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15/02/2024

Loire

Viver 
como as águas de um rio...


Tive a sorte de descobrir Étienne Davodeau, o autor, em 1992 - com a série Les amis de Saltiel - e o homem, pessoalmente meia dúzia de anos depois.
Ao longo destes trinta e poucos anos acompanhei a sua carreira, descobri cada novo livro - nem sempre tão rapidamente quanto deveria e desejaria - e comprovei, a cada novidade literária - sem necessidade deste apodo para a justificar, mas com toda a força, importância e dimensão que ele pode conferir à literatura desenhada que o autor francês nos serve - como ele tem conseguido partir de premissas extremamente originais que transforma em histórias de vida, humanas, impressionantemente reais e credíveis, daquelas que dão vontade de ter vivido.

04/05/2023

Tango #6 + Lonesome #3 + Mary Jane

Experiências de leitura

O acaso - ou o protector dos leitores de BD - fez-me chegar às mãos, com a minha óbvia participação financeira… - três edições especiais de tiragem limitada que me proporcionaram experiências de leitura diferentes do habitual.

03/12/2019

Les couloirs aériens

Enquanto quisermos viver

Quem sabe. Talvez seja para isso que servem as histórias?
Para nos ajudarem a viver.’
In Les couloirs aériens

Yvan tem 50 anos. Em pouco tempo perdeu a mãe, o pai e o emprego. E a esposa foi trabalhar para o estrangeiro. E os filhos vivem longe.
Só, sem ocupações, instalado na cabana isolada de um amigo, no meio do nada (do Jura), coberto de neve, tem apenas as histórias do passado e a antevisão de um futuro… sem futuro.

04/02/2019

L'Avancée des travaux

Para além da BD

Não tenho qualquer dúvida que Étienne Davodeau é um dos autores incontornáveis das últimas duas décadas.
Não só por ser um narrador de excelência, mais do que isso pela actualidade e pertinência das suas histórias face à sociedade em que vivemos, acima de tudo pela compreensão que tem do meio narrativo que utiliza e pela capacidade de o reinventar constantemente ao serviço daquilo que partilha com os/expõe aos leitores.

27/06/2017

Scalp

O western não morreu







Se alguns davam o western como morto e enterrado - num processo de ‘selecção natural’ em que Tex constituía uma (bela) excepção - os últimos anos parecem querer contrariar os vaticínios dos ‘abutres’.

25/03/2016

Maudit Allende








Na História, na História de qualquer país, há apenas uma verdade absoluta ou cada uma das partes, cada um dos intervenientes, os seus apoiantes ou detractores, podem contar a História de forma diferente?

04/11/2015

Cher pays de notre enfance













O tema – a subpolítica francesa desde os anos 1970 – e a dimensão do livro, levou-me a hesitar quanto a lê-lo, durante algum tempo, mas finalmente decidi-me. Teria feito mal se assim não fosse.

02/10/2015

L’Indivision













Martin e Virginie amam-se. Vivem desde o fim da adolescência uma relação intensa mas que está condenada a ser vivida às escondidas. Porque Martin e Virginie são irmãos.

23/10/2014

Depois dos magníficos Voyage aux îles de la Désolation e Un Printemps à Tchernobyl, Emmanuel Lepage espraia de novo a sua arte sublime em novo documentário desenhado, mas desta vez com um assinalável tom intimista.
Espreitem – e deslumbrem-se – já a seguir.

17/09/2014

Bons Baisers de la province












Às vezes – quase sempre? – não interessa tanto o que se conta, mas sim como se conta.
Gipi, é um dos exemplos possíveis, como tão bem revela Ils ont retrouvé la voiture, o segundo relato deste livro, como demonstro já a seguir.

19/06/2014

S.












As memórias são como as cerejas: quando se evoca uma, nunca se sabe quantas mais vêm juntas.
Gipi, prova-o – também em BD – num livro em que narra diferentes momentos da vida do seu pai.
A minha leitura de S., já a seguir.

21/05/2014

La Grande Guerre






Com a aproximação do centenário do início da Primeira Grande Guerra (a 28 de Julho próximo) é natural que se comecem a multiplicar as obras sobre o primeiro grande conflito do século XX.
Poucas serão tão originais como a que hoje proponho, como podem constatar já a seguir.

14/04/2014

Les idées fixes













Não acontece muitas vezes, mas desta vez foi o desenho que me cativou. Não pela excepcional beleza, realismo ou cor; antes pela sua (enganadora) simplicidade extrema.
Espreitem algumas pranchas já a seguir.

19/03/2014

Lâcher prise



Se são diversas – e nunca serão demais – as obras aos quadradinhos (ou não…) que abordam as perseguições aos judeus por parte dos nazis durante a II Guerra Mundial, são menos aquelas que mostram os efeitos que essas experiências traumáticas provocam na vida daqueles que a elas sobreviveram.
Lâcher prise, que surge na sequência de Seules contre tous, narra a forma – surpreendente? – como a autora reage ao pedido do filho para o ajudar a conseguir a nacionalidade húngara – que a mãe teve – para ir viver para a Alemanha.

