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21/11/2018

L'Obsolescence programmée de nos sentiments + Natures Mortes

 
 E escreve, escreve, escreve...
Por estes dias - leia-se antes anos - um dos argumentistas que se tornou incontornável é o francês Zidrou. Que, enquanto o outro coelhinho dura, dura, dura..., ele escreve, escreve, escreve…

12/11/2018

Les Beaux Étés #4: Le repos du guerrier

Belas recordações de férias






Quatro tomos depois, Zidrou e Lafebre, continuam a desfiar belas recordações de férias - das férias da família Faldérault.

14/09/2017

Clifton #23: Just Married!

Os heróis também casam




Em tempos, na vida dos heróis, só havia certeza de duas coisas: nunca morrem e nunca casam.
Há muito que esta situação mudou e, depois da vaga casamenteira dos anos 70/80 e das mortes sucessivas que as histórias de super-heróis tornaram banais, agora chegou a vez do fleumático coronel Clifton ter que dar o nó.

03/03/2017

Les Beaux Étés #2

Reencontro feliz





Completamente seduzido por Caps au Sud, primeiro tomo de Les Beaux Étés, avancei receoso para o segundo, pois na minha mente ecoava o receio de “… um magnífico one-shot…” originar uma pífia continuação.
Felizmente estava enganado.

24/02/2017

Les Beaux Etés #1

Tempo em família






Falar de férias a meio ano de distância tem tanto de nostálgico quanto de masoquista.
Mas era imperdoável, deixar para mais tarde um álbum que (só) descobri esta semana.

21/11/2016

Les Nouvelles Enquêtes de Ric Hochet #2: Meurtres dans un jardin français








E, como muitos pensavam, a transformação numa série em curso do que não devia ser mais do que uma bem conseguida homenagem a um dos heróis mais populares da revista Tintin, revelou-se um grave erro.

20/05/2016

Un petit bout d’elles




Quando on mélange du jaune et du noir, c’est toujours du noir qu’on obtient.
In Un petit bout d’elles

Romance, racismo e tradição dão as mãos numa história que denúncia uma prática abjecta mas ainda em vigor: a mutilação genital feminina.

02/10/2015

L’Indivision













Martin e Virginie amam-se. Vivem desde o fim da adolescência uma relação intensa mas que está condenada a ser vivida às escondidas. Porque Martin e Virginie são irmãos.

20/08/2015

Descansa em paz, Ric Hochet!














Um dia depois de ter chegado ao fim a colecção Os Piores Inimigos de Ric Hochet, disponibilizada pela ASA e pelo jornal Público ao longo das últimas 12 semanas, volto ao seu início e àquele que foi, sem dúvida, o álbum mais interessante desta parceria.

13/05/2015

Ric Hochet, a nova colecção ASA/Público








As Leituras do Pedro estão em condições de divulgar em primeira mão que Ric Hochet será o protagonista da próxima colecção de banda desenhada da ASA, distribuída com o jornal Público.
Datas, títulos e algumas considerações já a seguir.

28/10/2014

Chlorophylle: Embrouilles a Coquefredouille




Já o escrevi várias vezes: a retoma de séries clássicas franco-belgas por outros autores, se num primeiro momento é gratificante - partindo do princípio que é fiel ao espírito e às ideias do(s) seu(s) criador(es) - com o tempo torna-se perniciosa por esvaziar o original e transformar a série na soma (sempre menor) das sucessivas abordagens.
O melhor (mau) exemplo disto é Blake e Mortimer que há muito deixou de ser a obra pessoal clássica (por excelência) de Jacobs, para ser a soma dos contributos dele, mas também de Van Hamme, Ted Benoît, Yves Sente, André Juillard, etc., etc…
A justificação deste intróito vem já a seguir.

09/07/2014

Tourne-Disque













Uma história bela e terna de partilha da paixão pela música entre um célebre violinista de 70 anos e um negro que há 40 anos faz rodar um gira-discos…
Para espreitar de seguida.

29/03/2013

Le Client












Zidrou (argumento)
Man (desenho)
Dargaud
França, Março de 2013
230 x 305 mm, 56 p., cor, cartonado
14,99 €




Resumo
Augustin Miralles é um homem vulgar, de constituição frágil, mais uma figura anónima no meio da multidão, até ao dia em que decide raptar Serena, a filha de Selznic, um mafioso local, para a trocar por Maria Auxiliadora Ayala, a prostituta equatoriana por quem se apaixonou, desaparecida do bordel onde a costumava visitar.

Desenvolvimento
Thriller de tom policial, “Le Client” tem como primeiro ponto forte este inusitado início, pois nada parece capaz de fazer do frágil professor de arte, um adversário capaz para o violento mafioso, mesmo que movido pela força do amor… Por isso, avançamos na leitura sempre à espera da sua escorregadela – ou mesmo queda total – que ele teima em adiar – não indefinidamente… - descobrindo no amor que o move a força para continuar Por isso – também por isso – consegue estabelecer com Selznic alguns pontosa de contacto e mesmo uma relação que poderia ser amigável, fossem outras as circunstâncias…
A narrativa de Zidrou - um autor a seguir com atenção – é tensa, bem escrita, que avança ao mesmo tempo que, em sucessivos flashbacks documenta o leitor sobre o passado recente dos protagonistas e o mantém em suspense sobre o desfecho. Para isso contribuem também os diálogos, equilibrados, no tom certo, com um toque de humor triste.
Man, que já conhecia de "Mia", cujo desenho linha clara, expressivo, me tinha convencido, surge aqui com um traço mais duro, menos agradável à vista mas perfeitamente apropriado ao registo policial que o relato adopta. E destaca-se, de novo, pelos enquadramentos, muito diversificados, aqui e ali ousados, que conferem um ritmo mais vivo à leitura.
E se não vou revelar o final de “Le Client”, para que tenham o mesmo prazer que eu tive na sua descoberta, termino dizendo que este é um (apesar de tudo triste) conto de fadas dos tempos modernos e uma história de amor, se não bela, pelo menos tocante, capaz de fazer pensar no que (nos) pode (levar a) mover montanhas…

A reter
- A bela capa do catalão Man.
- O surpreendente enredo.


