Chama-se Giorgio Cavazzano, comemora este ano meio século de
carreira como desenhador Disney e foi um dos cabeças de cartaz de BD da Comic
Con Portugal 2017, oportunidade aproveitada para uma conversa descontraída e bem-disposta.


Acha natural a evolução dos heróis Disney, pois “que segue
as vontades dos leitores”, logo “a violência, a pobreza e outros aspectos
chocantes existentes nas bandas desenhadas originais foram banidos: a casa de
Donald, por exemplo, era terrível, com buracos, uma lata a servir de lareira…”.
Também por isso, a rivalidade entre Mickey e Bafo-de-Onça – o nome português
provoca-lhe uma grande gargalhada – evoluiu, “sendo hoje essencialmente um
fonte de gags baseados na estupidez do bandido, que é quase um alter-ego de
Mickey”.


Do seu percurso faz também parte um convite de Sergio
Bonelli “para desenhar um Tex Gigante”, recusado porque nunca foi “capaz de
desenhar cavalos!”.
A atracção pela dificuldade leva-o a afirmar que “se pudesse
escolher, gostava de desenhar uma história com o Quarteto Fantástico, pois são
vários Essa atracção pela dificuldade leva-o a afirmar que “se pudesse escolher,
gostava de desenhar uma história com o Quarteto Fantástico, pois são vários
protagonistas e todos completamente diferentes.” E acrescenta com humor: “Mas o
senhor Fantástico seria simples, bastava mostrá-lo sempre esticado e de perfil:
era só uma linha!”.
(versão integral do texto publicado no Jornal de Notícias de
17 de Dezembro de 2017; clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)
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