Aparecido
de surpresa nas bancas - fez lembrar
o que aconteceu aquando da
triste experiência da Panini espanhola com as revistas Marvel -
trata-se de uma edição da Planeta DeAgostini do Brasil, sendo por
isso legítimo supor que se tratam de sobras da distribuição
local pelo
que - supõem As Leituras do Pedro - não está disponível a opção
de assinatura, comum neste tipo de colecções, embora seja possível
fazer a reserva num ponto de venda.
Por
esse motivo, também, a língua utilizada na edição é a
brasileira.
No
total serão 82 volumes - um por cada ano que a edição abarca - que
abrem com um texto introdutório. É uma edição em capa dura, com
bom papel e boa impressão, que reproduz as pranchas restauradas tal
como foram publicadas nos jornais, com um agradável colorido suave.
No siteda editora, já estão listados os primeiros 3 volumes, enquanto que no site brasileiro a lista já contém 12 títulos.
O
preço de lançamento é de 1,99 €. O volume 2 custará 5,99 € e
os restantes 10,99 €, estando prevista uma distribuição
quinzenal.
Príncipe Valente: 1937
Harold R. Foster
Introdução de Álvaro Pons
Planeta DeAgostini Brasil
Distribuição em Portugal: Março de 2019
230 x 315 mm, 64
p., cor, capa dura
1,99 €
(imagens
retiradas
da páginaoficial da colecção;
clicar nelas para as aproveitar em toda a sua extensão)
Vale a pena esta colecção? (Não sou conhecedor da obra em questão)
ResponderEliminarPríncipe Valente é uma das obras-primas da BD, por isso, sim, vale a pena.
EliminarOs primeiros volumes, naturalmente, não mostram ainda o que a série depois será.
Para mim, o principal problema desta edição é a simplificação do texto (em relação ao original) que foi desprovido da sua 'qualidade literária'. É verdade que torna a leitura mais fluída, mas faz com que a obra perca.
Boas leituras!
Se é como diz, Pedro, vou deixar passar esta edição. Gostaria de uma edição nacional, ao estilo da Fantagraphics, com português cuidado e um boa revisão.
EliminarObrigado Pedro, pela informação,... realmente, se não fosse por ti, não sabia que tinha saído esta ´pérola´. Já fui buscar o 1º vol. e achei bastante interessante a colecção. Só espero é que continue.
ResponderEliminarSame here. Obrigado pela informação Pedro. Só uma dúvida, esta coleção não usa o trabalho de restauro do Manuel Caldas, certo?
ResponderEliminarDe nada. É o serviço público de As Leituras do Pedro!
EliminarEsta edição não aproveita o trabalho do Caldas, replica a edição norte-americana da Fantagraphics.
Boas leituras!
Não, não tem nada a ver com a edição da Fantagraphics. Usa o material originalmente restaurado e publicado pela alemã Bocola. Isto no que respeita ao período do Foster. As pranchas dos que sucederam a este têm outra origem, mas desconheço qual, pois já é coisa que não me interessa.
EliminarBonjour,
ResponderEliminarMerci pour l'information...
Gros bisous 🌸
Esta se comprar algum será só 1 ou 2 volumes.
ResponderEliminarJá vem ai a próxima:
http://biblobd.blogspot.com/2019/03/o-regresso-do-homem-aranha-numa.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+AMinhaBibliotecaDeBandaDesenhada+%28A+MINHA+BIBLIOTECA+DE+BANDA+DESENHADA%29
e no UK
https://www.xmenessentialcollection.com/
O primeiro já vai fazer parte da minha colecção (e do meu conhecimento, já que nunca li) e à partida o segundo volume também :)
ResponderEliminarAo contrário do Pedro, eu acho que o 2º volume mostra já, sim e perfeitamente, o que a série será depois. Aliás, é de 1938 a inultrapasável prancha da batalha sobre a ponte.
EliminarPor mera curiosidade, alguém que tenha as duas edições, que faça uma comparação com a versão restaurada pelo Manuel Caldas.
ResponderEliminarA primeira que noto, (não comprei nem pretendo comprar esta) é que a versão portuguesa é a PB e esta é a cores.
E aparentemente, o Pedro notou a simplificação do texto.
De forma simplista:
EliminarA versão do Manuel Caldas, a preto e branco, mostra o traço de Foster em todo o seu esplendor. Restaurou o desenho original e imprimiu-o como nunca visto. Perde nos casos em que parte do desenho era 'composto' pela cor. O caso mais evidente é a segunda vinheta mostrada na página 61 da actual edição da Planeta DeAgostini, que na edição a pb perede toda a sua parte superior...Não há muitos exemplos deste calibre, mas...
Na actual edição, como em todas as coloridas, como aquando da publicação em jornal, a cor, por vezes, esconde o traço, simplifica o desenho, retira-lhe pormenor...
Já agora, seleccionando o separador 'Príncipe Valente' abaixo do título do blog, tem-se acesso, nas diferentes entradas, a muitas páginas a pb restauradas por Manuel Caldas. Mesmo que não sejam do primeiro volume, é possível fazer alguma comparação...
Boas leituras!
Salvat Brasil, a coisa tá a dar para o torto....
ResponderEliminarhttp://www.universohq.com/noticias/salvat-anuncia-o-cancelamento-de-suas-colecoes-de-quadrinhos/?fbclid=IwAR18cf_pRJqz1pGs-Ro2I9cIXPfct3Wa9gIc6tyHHRIZ-A86tpZyFHW_B6c
Pedro, antes de tudo, parabéns pelo blog.
ResponderEliminarContudo, permita-me discordar quanto à tradução.
O que Foster fez nas tiras do Valente foi justamente suavizar a linguagem literária para popularizar o tema medieval nas páginas de jornal.
O que aconteceu nas traduções anteriores é que elas imprimiram o peso da literatura que não havia no original inglês. Foster usa linguagem coloquial, usa pronomes como "you" e não "thou", usa "phrasal verbs" e não verbos de origem latina, apenas para citar dois pontos.
Claro, estamos falando de anos 1930-1940, o começo da popularização das BDs de heróis. Os tradutores da época certamente eram habituados à tradução de livros de prosa, e usaram vocabulário semelhante para o Príncipe Valente, o que é natural.
O que interpretaste como simplificação, foi uma reaproximação da intenção original de Foster. Uma saga emocionante, mas de amplo alcance para um público que ainda estava a ser construído.
Desculpe-me se pareço querer contestar, mas procurei apenas trazer um outro ponto de vista.
Obrigado pela opinião e pela partilha.
EliminarAceito opiniões diferentes da minha, obviamente, mas, depois de ter comparado as versões da Planeta DeAgostini e de Manuel Caldas com a original, parece-me que a actual colecção optou por uma linguagem mais actual, mais moderna. É uma opção discutível, claro, mas que se aceita em nome da aproximação da obra aos leitores de hoje.
No entanto, parece-me que a versão do M. Caldas, quer a portuguesa, quer a espanhola, conferem outra grandiosidade à obra, mais próxima do que me parece existir no original.
Boas leituras!