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15/06/2017

Tarzan: Muerte en Pal-Ul-Don

Lento mas seguro


De forma lenta – em relação aos que nós, leitores vorazes, desejaríamos – mas regular e segura – assim desejamos nós, leitores fiéis – Manuel Caldas continua a compilar por ordem cronológica as tiras diárias que Russ Manning escreveu e desenhou para Tarzan.

25/11/2016

Casey Ruggles, volumen 2



Algumas das grandes séries de western em BD podem ser definidas por características específicas: a aventura a ritmo alucinantes em Blueberry, o tom humanista de Jerry Spring, o amor familiar e pela natureza em Buddy Longway, a justiça a todo o custo em Tex
Isto não acontece com Casey Ruggles, o que está longe de ser negativo.

13/09/2016

Leitura Nova: A Lei da Selva








Manuel Caldas tem o orgulho de apresentar a reedição de um dos maiores clássicos da banda desenhada portuguesa – originalmente publicado em 1949 n’ “O Mosquito” – num volume brochado de 64 páginas, formato 23 x 32 cm.

10/06/2015

Tarzan: Tiras Diárias #2








A importância do Tarzan de Manning, de uma forma geral, e, para mim, enquanto leitor de BD, de forma particular, já foi mais de uma vez abordada neste blog.
Apesar disso, uma nova edição – a segunda na cronologia das tiras diárias por ele escritas e desenhadas - restaurada e editada com a paixão e o cuidado que são imagem de marca de Manuel Caldas, obrigam-me – com redobrado prazer – a trazer aqui a melhor (?) versão existente das aventuras do rei da selva.
Para não me repetir, fica uma breve abordagem centrada na especificidade da narração no formato de tiras diárias de imprensa.

18/05/2015

Leitura Nova: Principe Valiente, 1957-1958


Principe Valiente
1957-1958: El Honor del Traidor
Harold R. Foster (argumento e desenho)
Manuel Caldas (restauro)
La Imprenta
Uruguai, Abril de 2015
260 x 340 mm, 112 p., pb, brochado
680 pesos uruguaios / 25,00 €

14/05/2015

Casey Ruggles: El Comienzo






Admirador confesso de Warren Tufts - por razões gráficas e temáticas evidentes... - de quem já editou integralmente Lance, Manuel Caldas começa neste volume a recuperar, com a mestria habitual, mais uma saga do velho oeste, que tem como ponto de partida a grande corrida ao ouro de meados do século XVII.

11/12/2014

Príncipe Valiente: El Aprendiz de Héroe





E por fim, sensivelmente 10 anos depois, Manuel Caldas chega a meio do seu sonho.
Com o presente volume, já restaurou – minuciosa e apaixonadamente – metade da obra-prima de Harold Rudolf Foster, Prince Vailant.
São, até agora, 1038 – das cerca de 2200 – pranchas que Foster escreveu e desenhou. Serão, estimo eu, mais de 8000 vinhetas (muitas delas magníficas), mais de 300 000 palavras (que compõem textos inspirados e sedutores).
Representam - calculando por baixo? - umas 12 000 horas de trabalho, 500 dias (completos) ou ano e meio ininterrupto debruçado em edições, publicações, provas, cópias, scanners e ecrãs de computadores…
Representa, com custos (físicos? materiais?...) a concretização - dura, obstinada, dedicada e laboriosa – do sonho que há anos persegue.
Muitas vezes maltratado, desprezado, ignorado – à custa disso, nós, portugueses, perdemos o comboio desta monumental reedição – prossegue (positivamente) obstinado.
Obrigado caro Manuel Caldas. Vai ser um prazer e um sacrifício aguardar mais 10 anos até que o teu sonho esteja integralmente cumprido.

