Quase, quase a completar 50 anos de vida – e quase outros tantos de leitor de quadradinhos… - decidi assinalar esta data redonda – que na prática vale tanto como os 49 ou os 51… - evocando 50 edições (mais ou menos) de BD que me marcaram.
Não as 50 melhores obras que li – embora algumas figurassem em ambas as listas – porque esta seria uma relação dependente de momentos e emoções, mas uma lista de 50 obras que marcaram o meu percurso e fizeram de mim o (leitor) que sou hoje.
A ordenação é (sensivelmente) cronológica…
Mais 10 títulos para descobrir já a seguir e os restantes para ver aqui.
BD Portuguesa Hoje
Catálogo do II Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto
Catálogo de que escrevi sensivelmente metade dos textos, numa bela viagem pela BD portuguesa, com muito de iniciação e de descoberta.
Antologia da BD Clássica #19
Jim Das Selvas
Alex Raymond
Foi sobre este álbum a minha primeira colaboração
profissional no que à BD diz respeito.
Foi publicada no caderno dominical de O Primeiro de Janeiro, a 8 de Maio de 1988, na então nova secção Sete Sabores – um dos quais a BD.
A minha primeira recensão intitulava-se A importância dos Clássicos. Na época, escrevia os textos para o
jornal à mão, em papel quadriculado, para contabilizar os caracteres, e depois passava-os
na máquina de escrever, antes de os entregar em mão na redacção…
Broussaille #1: Les baleine publiques
Frank e Bom
O primeiro álbum francês que encomendei - num tempo em que
não havia internet e em que era preciso esperar longas semanas pela encomenda…
CIMOC #86
A revista espanhola que, qual explosão descontrolada, me
mostrou muita da magnífica BD espanhola (mas não só…) que deslumbrou os anos
1980 e 1990: Bernet, Abuli, Torres, Segura, Font, Toppi, Sommer e tantos mais…
A segunda revista - após o Mundo de Aventuras - a deixar-me
um forte sentimento de orfandade quando terminou.
Batman - O Regresso do Cavaleiro das Trevas
#1: O Retorno do Morcego
Frank Miller
Primeiro comic de super-heróis – leitura que fiz muito
esparsamente na infância/juventude – que me cativou e me fez procurar outras
obras do género.
O primeiro impacto surgiu pelo formato diferente, o traço e
a fabulosa história de Miller fizeram o resto…
Angoulême 89: Le Magazine!
Memória mais palpável do meu primeiro Festival de Angoulême
– onde regressaria recorrentemente na década e meia seguinte – e da descoberta
de uma realidade (aos quadradinhos) completamente diferente e extremamente
estimulante.
Les Archives Hergé –
vol. 1
Hergé
Porque Tintin era presença obrigatória nesta lista e porque
foi aqui que descobri a sua génese.
Akira #1: La
Autopista
Otomo
Primeiro manga que li – e uma obra notável tout-court.
Confesso que depois, disso – mais tarde, durante muito tempo
– fui insistindo em ler manga, mas com raras excepções – com Taniguchi à cabeça
– poucas têm sido as obras que me conseguem satisfazer.
Chienne de Vie
Miguelanxo Prado
Tendo conhecido o autor no I Salão de BD do Porto, em 1985,
e acompanhado a sua carreira em revistas espanholas – 1984, Zona 84, Cairo,
Cimoc – (absurdamente) o primeiro álbum que comprei dele é este Chienne de Vie… em francês!
Um enorme autor – e um amigo – cuja carreira tenho
acompanhado a par e passo e que produziu uma das obras que mais prazer me deu a
ler: Trazo de Tiza/Traço de Giz.
Les Amis de Saltiel #1:
L’Homme qui n’ Aimait pas les Arbres
Étienne Davodeau
O álbum em que descobri Étienne Davodeau, para mim um dos autores
franco-belgas (e não só) mais interessantes das duas últimas décadas, cuja
carreira tenho acompanhado de perto e com quem me tenho cruzado – de diferentes
formas – ao longo dos anos – sempre de forma marcante.
Sem comentários:
Enviar um comentário