganharia se tivesse
ficado pela primeira parte - mas nesse caso não teriam surgido as inevitáveis
(e rentáveis) sequelas… - sem concessões reconheço que Kick-Ass, para lá de um regalo para os olhos – sim, eu sou fã do
traço de Romita Jr. – é também uma narrativa que vai além da leitura imediata,
provocadora e (muito) divertida, e desafia o leitor a (re)ler os comics de
super-heróis com outros olhos.
20/12/2012
Heróis Marvel série II #10 - Novos Vingadores; Guerra Civil
Mark Millar (argumento)
Steve McNiven (desenho)
Dexter Vines (arte-final)
Levoir/Público (Portugal, 20 de Dezembro de 2012)
170 x 260 mm, 192 p., cor, cartonado
8,90 €
Resumo
Uma explosão causada por um grupo de super-heróis ao serviço
de um reality-show televisivo, quando tentava capturar alguns super-vilões, provoca
a morte de quase um milhar de pessoas, provocando uma reacção de rejeição dos
familiares e conterrâneos das vítimas em relação àqueles que era suposto protegê-los.
Na sequência desses acontecimentos o senado norte-americano
aprova uma lei que obriga ao registo de todos os super-heróis, o que provoca a
criação de duas facções, pró-lei (encabeçados pelo Homem de Ferro) e anti-lei
(guiados pelo Capitão América) que terminará num confronto inevitável.
Desenvolvimento
Pode-se dizer que este tomo foi uma forma de a colecção Heróis Marvel terminar em beleza.
Não tanto por esta saga em si, mas pela relevância que ela teve aquando da sua
publicação original e pelos efeitos que causou ao equilíbrio do universo Marvel
– pese embora o facto de, paradoxalmente, quase todos eles terem já sido apagados
e tudo tenha voltado (sensivelmente…) à primeira forma.
Da autoria da mesma equipa criativa que deslumbrou com o
fantástico “Wolverine: Velho Logan”,
não atinge, no entanto, o brilhantismo daquele.
Apesar dos muitos confrontos entre super-heróis que engloba,
mostrados pelo traço hiper-realista e muito expressivo de Steve McNiven, “Guerra
Civil” nunca atinge a espectacularidade visual de “Velho Logan”, mesmo desenrolando-se
a bom ritmo, com uma planificação multifacetada que recorrentemente explode em painéis
de página inteira.
O argumento de Mark Millar revela-se consistente e está
desenvolvido num crescendo, com (quase todos) os super-heróis a assumirem a
posição que deles esperávamos o que provoca uma certa familiaridade com o
leitor, com os factos relevantes e marcante a sucederem-se a um ritmo acelerado.
Por isso, logo após a explosão inicial – uma original
exploração de algo que recorrentemente acontecia de forma anónima nos comics de
super-heróis, onde os danos e as vítimas colaterais raramente eram mencionados –
assistimos a um primeiro confronto do Capitão América com a SHIELD e sua
consequente deserção e passagem à clandestinidade, à revelação pública da
identidade secreta do Homem-Aranha (que posteriormente levará à quase morte da
Tia May e à eliminação do casamento de Peter e Mary Jane, uma das duas
consequências mais relevantes desta Guerra Civil), ao primeiro combate entre o
Capitão América e o Homem de Ferro, ao aparecimento de um falso e mortífero Thor, à morte trágica de um super-herói, à quebra
da relação entre Sue e Reed Richards, à prisão de inúmeros heróis, ao dar de
carta branca a super-vilões e ao confronto final entre ambas as facções, que
terminará de forma a um tempo surpreendente, digna e trágica, pois conduzirá à
segunda grande consequência desta saga: a posterior morte do morte do Capitão América.
O suficiente, sem dúvida, para tornar obrigatória este
volume que, para lá dos super-heróis propriamente ditos, tem um inegável tom politizado,
assente no confronto entre as posições fascizantes de Tony Stark/Homem de Ferro
e o discurso idealista de Steve Rogers/Capitão América, potenciado pelas
sombras do 11 de Setembro e as perspectivas de novas ameaças que ele abriu.
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