12/11/2014

Tarzan: La Tierra perdida en el Tiempo







O reencontro com os minúsculos homens-formiga e com o valente Jasper – que preencheram muitos dos meus sonhos infanto-juvenis – por si só já valia a leitura deste álbum.
Há muito mais – claro! - como não me tenho cansado de repetir em relação a Russ Manning – o traço limpo e claro, a beleza plástica das pranchas, a sensualidade das mulheres, a recriação dos mundos fantásticos que Edgar Rice Burroughs imaginou para Tarzan, dos já citados homens-formiga aos homens-fera de Opar… (como pode ser apreciado aqui) - e a Manuel Caldas – a qualidade das edições, o primor das restaurações, as escolhas acertadas dos clássicos recuperados…
Prazer em duplicado para os olhos e o regresso à aventura pura que encheu os meus – e os vossos – tempos infanto-juvenis e que pode também encher os tempos actuais de todos nós.
Não percam a oportunidade de o (re)descobrir.
Tarzan - Planchas Dominicales #1
La Tierra perdida en el Tiempo
Russ Manning
Libri Impressi
Espanha, Setembro de 2014
230 x 315 mm, 64 p., pb, brochada
18,50 €
Encomendas directas ao editor, não têm custos de envio e beneficiam da oferta da reprodução de um desenho de Manning.

15/05/2014

Tarzan: Tiras Diárias #1




“… quando a magia e a fantasia andavam de mão dada com a aventura”.
Esta frase, com que Rafael Marin conclui a introdução deste livro, resume-o perfeitamente. Ou quase, pois falta-lhe dizer que nele, a arte de Russ Manning, em Tarzan, foi restaurada como só Manuel Caldas sabe fazer.
Para comprovar já a seguir.

27/03/2014

Príncipe Valente a.C./d.C.



O que separa estas duas imagens?
Pertencentes à mesma obra, poderiam ser consideradas Príncipe Valente a.C. e d.C.. Ou, para melhor esclarecer, antes de Caldas e depois de Caldas.
Desenvolvimento já a seguir.

23/03/2014

Reeditar os clássicos da BD, na FNAC


No próximo dia 29 de Março, às 18 horas, a FNAC promove na sua loja do Norte Shopping, em Matosinhos, uma conversa entre Pedro Cleto, crítico e divulgador de banda desenhada, e Manuel Caldas, responsável pelo restauro e a reedição cuidada de obras aos quadradinhos como o Príncipe Valente, Lance, Cisco Kid, Krazy Kat ou Tarzan, ou de clássicos da literatura ilustrados por Gustave Doré.

13/10/2013

Krazy Kat: 100 anos plenos de loucura






Krazy Kat, uma das mais estranhas e estimulantes obras da história da banda desenhada estreou-se há um século, no The New York Journal.

Publicada entre 1931 e 1944, depois de aparições intermitentes desde 1910 nas margens The Digbat Family’s (outra BD do mesmo autor) atingiria o seu auge a partir de 1935, quando passou a dispor de página dominical colorida. Foi aí que, com maior intensidade, brilhou a ‘loucura’ controlada do seu criador, Georges Herriman (1880-1944) que, apoiado pelo magnata William Randolph Hearst, dono dos jornais em que publicava e seu admirador confesso, deu largas ao seu peculiar sentido de humor e à sua imaginação surrealista, transformando o cenário desértico de Coconimno County, no Arizona, em que a acção decorria, numa paisagem em constante mutação de vinheta para vinheta, com planaltos às bolinhas, montanhas às riscas ou árvores a crescer em vasos…
Talvez por isso, Krazy Kat, no seu tempo, era lida com admiração por Pablo Picasso, E.E. Cummings, Jack Kerouak ou pelo presidente Woodrow Wilson, e hoje, 100 anos depois, continua a merecer a atenção e a admiração dos que se atrevem a penetrar neste misterioso universo, que continua surpreendentemente moderno e desafiador.
Universo, refira-se, centrado em apenas três personagens de interacção limitada mas sempre renovada, com o segredo a consistir não no desfecho de cada prancha, mas nos diversos momentos que a ele conduzem. Nesta atípica banda desenhada, Krazy, a gata (ou será gato?) julga declaração de amor os tijolos que o rato Ignatz constantemente lhe lança à cabeça por pura maldade, acabando na prisão – mesmo quando não é culpado – por iniciativa do cumpridor mas pouco inteligente guarda Pupp.
Para além da sua ínfima dimensão, o que também caracteriza esta galeria de personagens, é a linguagem com que Herriman os dotou, espécie de transcrição fonética de uma estranha mistura de inglês, francês, espanhol e alguns dialectos norte-americanos, que resulta numa linguagem (quase) nova.
Para além de Krazy Kat, Herriman, que vendeu o primeiro desenho aos 17 anos, desdobrou-se na criação de um sem número de tiras e personagens, incluindo a já citada The Digbat Family’s.

