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08/06/2019
21/11/2018
L'Obsolescence programmée de nos sentiments + Natures Mortes
Por
estes dias - leia-se antes anos - um dos argumentistas que se tornou
incontornável é o francês Zidrou. Que, enquanto o outro coelhinho
dura, dura, dura..., ele escreve,
escreve, escreve…
12/11/2018
Les Beaux Étés #4: Le repos du guerrier
Quatro
tomos depois, Zidrou e Lafebre, continuam a desfiar belas recordações
de férias - das férias da família Faldérault.
Leituras relacionadas
Dargaud,
Jordi Lafebre,
opinião,
Verões Felizes/Les Beaux Étés,
Zidrou
14/09/2017
Clifton #23: Just Married!
Os heróis também
casam
Em tempos, na vida dos heróis, só havia certeza de duas
coisas: nunca morrem e nunca casam.
Há muito que esta situação mudou e, depois da vaga
casamenteira dos anos 70/80 e das mortes sucessivas que as histórias de
super-heróis tornaram banais, agora chegou a vez do fleumático coronel Clifton
ter que dar o nó.
Leituras relacionadas
Clifton,
Le Lombard,
Turk,
Zidrou
03/03/2017
Les Beaux Étés #2
Reencontro feliz
Completamente seduzido por Caps
au Sud, primeiro tomo de Les Beaux Étés,
avancei receoso para o segundo, pois na minha mente ecoava o receio de “… um magnífico one-shot…” originar uma
pífia continuação.
Felizmente estava enganado.
Leituras relacionadas
Dargaud,
Jordi Lafebre,
opinião,
Verões Felizes/Les Beaux Étés,
Zidrou
24/02/2017
Les Beaux Etés #1
Tempo em família
Falar de férias a meio ano de distância tem tanto de
nostálgico quanto de masoquista.
Mas era imperdoável, deixar para mais tarde um álbum que (só)
descobri esta semana.
Leituras relacionadas
Dargaud,
Jordi Lafebre,
opinião,
Verões Felizes/Les Beaux Étés,
Zidrou
21/11/2016
Les Nouvelles Enquêtes de Ric Hochet #2: Meurtres dans un jardin français
E, como muitos pensavam, a transformação numa série em curso do
que não devia ser mais do que uma bem conseguida homenagem a um dos heróis mais
populares da revista Tintin, revelou-se um grave erro.
Leituras relacionadas
Le Lombard,
Liemt,
Ric Hochet,
Zidrou
20/05/2016
Un petit bout d’elles
Quando
on mélange du jaune et du noir, c’est toujours du noir qu’on obtient.
In Un petit bout d’elles
Romance, racismo e tradição dão as mãos numa história que denúncia uma prática abjecta mas ainda em vigor: a mutilação genital feminina.
02/10/2015
L’Indivision
Martin e Virginie amam-se. Vivem desde o fim da adolescência
uma relação intensa mas que está condenada a ser vivida às escondidas. Porque Martin e Virginie são irmãos.
Leituras relacionadas
Futuropolis,
Springer,
Zidrou
20/08/2015
Descansa em paz, Ric Hochet!
Um dia depois de ter chegado ao fim a colecção Os Piores Inimigos de Ric Hochet,
disponibilizada pela ASA e pelo jornal Público ao longo das últimas 12 semanas,
volto ao seu início e àquele que foi, sem dúvida, o álbum mais interessante
desta parceria.
Leituras relacionadas
ASA,
Liemt,
Público,
Ric Hochet,
Zidrou
13/05/2015
Ric Hochet, a nova colecção ASA/Público
As Leituras do Pedro estão em condições de divulgar em
primeira mão que Ric Hochet será o protagonista da próxima colecção de banda
desenhada da ASA, distribuída com o jornal Público.
Datas, títulos e algumas considerações já a seguir.
Leituras relacionadas
André-Paul Duchâteau,
ASA,
Bancas,
Público,
Ric Hochet,
Simon Van Liemt,
Tibet,
Zidrou
28/10/2014
Chlorophylle: Embrouilles a Coquefredouille
Já o escrevi várias vezes: a retoma de séries clássicas
franco-belgas por outros autores, se num primeiro momento é gratificante -
partindo do princípio que é fiel ao espírito e às ideias do(s) seu(s) criador(es)
- com o tempo torna-se perniciosa por esvaziar o original e transformar a série
na soma (sempre menor) das sucessivas abordagens.
