O filme “Os
Vingadores”, que estreia em Portugal hoje, transpõe para o grande ecrã um
conceito que os quadradinhos há muito exploram: os grupos de super-heróis.
Geralmente
criados para fazer face a ameaças de grande dimensão, partindo do princípio que
o todo é maior do que a soma das partes, servem também para explorar afinidades
e rivalidades entre os seus componentes.
O primeiro
super-grupo da história foi a Liga da Justiça da América, criada pela DC Comics
em 1960, que reunia Superman, Batman, Lanterna Verde, Mulher Maravilha, Flash,
Aquaman e Caçador Marciano. A popularidade alcançada despertou na Marvel o
desejo de ter uma estrutura idêntica, tendo Stan Lee sido encarregado de a imaginar.
Como a editora não tinha então muitos super-heróis, a solução foi a criação do
Quarteto Fantástico, que era mais uma super-família. Entretanto, com a criação
do Hulk, Homem-Aranha, Homem de Ferro e outros super-heróis, três anos depois Lee
e Jack Kirby puderam finalmente transpor o conceito inicial para o seu universo,
nascendo assim os Vingadores, a maior aposta cinematográfica da Marvel este
ano.
Curiosamente,
a película dirigida por Joss Whedon, não segue nenhuma das muitas equipas criadas
na banda desenhada ao longo de meio século, reunindo sob a capa dos Vingadores,
na esteira das mais recentes adaptações cinematográficas, o Homem de Ferro (interpretado
por Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth),
Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Hulk (Mark Ruffalo) e Viúva Negra (Scarlett
Johansson) que juntos irão combater Loki, o meio-irmão de Thor.
Há, apesar
de tudo, uma aproximação à formação original dos Vingadores criada por Lee e
Kirby, que integrava o Homem de Ferro, Thor, Homem-Formiga, Vespa e Hulk, que,
no entanto, duraria apenas o tempo de uma história, antecipando as muitas convulsões
que os Vingadores tiveram nos quadradinhos, onde chegaram mesmo a conviver mais
de quatro dezenas de super-heróis em simultâneo. Para os fãs de comics,
possivelmente a fase mais memorável remonta aos anos 70, quando autores como
Roy Thomas, neal Adams, George Pérez ou John Byrne estiveram à frente dos
destinos dos Vingadores.
Nos últimos
meses a Marvel lançou nos Estados Unidos diversos títulos dos Vingadores, entre
os quais se destaca “Avengers Assemble” protagonizada pela mesma formação do
filme e, nos últimos dias, disponibilizou gratuitamente no seu site, para
leitura online, “Avengers: Heroes Arise #1”
, uma banda desenhada escrita por Jeff Parker e desenhada por Manuel Garcia,
resultante de uma parceria entre a Marvel Comics e a mítica marca de motos
Harley-Davidson.
Caro Pedro:
ResponderEliminarEste filme é muito mau! De fugir! Devia ser uma não notícia!
Caro Anónimo,
EliminarAinda não vi o filme, portanto não poso opinar sobre ele. Das imagens e vídeos que conheço, não me apreceu inferior às mais recentes apostas cinematográficas de super-heróis.
Claro que, nestes casos, tudo depende das expectativas que temos. As minhas, neste campo, geralmente, são comedidas...
De qualquer forma, daí a passar-lhe ao lado, também me parece exagerado, Até porque ele apenas me serviu de pretexto para evocar as origens aos quadradinhos dos Vingadores...
Boas leituras... e bons filmes!
O filme cumpre o propósito para que foi feito, entreter e dar a conhecer a novas gerações os heróis da Marvel. As pessoas não podem estar à espera de uma obra-prima, visto que os argumentos têm os limites definidos pela história dos personagens. Eu gostei bastante do filme apesar de algumas falhas óbvias na história, mas este é um mal comum a filmes com muitos personagens e que têm apenas 120 minutos para contar todo o enredo.
ResponderEliminarUm abraço.
Viva Lucaimura,
EliminarAcho que sintetizaste bastante bem aquilo que eu também penso...
Boas leituras!
E mais uma vez falhou o TIMING Duma edição em tpb tuga OU Zuca nas Livrarias,OBRIGADO PANINI E EDITORAS QUE LHES COMPRAM OS DIREITOS. :)
ResponderEliminarOlá Optimus,
ResponderEliminarSim, é verdade. Repete-se uma situação que ao longo dos anos raramente teve excepções, mesmo quando os direitos eram mais fáceis de conseguir...
Boas leituras!
O filme, para o gênero, é dos melhores que já vi até hoje. Claro que para ir ver um filme destes nos dias em que estreou mundialmente(só estreia na américa daqui a duas semanas) é necessário já estar à espera do que se vai ver.
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