Marcas
do Passado
Boselli (texto)
Piccinelli (desenho)
Mythos Editora (Brasil, Novembro de 2009)
135
x 178 mm, 114 p., pb, brochado, mensal
R$ r,90 / 2,90 €
Resumo
Após simular um assalto a um banco, Tex consegue
juntar-se ao bando de assassinos de Nacho Gutierrez, para descobrir o que faz
nele o seu velho amigo Montales.
Desenvolvimento
Actualmente nas bancas portuguesas (pelo menos durante mais 15 dias!), este é o primeiro tomo de um díptico que
leva Tex de novo ao México e a reencontrar o seu amigo Montales.
O traço de Piccinelli, cumpre bem o seu
propósito, demonstrando um bom domínio de uma técnica contrastada de brancos e
negros e grande à vontade quer no retratar dos extensos cenários desérticos,
quer no tratamento da figura humana, bem proporcionada e de rostos expressivos.
Quanto a Boselli, apresenta um western bem
escrito, que foge a uma estrutura clássica pois vai avançando ao ritmo dos
diversos flashbacks que vão complementando a trama principal e vão fornecendo
ao leitor os elementos necessários para perceber as motivações dos vários
intervenientes.
Isto, sem nunca levantar completamente o véu que
encobre o passado nem mostrar claramente para onde se dirige a narrativa no
tempo actual.
Daí resulta uma trama bem urdida, com um elevado
grau de suspense, onde as diversas tensões latentes se vão adensando e
prendendo o leitor que, no final deste tomo, após alguns relatos inquietantes e
uma aparição fantasmagórica fica sem saber do destino de Tex e Montales,
acabados de cair numa impetuosa corrente subterrânea, pois a história –
evocando uma situação recorrente que acompanhou o crescimento de muitos de nós,
protelando para a semana, o mês, o número seguintes a continuação da leitura –
só conclui no Tex #482 – Os sinos de São Rafael, que estará nas bancas já em Dezembro.
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