O melhor (mau) exemplo disto é Blake e Mortimer que há muito
deixou de ser a obra pessoal clássica (por excelência) de Jacobs, para ser a
soma dos contributos dele, mas também de Van Hamme, Ted Benoît, Yves Sente,
André Juillard, etc., etc…
A justificação deste intróito vem já a seguir.
Leituras relacionadas
Chlorophylle,
Godi,
Le Lombard,
Zidrou
09/07/2014
Tourne-Disque
Uma história bela e terna de partilha da paixão pela música
entre um célebre violinista de 70 anos e um negro que há 40 anos faz rodar um
gira-discos…
Para espreitar de seguida.
29/03/2013
Le Client
Zidrou (argumento)
Man (desenho)
Dargaud
França, Março de 2013
230 x 305 mm, 56 p., cor, cartonado
14,99 €
Resumo
Augustin Miralles é um homem vulgar, de constituição frágil,
mais uma figura anónima no meio da multidão, até ao dia em que decide raptar Serena,
a filha de Selznic, um mafioso local, para a trocar por Maria Auxiliadora
Ayala, a prostituta equatoriana por quem se apaixonou, desaparecida do bordel
onde a costumava visitar.
Desenvolvimento
Thriller de tom policial, “Le Client” tem como primeiro
ponto forte este inusitado início, pois nada parece capaz de fazer do frágil
professor de arte, um adversário capaz para o violento mafioso, mesmo que movido
pela força do amor… Por isso, avançamos na leitura sempre à espera da sua
escorregadela – ou mesmo queda total – que ele teima em adiar – não indefinidamente…
- descobrindo no amor que o move a força para continuar Por isso – também por
isso – consegue estabelecer com Selznic alguns pontosa de contacto e mesmo uma
relação que poderia ser amigável, fossem outras as circunstâncias…
A narrativa de Zidrou - um autor a seguir com atenção – é tensa, bem escrita, que avança ao mesmo tempo que, em sucessivos
flashbacks documenta o leitor sobre o passado recente dos protagonistas e o
mantém em suspense sobre o desfecho. Para isso contribuem também os diálogos,
equilibrados, no tom certo, com um toque de humor triste.
Man, que já conhecia de "Mia",
cujo desenho linha clara, expressivo, me tinha convencido, surge aqui com um
traço mais duro, menos agradável à vista mas perfeitamente apropriado ao
registo policial que o relato adopta. E destaca-se, de novo, pelos enquadramentos,
muito diversificados, aqui e ali ousados, que conferem um ritmo mais vivo à
leitura.
E se não vou revelar o final de “Le Client”, para que tenham
o mesmo prazer que eu tive na sua descoberta, termino dizendo que este é um (apesar
de tudo triste) conto de fadas dos tempos modernos e uma história de amor, se
não bela, pelo menos tocante, capaz de fazer pensar no que (nos) pode (levar a)
mover montanhas…
A reter
- A bela capa do catalão Man.
- O surpreendente enredo.
25/01/2013
Le Beau Voyage
Zidrou
(argumento)
Benoit Springer (desenho)
Dargaud
(França, 11 de Janeiro de 2013)
240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado
14,99 €
Resumo
Léa é animadora de programas televisivos de
gosto duvidoso e leva uma vida vazia preenchida com festas, provocações e
relações interesseiras ou de uma só noite.
A morte – inesperada - do pai vai obrigá-la a
parar, repensar a sua vida e remexer nas recordações que fizeram dela o que é
hoje, nem todas muito agradáveis.
Desenvolvimento
Apesar de todas as diferenças – claramente
visíveis a vários níveis – pela forma como a narrativa é introduzida (a morte
do pai) e por uma série de pontos comuns que é possível encontrar entre ambas
(o pai ausente, a relação lésbica, a reinterpretação das memórias), a leitura
de “Le Beau Voyage” evocou a que tinha feito há não muito tempo de “Fun Home –Uma tragicomédia familiar”.
