16/01/2014

Signé: 20 anos de liberdade











Em 1994 nascia a colecção Signé, resposta de uma das editoras tradicionais do mercado franco-belga, no caso a Lombard, às mudanças que o aparecimento de L’Association, poucos anos antes, tinha introduzido no mercado editorial francês.


O propósito da colecção Signé era fornecer aos autores das séries clássicas, mesmo mantendo o formato tradicional de álbum de grande tamanho, um local de maior liberdade onde pudessem contar histórias íntimas, mais arriscadas ou simplesmente diferentes, libertos dos espartilhos das 48 páginas e das séries de herói fixo (que a maior parte deles cultivava com distinção).
Relatos mais longos, de temática livre, dirigidos para um público mais adulto, que permitiram aos seus fiéis (re)descobrir o(s) autor(es) da sua preferência de forma distinta e que marcaram ao longo dos anos esta colecção que, de certa forma, (também) antecipou – e acompanhou – a chegada em força do romance gráfico como hoje o (re)conhecemos.
Na colecção Signé – e citando apenas títulos que foram editados em português – surgiram obras como La Femme du Magicien (A Mulher do Mágico), de Boucq e Charyn; À la recherche de Peter Pan (À procura de Peter Pan), de Cosey; Afrika (África), Manhattan Beach 1957, Liens de Sang (Laços de Sangue), todos de Hermann, os dois últimos escritos por Yves H.; ou Western, de Rosinski e Van Hamme. Ou ainda, para descobrir aqui em As Leituras do Pedro, Mezek, de Juillard e Yann.

Os 20 anos desta colecção, que agora se cumprem, vão ser assinalados de diversas formas, nomeadamente com a reedição de alguns dos seus títulos clássicos e com novos (e estimulantes) volumes, o primeiro dos quais – sexta prestação do autor na Signé – Station 16, de Hermann e Yves H., chega amanhã às livrarias francófonas e estará em análise n’As Leituras do Pedro.

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