Análise de um relato forte e profundamente sofrido já de seguida.

10/03/2014

Seules contre tous








Seules contre tous é o relato autobiográfico de Miriam Katin sobre a fuga que ela e a mãe tiveram que levar a cabo em 1944, na Hungria, por serem judias, com o medo contante de serem descobertas pelos invasores nazis.
Uma breve reflexão sobre uma obra emotiva e tocante, que aborda um período negro da história europeia recente que convém não deixar esquecer, já a seguir.

04/02/2014

Vois comme ton ombre s’allonge



Um homem em convulsão numa praia.
A desolação de um campo de trincheiras com uma árvore nua, qual vigia solitária.
Uma estação de serviço perdida no meio do nada.

O homem chama-se Silvano Landi.
Nas trincheiras, teve lugar a história do seu avô.
Na estação de serviço, a mulher abandonou-o levando a filha.

A dura realidade ou a liberdade ficcional das histórias de Silvano Landi, o escritor?

A(s) resposta(s) dadas por Gipi, já a seguir.

01/12/2013

Melhores Leituras - Novembro

Foram estes os melhores títulos de BD que li em Novembro, independentemente da sua data de publicação original.

Para saber mais sobre as obras, clicar nas respectivas capas. 







28/11/2013

Tsunami











Stéphane Piatzszek (argumento)
Jean-Denis Pendanx (desenho)
Futuropolis
França, 8 de Novembro de 2013215 x 290 mm, 112 p., cor, cartonado
20,00 €


Este foi um caso de sedução à primeira vista. Mal folheei Tsunami, fiquei prisioneiro do traço e das cores de Pendanx e, sem resistir, esqueci o monte (que alternadamente vai crescendo e mingando) de leituras (mais ou menos) urgentes que tenho para fazer.
Em boa hora o fiz, pois a sedução que o desenho exerceu, estendeu-se ao argumento, num relato poético e sensível, que apela mais às emoções e à contemplação do que à adrenalina.
História que podia ser real, narra a chegada de Romain à ilha de Sumatra, na Indonésia, nove anos após o tsunami que devastou aquela região do globo.
Tem apenas 24 anos e chega em busca da irmã, com quem a diferença de idades – ela é 16 anos mais velha – nunca permitiu grande intimidade; irmã que desapareceu sem deixar rasto nem dar notícias, após um período de voluntariado ao serviço de uma ONG, para auxiliar as vítimas daquela tragédia natural.
Sem nunca ter saído de França, de certa forma ainda a despertar para a vida de adulto, Romain vai deparar com um país – que pensa conhecer de cor pelas muitas fotografias que viu mas que se vai relevar um imenso mistério que ele terá de desvendar – ainda a braços com as consequências do tsunami, a principal das quais será as muitas vítimas que ficaram por encontrar e a quem não foi possível fazer o funeral.
Entre as dificuldades de uma língua diferente, de uma geografia diferente feita de inúmeras ilhas e ilhotas, de uma forma de estar diferente e de hábitos e tradições culturais totalmente diferentes, Romain, a par de uma relação tumultuosa com Jessie, experiências com drogas e algumas ajudas inesperadas, vai crescer, descobrir uma faceta que desconhecia na irmã e o segredo que a levou a desaparecer.
Para narrar esta busca – que se revela dupla, da irmã, desaparecida, e de si mesmo, num percurso iniciático – Piatzszek opta por um registo poético, sensível e de uma enorme ternura – mas não lamechas – dando a Romain tempo para crescer e passando ao papel desenhado, com uma naturalidade desarmante, aspectos sobrenaturais – estranhos para nós europeus – das tradições indonésias relacionadas com o culto dos mortos e a condução para o céu das almas perdidas.
O desenho – num regresso circular ao princípio deste texto – se nem sempre apresenta as devidas proporções, é de uma imensa harmonia com o tom do registo, alternando sequências gráficas narrativas com belíssimas ilustrações de página inteira que deslumbram e apelam à contemplação, ao mesmo tempo que conseguem transmitir uma sensação de paz interior e tranquilidade que apetece pelo contraste que apresenta com a correria do nosso quotidiano. 


05/11/2013

Le chien qui louche













Étienne Davodeau
Futuropolis + Louvre Éditions
França, 24 de Outubro de 2013
195 x 265 mm, 144 p., preto, branco e cinzento, cartonado
20,00 €

30/06/2013

Melhores Leituras – Junho

A actualidade continua a impor-me a repetição de leituras, por vezes atrasando mesmo as novidades que se vão acumulando. Foi o caso, este mês, de Garfield e Superman, sendo que este último deverá continuar nos meus horizontes durante a primeira quinzena de Julho.
Quanto às novidades, eis os títulos mais relevantes que li em Junho:
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