A todos os meus leitores, desejo um
Feliz Natal
com muitas leituras
e tudo o mais que cada um possa desejar!

A
história, mais uma vez, é muito bem narrada, com os diferentes momentos dos
dois níveis de acção a decorrerem a ritmos diferenciados mas apropriados,
maioritariamente de forma lenta, para que o leitor possa absorver as pistas que
os autores propõem – sem tomar partido ou fazer campanha - e fazer a sua
própria reflexão. E a temática em causa, actual, incómoda, sensível, tem, sem
dúvida, muito sobre que reflectir.

2. Começo por dizer que receei sobremaneira quando foi anunciado o filme.
4. Apesar de tudo, pelos nomes associados ao projecto e pelos meios disponibilizados na sua concretização, confesso que me encontrei dividido entre o receio e a curiosidade de ver o “novo” Tintin.





22. Com prefácio dos dois realizadores vedetas, o livro conta com a contribuição de muitos dos artistas que fizeram do filme uma realidade, explicando a sua génese, como foi pensado, preparado, executado e finalizado, num processo longo e moroso, que teve por base um apaixonante trabalho de relojoeiro
24. De forma resumida – o melhor mesmo (sempre) é ler o livro – pode dizer-se que explica não só como o universo de Hergé foi transposto para o grande ecrã, mas também como foi complementado num novo meio e expandido nos detalhes e pormenores que a BD nunca mostrou.
No decurso das quase 600 pranchas que compõem esta longa banda desenhada, Thompson recorda a rígida educação que recebeu dos pais, os abusos que sofreu do baby-sitter, a relação conflituosa e distante com o irmão, a sua luta interior com a religião e a religiosidade, o intenso primeiro amor adolescente com Raina e como finalmente encontrou no desenho a sua forma de afirmação e a sua razão de viver.
Há 11 anos, a 22 de Maio de 2004, publiquei no Jornal de Notícias um texto sobre esta obra, intitulado “Obrigado Raina”. O seu início era assim: “Hoje, esta coluna” – Aos Quadradinhos, era o seu título – “não tem introduções nem justificações, surge apenas pelo valor intrínseco do notável romance (gráfico) que é Blankets de Craig Thompson”.
“Uma história” – aparentemente banal – “que se transforma em muito mais, porque esse primeiro amor é também revolta – contida - contra o mundo (que conhece), o despertar para novos horizontes (formas de vida, maneiras de ser...) e, acima de tudo, a auto-afirmação pela descoberta das qualidades que há em si”.



Nessa editora desenhou histórias de diversos heróis, entre os quais The Shadow, Martian Manhunter, Teen Titans e Batman, mas distinguiu-se especialmente como desenhador do Superman, estando entre os seus trabalhos mais marcantes “Lex Luthor – Unauthorized biography” (1989), que narra a origem do maior inimigo do Homem de Aço.