Quero no entanto deixar claro que este livro tem vida própria e uma génese
completamente autónoma. Enquanto que “Fun Home” é a autobiografia de
Alison Bechdel, “Le Beau Voyage” teve como ponto de partida um desenho de uma
casa a chorar, feito por uma criança que Zidrou encontrou quando era animador.
A
ambiguidade e a infelicidade do desenho inspiraram-lhe (est)a história de Léa,
jovem adulta nascida para substituir o irmão que nunca conheceu, morto aos 7
anos, afogado na piscina da casa dos pais.
Com o pai, médico, sempre ausente, a quem a mãe
trocou por um vendedor de aspiradores, Léa cresceu numa família desagregada, profundamente
marcada pela morte do filho que nunca foi ultrapassada e detentora de um
terrível segredo que asfixiou toda e qualquer capacidade de exprimir afeição, criando
uma visão deformada do mundo, muito própria, onde sentimentos como o amor, a
capacidade de entrega, ou a dádiva surgiram quase sempre (apenas) como moeda de
troca.
O relato de Zidrou, desenvolvido em pequenos
episódios auto-conclusivos e autónomos, estruturados de forma não cronológica,
mas com um evidente fio condutor entre si, como quem constrói um puzzle vai-nos
desvendando progressivamente a origem das marcas traumáticas que Léa carrega e
que a transformaram no que é hoje. Pelo que realmente aconteceu, algumas vezes;
pela forma como ela viu ou sentiu acontecer, outras.
O tom sensível e tocante da banda desenhada é
acentuado pelo traço delicado de Springer, límpido, suave e despojado de
pormenores para que se evidenciem os sentimentos que comandam e definem a
história de Léa, narrada com a música de Bobby Lapointe como banda sonora.
18/09/2012
La Peau de l’Ours
Zidrou (argumento)
Oriol (desenho)
Dargaud (França, Julho de 2012)
240 x 320 mm, 64 p., cor, cartonado
14,99 €
Resumo
Diariamente, o jovem Amadeo monta na sua bicicleta, resiste
aos descarados avanços de Silvana e sobe até à casa do velho Dom Palermo, para lhe
ler e ajudá-lo a banhar-se…
Até que um dia, o idoso lhe começa a contar a sua infância como
amestrador de ursos num circo, o encontro com um sanguinário chefe mafioso, a
descoberta do amor da sua vida…
Uma história terna mas violenta, em que paixão e vingança se
confundem.
Desenvolvimento
Se o tema da vingança em meio mafioso já foi por demais
explorado – na BD, na literatura, no cinema… - Zidrou e Oriol conseguiram
dar-lhe mais uma (nova) roupagem. Para isso, combinaram a violência
(geralmente) inerente ao tema com um pouco de sexo, amor, paixão e cobardia.
Nada de novo, mais uma vez; difere apenas a sensibilidade
(!), a ternura (!) e a crueza que lhes serviram de argamassa, dando assim
origem a um relato não isento de um toque de inesperado – no rumo que a partir
de certo momento toma ou no final apresentado… - bem construído, com a
repetição da cena inicial – a ida de Amadeo a casa de Dom Palermo – a servir
para aguçar a curiosidade e prender o leitor.
Depois, o relato assume o seu ritmo de cruzeiro – sempre pausado
– com o passado e o presente a interligarem-se, com tempo para o leitor o
degustar, guiado pelo traço ágil, anguloso e expressivo e a bela utilização da
cor, quase sempre tons quentes que acentuam a paixão e os ódios presentes ao
longo das pranchas.
Um relato em que a tal “pele de urso” desempenha revela um importante significado e no qual a violência indiscriminada, o sangue que jorra, a linguagem rude, os diálogos crus, a
banalização da morte e as diversas faces da cobardia contribuem para um retrato sombrio da alma
humana, ao mesmo tempo que fazem sobressair a história - as histórias - de amor
que são, afinal, o centro deste livro.
A reter
- O tratamento original dado a um tema batido, com a
violência e o lado sórdido a servirem para realçar a ternura e o amor que
dominam a história.
- O traço de Oriol, que de início pode causar alguma
estranheza mas cujo lado semi-caricatural acentua o tom algo trágico da
narrativa.
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