Publicada de forma breve no Diário de Lisboa, Krazy Kat teve duas edições em português. Em 1991, os Livros Horizonte editaram dois dos quatro volumes previstos da reedição integral das páginas publicadas entre 1935 e 1944. Mais recentemente, em 2009, a Libri Impressi, de Manuel Caldas, editou Krazy+Ignatz+Pupp – Uma Kolecção de Pranchasa Kores Kompletamente Restauradas, ainda disponível no editor.

(Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 13 de Outubro de 2013)

26/04/2013

Príncipe Valiente 1951-1952

Los Hijos de Odin






Harold R. Foster (argumento e desenho)
Manuel Caldas (restauração)
La Imprenta
Uruguai, Março de 2013
260 x 340 mm, 112 p., pb, brochado
680 pesos uruguaios / 25,00 €


Há alturas em que a premência de escrever sobre uma obra esbarra na inevitável - inevitável? - repetição, nomeadamente em séries de longa duração.
Príncipe Valente, de Hal Foster é um desses casos que, no entanto, não consigo deixar passar em branco, mesmo tendo já destacado a (soberba) arte de Foster neste tomo.
Por isso, neste regresso à compilação das pranchas dominicais dos anos de 1951 e 1952, para lá de realçar novamente a pura delícia visual que estas imagens magnificamente restauradas por Manuel Caldas constituem, não vou aprofundar – mais uma vez – a qualidade literária da prosa de Foster, o surpreendente sentido de humor de que dá mostras, a combinação entre a vivência familiar e a vida aventurosa ou a paixão pela natureza expressa em tantas destas páginas.
Permito-me apenas – apenas? – destacar um dos aspectos que permitiu que esta saga se estendesse ao longo de décadas com uma qualidade inegável, sem perder qualidade nem entrar repetições: o invulgar número de protagonistas que os diversos episódios compilados neste tomo apresentam – para lá do óbvio Príncipe Valente, uma princesa apaixonada, o seu filho pequeno Arn, o vicking Boltar, a futura esposa deste, Tilicum, Arf, o aspirante a cavaleiro, feito cronista por lhe ter sido amputada uma perna… - com o ganho inerente de diversidade narrativa que ajuda a compor e a dar consistência ao (belíssimo!) conjunto.


30/03/2013

A arte de... Harold R. Foster






Restaurada por Manuel Caldas nesta (magnífica) edição:












Príncipe Valiente
1951-1952
Los Hijos de Odin
La Imprenta
Uruguai, Março de 2012
Pedidos aqui

29/11/2012

El Rescate Emocional de un Clásico


‘Príncipe Valiente’, la obra cumbre de
Hal Foster










Eduardo Martínez-Pinna
Libri Impressi
(Espanha, Novembro de 2012)
240 x 320 mm, 64 p., pb e cor, brochado com badanas
18,50 €




- Mais um livro sobre Foster e o seu Príncipe Valente? – perguntarão alguns.
- Sim, porque “Prince Valiant – In The Days of King Arthur é uma obra de maturidade realizada por um autor na sua plenitude artística…” – fundamenta(-se) o autor, em jeito de introdução.
Para além disso, acrescenta, esta banda desenhada é “…uma obra imortal que consegue vencer o inefável Cronos, o deus do tempo, que torna velha qualquer manifestação artística” e representa “… a maturação de um estilo, o final de um caminho e, em definitivo, uma forma de entender os comics”.
E justifica-se ainda pela “técnica impecável” de Foster, por ser “um dos grandes clássicos”, “um dos comics mais imitados de todos os tempos” e por estar carregada “ de valores éticos universais”.