25/01/2013

Le Beau Voyage







  


Zidrou (argumento)
Benoit Springer (desenho)
Dargaud
(França, 11 de Janeiro de 2013)
240 x 320 mm, 56 p., cor, cartonado
14,99 €



Resumo
Léa é animadora de programas televisivos de gosto duvidoso e leva uma vida vazia preenchida com festas, provocações e relações interesseiras ou de uma só noite.
A morte – inesperada - do pai vai obrigá-la a parar, repensar a sua vida e remexer nas recordações que fizeram dela o que é hoje, nem todas muito agradáveis.

Desenvolvimento
Apesar de todas as diferenças – claramente visíveis a vários níveis – pela forma como a narrativa é introduzida (a morte do pai) e por uma série de pontos comuns que é possível encontrar entre ambas (o pai ausente, a relação lésbica, a reinterpretação das memórias), a leitura de “Le Beau Voyage” evocou a que tinha feito há não muito tempo de “Fun Home –Uma tragicomédia familiar”.
Quero no entanto deixar claro que este livro tem vida própria e uma génese completamente autónoma. Enquanto que “Fun Home” é a autobiografia de Alison Bechdel, “Le Beau Voyage” teve como ponto de partida um desenho de uma casa a chorar, feito por uma criança que Zidrou encontrou quando era animador. 
A ambiguidade e a infelicidade do desenho inspiraram-lhe (est)a história de Léa, jovem adulta nascida para substituir o irmão que nunca conheceu, morto aos 7 anos, afogado na piscina da casa dos pais.
Com o pai, médico, sempre ausente, a quem a mãe trocou por um vendedor de aspiradores, Léa cresceu numa família desagregada, profundamente marcada pela morte do filho que nunca foi ultrapassada e detentora de um terrível segredo que asfixiou toda e qualquer capacidade de exprimir afeição, criando uma visão deformada do mundo, muito própria, onde sentimentos como o amor, a capacidade de entrega, ou a dádiva surgiram quase sempre (apenas) como moeda de troca.
O relato de Zidrou, desenvolvido em pequenos episódios auto-conclusivos e autónomos, estruturados de forma não cronológica, mas com um evidente fio condutor entre si, como quem constrói um puzzle vai-nos desvendando progressivamente a origem das marcas traumáticas que Léa carrega e que a transformaram no que é hoje. Pelo que realmente aconteceu, algumas vezes; pela forma como ela viu ou sentiu acontecer, outras.
O tom sensível e tocante da banda desenhada é acentuado pelo traço delicado de Springer, límpido, suave e despojado de pormenores para que se evidenciem os sentimentos que comandam e definem a história de Léa, narrada com a música de Bobby Lapointe como banda sonora.


18/09/2012

La Peau de l’Ours

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zidrou (argumento)
Oriol (desenho)
Dargaud (França, Julho de 2012)
240 x 320 mm, 64 p., cor, cartonado
14,99 €
 
 
 
Resumo
Diariamente, o jovem Amadeo monta na sua bicicleta, resiste aos descarados avanços de Silvana e sobe até à casa do velho Dom Palermo, para lhe ler e ajudá-lo a banhar-se…
Até que um dia, o idoso lhe começa a contar a sua infância como amestrador de ursos num circo, o encontro com um sanguinário chefe mafioso, a descoberta do amor da sua vida…
Uma história terna mas violenta, em que paixão e vingança se confundem. 
 
Desenvolvimento
Se o tema da vingança em meio mafioso já foi por demais explorado – na BD, na literatura, no cinema… - Zidrou e Oriol conseguiram dar-lhe mais uma (nova) roupagem. Para isso, combinaram a violência (geralmente) inerente ao tema com um pouco de sexo, amor, paixão e cobardia.
Nada de novo, mais uma vez; difere apenas a sensibilidade (!), a ternura (!) e a crueza que lhes serviram de argamassa, dando assim origem a um relato não isento de um toque de inesperado – no rumo que a partir de certo momento toma ou no final apresentado… - bem construído, com a repetição da cena inicial – a ida de Amadeo a casa de Dom Palermo – a servir para aguçar a curiosidade e prender o leitor.
Depois, o relato assume o seu ritmo de cruzeiro – sempre pausado – com o passado e o presente a interligarem-se, com tempo para o leitor o degustar, guiado pelo traço ágil, anguloso e expressivo e a bela utilização da cor, quase sempre tons quentes que acentuam a paixão e os ódios presentes ao longo das pranchas.
Um relato em que a tal “pele de urso” desempenha revela um importante significado e no qual a violência indiscriminada, o sangue que jorra, a linguagem rude, os diálogos crus, a banalização da morte e as diversas faces da cobardia contribuem para um retrato sombrio da alma humana, ao mesmo tempo que fazem sobressair a história - as histórias - de amor que são, afinal, o centro deste livro. 
 
A reter
- O tratamento original dado a um tema batido, com a violência e o lado sórdido a servirem para realçar a ternura e o amor que dominam a história.
- O traço de Oriol, que de início pode causar alguma estranheza mas cujo lado semi-caricatural acentua o tom algo trágico da narrativa.
 
 
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