Esta
é a história de dois triângulos. O primeiro, amoroso, formado por
Lucia, Piero e Nicola. O segundo, assente nas distâncias que os
afastam, passa por Itália, Noruega e Egipto.
[E
de repente - mais aproximadamente numa mão cheia de anos, nem isso -
aqueles que estavam habituados a comprar BD importada - americana,
franco-belga, espanhola... - encontram-se perante o mesmo dilema:
vale a pena comprar? Não vai sair (em breve) em português?
É
o caso deste Cinco mil quilómetros por segundo, distinguido com o
Fauve d’Or de Angoulême para o melhor álbum, em 2011. Como é o
caso de outras obras publicadas recentemente pela Devir. G. Floy,
Goody, Levoir...]
Como
adiantando na introdução, esta é uma história de amores e
desencontros, entre três jovens italianos, Lucia, Piero e Nicola, ao
longo de mais de uma década.
Jovens
que o acaso - um divórcio - juntou, e que esse mesmo acaso, o
destino, as obrigações, os sonhos (ou a falta deles) afastou, sem
nunca os separar verdadeiramente.
É
em função dos sentimentos criados, das relações estabelecidas, do
que foi dito - e do que ficou por dizer - dessas memórias, do desejo
- dos desejos - dos sonhos - e da falta deles - que as suas vidas vão
ser geridas ao longo do tempo.
O
reencontro proporcionado pelo acaso - que é que como quem diz pelas
escolhas que vão fazer, voluntariamente ou obrigados pela vida -
darão finalmente todas(?) as respostas e se aparentemente fechará
algumas portas, deixará abertas outras que permitirão seguir. Em
frente?
Numa
história sensível assente em emoções, em que se intui mais do que
o que nos é dito, a nota de originalidade é dada pela utilização
das cores em função dos sentimentos, sensações e emoções que os
três protagonistas vivem, definidas pela intensidade e temperatura
dos tons utilizados.
Cinco
mil quilómetros por segundo
Manuele
Fior
Devir
Portugal,
Maio de 2018
155
x 237 mm, 148 p., cor, capa dura
22,00
€
(imagens
disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as aproveitar em
toda a sua extensão)
É uma publicação algo estranha no catálogo actual da Devir. Estarão a tentar diversificar?
ResponderEliminarÉ uma publicação que faz todo o sentido no selo Biblioteca de Alice, onde já foram publicados, por exemplo, Blankets, Comprimidos Azuis, Pyongyang...
ResponderEliminarBoas leituras!
Tens toda a razão.
EliminarNem tinha reparado nisso.
Que a Devir continua assim :-)