O autor, Martínez-Pinna, inicia o seu livro com uma introdução biográfica sobre o Foster “pré-Príncipe Valente” ajudando-nos a situar a sua obra nas suas origens, nos seus princípios, no seu percurso pessoal, profissional e artístico, no seu tempo e no contexto dos quadradinhos (e das outras artes) de então.
Depois, há um mergulho – saboroso e profundo – na obra-prima de Foster, analisando as temáticas, o estilo, a evolução, o peso das personagens secundárias – muitas vezes protagonistas por umas quantas páginas –, apontando inspirações, homenagens e referências a diversos níveis, indicando incongruências históricas (justificadas pelas necessidades ficcionais de um relato aventuroso e humano), destacando a qualidade do traço de Foster, os seus cavalos e o seu imenso respeito pela natureza, sublinhando a multiplicidade de soluções narrativas, o peso e o protagonismo (incomum) das personagens femininas, comentando a importância da religião e da magia na saga…
E, analogamente, como a obra de Foster foi continuada – como, quando e por quem – e, numa óptica mais formal, outros formatos de publicação, as adaptações literárias e cinematográficas, as melhores e piores reproduções que dela foram feitas.
Tudo isto - e não é tudo - justifica “mais um livro sobre Foster e o seu Príncipe Valente” e pede ao leitor a disponibilidade mental para uma leitura ponderada e reflexiva, pois se o autor não cria nada de novo ou original, nalguns casos ilumina a obra de Foster de modo diferente, fazendo-a brilhar sob uma nova luz.
Para isso contribui também, decisivamente, a presença tutelar da arte do autor nas páginas desta edição em que quase todas as imagens utilizadas - restauradas com a paixão e o talento que se reconhecem a Manuel Caldas - reproduzem vinhetas do Príncipe Valente no seu tamanho original (ou seja, sensivelmente o tamanho das páginas do livro!). O que facilmente provoca no leitor o delírio de imaginar uma (utópica) edição do Príncipe Valente no (gigantesco) tamanho das pranchas que Foster nos legou.
E a que a leitura deste livro indubitavelmente faz desejar voltar, para recordar/descobrir/desfrutar tudo aquilo que ele evocou.


03/05/2012

Ferd'nand: 75 anos sem abrir a boca












Os leitores de O Comércio do Porto, recordam certamente Ferd’nand, um herói dos quadradinhos que os acompanhou nas páginas daquele jornal durante décadas, e que hoje completa 75 anos. Poucos saberiam, no entanto, que se tratava de uma banda desenhada de origem dinamarquesa, tal como o seu autor, Henning Dahl Mikkelsen (1915-1982), que assinava apenas Mik e que se manteve como seu autor até falecer. A continuidade seria assegurada primeiro pelo seu assistente Al Plastino (que assinava Al Mik) e depois por Henrik Rher (Rher Mik), que mantiveram Ferd’nand nos jornais até 2004, fazendo dela a tira diária não norte-americana de maior longevidade. Para além disso, Ferd’nand distinguiu-se por ser completamente muda, baseando-se apenas no desenho para conseguir os seus objectivos humorísticos (embora alguns jornais, em diferentes épocas, incluíssem por baixo deles um texto “explicativo”).
O seu protagonista era um perdedor nato de classe média, (quase) sempre de calças de tweed, colete, casaco preto com grandes botões e um chapéu na cabeça, que, para além de turista ocasional, pescador frustrado, desportista inábil e náufrago frequente, assumiu todas as profissões imagináveis, sempre ao sabor das necessidades humorísticas da tira, que privilegiavam o aproveitamento de situações quotidianas universais e, por isso, facilmente identificáveis, e uma sátira social leve e inócua.
Antes de se concluir o primeiro ano, Ferd’nand conheceria aquela que três tiras mais tarde (!) já era sua esposa - para seu desespero, claramente expresso - sendo o núcleo familiar da tira aumentado de imediato com o nascimento de um bebé que rapidamente cresceu alguns anos, tornando-se uma cópia perfeita do pai em tamanho reduzido.
Baseada num traço simples, de grande legibilidade, Ferd’nand rapidamente saltou dos jornais dinamarqueses para outras paragens, até rebentar a II Guerra Mundial, durante a qual foi proibido em toda a Europa dominada pelos nazis, pois estes assumiram o seu bigode como uma caricatura de Hitler. Durante este período o seu criador realizou duas curtas metragens também protagonizadas por ele.
Terminada a guerra, Mikkelsen emigrou para os Estados Unidos, em 1946, onde casou e teve quatro filhos, e onde o sucesso de Ferd’nand obrigou à criação de uma prancha dominical colorida, a partir de 4 de Abril de 1948, a par das tiras diárias a preto e branco, publicadas simultaneamente em dezenas de jornais, de cerca de vinte países.
Para além da publicação no Comércio do Porto, em Portugal estão disponíveis desde 2008 duas compilações cronológicas, editadas pela Libri Impressi de Manuel Caldas: “Surge…Ferd’nand – Tiras de 1937” e “Ferd’nand retorna – Tiras de 1938”.

 (Versão revista do texto publicado no Jornal de Notícias de 3 de Maio de 2012)

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