24/09/2014

Leitura Nova: Mafalda – Edição comemorativa dos 50 anos







Quem não conhece Mafalda, a menina reguila que questiona os absurdos da vida e põe a nu os horrores da humanidade?
Mafalda é uma (eterna) criança de 6 anos e é através do seu olhar que Quino nos faz chegar a sua reflexão sobre o mundo e o estranho animal que o habita: o Homem.
Descubra mais, já a seguir.


Mafalda : uma breve biografia
Estávamos a 29 de Setembro de 1964 quando,  no semanário Primera Plana, na Argentina, surgiu pela primeira vez uma desconhecida personagem de nome Mafalda, assinada pelo cartonista argentino Quino.
Desde a sua primeira publicação e até 9 de Março de 1965, apareceram neste jornal duas tiras semanais de Mafalda, as quais tiveram um extraordinário impacto junto dos leitores: ao fim de poucas semanas a esmagadora maioria torna-se verdadeiramente aficionada.


Nesta primeira fase de vida da tira só Mafalda e os seus pais se encontram presentes, até que, a 19 de Janeiro de 1965, Filipe faz a sua primeira aparição.
Em Março de 1965, Mafalda “muda-se” do Primera Plana para o El Mundo de Buenos Aires, onde começou a surgir diariamente. As personagens Manelito e Susanita foram publicadas pela primeira vez neste jornal. Em Dezembro de 1967, altura em que a mãe de Mafalda estava grávida, o jornal El Mundo encerra portas pelo que Gui, o irmão de Mafalda, nunca virá a surgir neste meio.
A publicação de Mafalda recomeçou então seis meses mais tarde, em Junho de 1968, no Siete Días Illustrados, onde permaneceu até Junho de 1973, ano em que  Quino decidiu pôr fim à publicação das tiras da sua mais célebre personagem.
A partir dessa data, Quino desenhou Mafalda muito poucas vezes e fê-lo sobretudo para promover campanhas sobre os Direitos Humanos (como aconteceu em 1976, quando ilustrou a Declaração Universal dos Direitos da Criança).
Os anos 70 marcam a internacionalização da personagem, com publicações por toda a Europa e no resto do Mundo. Portugal não fugiu à regra e, em Maio de 1970 a então Publicações Don Quixote edita, ainda em pequeno formato, o primeiro álbum de Mafalda. Actualmente, os livros de Mafalda são editados em 50 países, num total de 20 línguas.


Uma nova edição
Assinalando os 50 anos de Mafalda, a Verbo reedita em Portugal todas as suas tiras, numa nova edição cartonada que, para além de beneficiar de uma capa inédita, conta ainda com artigos de opinião e diversa informação que, guiando o leitor, o ajudam a contextualizar a personagem e os gags nos acontecimentos históricos que a Argentina e o Mundo vivenciaram entre 1964 e 1973.


Disseram dela 
Una verdadera revolución en el humorismo argentino.
Confirmado, Buenos Aires, 1966

Die sympathischste Pessimistin der Welt.
Pardon, Frankfurt-am-Main, 1971

Sacrée gamine subversive.
Le Monde, Paris, 1972

Una nina peligrosa, peligrosa, peligrosa.
El Heraldo, Aragón, 1973

La ragazzina più simpática dei fumetti.
Corriere d’Informazione, Milano, 1974

A precocious and argumentative little girl greeted with universal acclaim.
The World Encyclopedia of Comics, New York, 1977

(Texto e imagens gentilmente disponibilizados pela editora Verbo)

3 comentários:

  1. Olá Pedro,

    tenho «O Mundo de Mafalda» (isbn 9789722510011) e, caso esteja em condições disso, gostaria que me desse a sua opinião sobre a diferença entre ambas as edições e, já agora, se fará sentido adquirir esta nova edição tendo já a anterior.

    Obrigada.

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    Respostas
    1. Olá Rita,
      Não conheço essa edição - tenho o Toda a Mafalda, de 1986 - por isso não posso aconselhar.
      A actual edição tem 600 páginas, ou seja mais 40 do que O Mundo de Mafalda.
      São quase 400 com as tiras de Quino publicadas na El Mundo. Antes disso são incluídas todas as tiras anteriores e posteriores a essa fase e poderá ser esta a principal diferença. Há também depoimentos, biografia do Quino, as melhores tiras segundo ele, recortes da imprensa portuguesa, dedicatórias, homenagens...
      Para quem não tem nenhuma, esta é uma óptima edição porque tem tudo. Em relação ao livro citado, se ele inclui as tiras iniciais e finais da Mafalda e os cabeçalhos que o autor fez na fase final (que foram todas compiladas numa edição quadrada da Teorema chamada Mafalda inédito), penso que não valerá a pena, porque as diferenças serão ao nível dos extras e dos textos de opinião...
      Espero ter sido útil!

      Boas leituras!

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    2. Obrigada Pedro!

      Também eu tinha reparado que o acréscimo quantitativo desta seria mais 40 páginas. O que me deixa pouco expectante quanto à quantidade de inéditos que nelas encontre, pois boa parte será com outros conteúdos que não tiras.
      Vou ponderar a aquisição. E aguardar por algum momento promocional, já que tenho uma boa parte do que constitui esta nova edição.

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