Uma
das questões curiosas que
esta colecção Graphic MSP pode levantar, é tentar levar-nos a
perceber em que ponto as novas versões das
personagens ultrapassam,
em (re)conhecimento público e impacto as originais. Neste âmbito,
Jeremias e Astronauta, a diferentes níveis, serão dois dos casos
mais prementes.
Na
abertura, com a Mensagem,
desta
colecçãoClássicos da Literatura Portuguesa em BD,como
já o tinha feito aquando do lançamento do Auto da Barca do Inferno, defendi
anão
utilização
dos texto originais, naturalmente de leitura (mais)
difícil,
mas sim de
uma versão com o texto original adaptado à
linguagem dos nossos dias. André
Morgado
teve a ousadia
- acredito
que alguns
dirão desfaçatez
ou até
desrespeito… - de o fazer.
Acredito que há situações que só podemos compreender realmente
quando - se - as sentimos na pele. Ser vítima de racismo (neste caso
específico) é uma delas.
Uma das características marcantes da obra de Maurício de Sousa -
para além dos óbvios humor e amizade - é a preocupação social, a
integração de todos.
Em Jeremias: Pele, Rafael Calça e Jefferson Costa levam essa
preocupação - até com laivos de denúncia - a um nível nunca
visto nas revistas da(s diferentes) turma(s).
Desde o relançamento do site Muzinga, que reúne HQs digitais
de André Diniz e parceiros, havia uma lacuna a ser preenchida: onde estava o
personagem que dá título ao site?