E por fim, sensivelmente 10 anos depois, Manuel Caldas chega
a meio do seu sonho.
Com o presente volume, já restaurou – minuciosa e
apaixonadamente – metade da obra-prima de Harold Rudolf Foster, Prince Vailant.
São, até agora, 1038 – das cerca de 2200 – pranchas que Foster
escreveu e desenhou. Serão, estimo eu, mais de 8000 vinhetas (muitas delas
magníficas), mais de 300 000 palavras (que compõem textos inspirados e
sedutores).
Representam - calculando por baixo? - umas 12 000 horas de
trabalho, 500 dias (completos) ou ano e meio ininterrupto debruçado em edições,
publicações, provas, cópias, scanners e ecrãs de computadores…
Representa, com custos (físicos? materiais?...) a
concretização - dura, obstinada, dedicada e laboriosa – do sonho que há anos
persegue.
Muitas vezes maltratado, desprezado, ignorado – à custa
disso, nós, portugueses, perdemos o comboio desta monumental reedição –
prossegue (positivamente) obstinado.
Obrigado caro Manuel Caldas. Vai ser um prazer e um sacrifício
aguardar mais 10 anos até que o teu sonho esteja integralmente cumprido.