Uma das 10 melhores Novelas Gráficas de sempre.
" O povo não devia ter medo do seu governo, o governo devia ter medo do seu povo."
Distopia futurista na linha do 1984, de George Orwell, V de
Vingança imagina uma Inglaterra sob domínio de uma ditadura fascista, com campos
de concentração, e câmaras de televisão que vigiam todos os movimentos das
pessoas. Hoje em dia com a actual omnipresença de câmaras de vigilância e a
forma como as comunicações electrónicas são monitorizadas, mostram que, neste
caso, a realidade ultrapassou a própria ficção.
V de Vingança
Alan Moore e David Lloyd
Levoir/Público
16 de Junho de 2016
capa dura, 296 páginas,
9,90€
David Lloyd em Portugal
A Levoir e o jornal Público convidaram David Lloyd,
ilustrador do nosso primeiro volume, V de Vingança a visitar Portugal por motivo
do lançamento do livro.
Estes são os eventos programados:
Dia 16 de Junho, Quinta-feira, pelas 18h30 na Fundação José
Saramago em Lisboa
Apresentação da colecção Novela Gráfica e da edição
portuguesa V de Vingança com sessão de autógrafos deste livro por David Lloyd
Dia 17 de Junho, sexta-feira, pelas 15h30 na Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas da Nova - Universidade Nova de Lisboa na Av. de
Berna, 26
Conversa com o David Lloyd, o Pedro Moura da Faculdade de
Letras de Lisboa e da Bedeteca de Amadora e o Rogério Miguel Puga da
Universidade Nova de Lisboa
Dia17 de Junho, sexta-feira, pelas 18h00 no jornal Público
(Loja) em Lisboa para uma sessão de autógrafos da edição portuguesa de V de
Vingança, na Doca de Alcântara Norte
(texto e imagens disponibilizados pela editora; clicar nas
imagens para as apreciar em toda a sua extensão)
Quais sao as outras 9? :-)
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EliminarBoa pergunta Luis!
EliminarSeria necessário descobrir onde a levoir - responsável pelo texto - foi buscar essa informação...
Mas, como em tudo, de certeza que cada um de nós escolheria 10 obras diferentes e nem todos incluiríamos nelaso V de Vingança, o que não quer diezr que não seja uma obra altamente recomendável!
Boas leituras!
Eram hoje 8h30m da manhã e já esta magnifica edição estava nas minhas mãos ganaciosas. Ao fim de anos à espera, poder comprar uma obra desta qualidade literária, numa edição de capa dura soberba e completa em português de Portugal por uns irrisórios dez euros é absolutamente imperdível. Repito, DEZ MÍSEROS EUROS!!! Só para ter uma ideia, uma TPB (capa mole) em inglês desta obra custa entre 25 a 30 euros. Estou ansioso por ler este livro na íntegra. Uma das minhas compras de uma vida.
ResponderEliminarÉ realmente uma edição com uma relação qualidade/preço imbativel mas esses preços da edição em inglês estão muito inflacionados :)
EliminarOs preços andam mais pelos 13/15€ na amazon ou bookdepository:
http://www.bookdepository.com/V-for-Vendetta/9781401208417
Não estão assim tão inflacionados como isso.Os preços que indiquei praticam—se nas livrarias fisicas em Portugal onde vi o livro á venda.Os 20/25 euros para a edição capa mole simples,os 30/35 para a edição capa mole com a máscara.Mesmo na Amazon Espanha o livro,sem portes,não custa menos de vinte euros.Na Amazon inglesa,com portes, fica perto dos 25.Mas realmente a Book Depository está com uma promoção de 15 euros sem portes,mas mesmo assim é uma capa mole em inglês 5 euros mais cara que a nossa capa dura em PT.Acho que esta edição vale mesmo a pena! :-) Um abraço.
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EliminarTal como disse, a edição portuguesa é sem duvida a melhor em termos de relação qualidade/preço, pelo menos para quem não prefere ler na lingua original.
EliminarSinceramente, nem me lembrei da hipotese de comprar um tpb do V for Vendetta numa livraria fisica. Nos dias de hoje acho que nem faz sentido comprar tpbs da DC ou Marvel em livrarias, a menos que não haja outra hipotese.
Só para esclarecer e não induzir em erro ninguem, o preço da bookdepository não é uma promoção, eles têm sempre um desconto em relação ao preço de capa e os portes são sempre grátis. E quem compra livros na amazon sabe à partida que deve comprar aos vendedores do marketplace que têm preços abaixo da propria amazon. No caso do V for Vendetta, o preço da amazon uk é de 10.49£ mas no marketplace o preço mais baixo é de 6.30£. Mesmo com portes fica ainda mais barato que na bookdepository :)
Para ser sincero,não conhecia a Bookdepository porque não costumo comprar livros na net,mas graças ao teu conselho a partir de agora vou estar atento a esse site.Quanto ao marketplace da Amazon nunca me inspirou confiança suficiente.Da tua experiência os vendedores são fiáveis?
EliminarNunca tive nenhuma razão de queixa (extravios, livros danificados). Normalmente escolho sempre vendedores com pelo menos 95% de rating e no minimo 100,000 ratings. De salientar que a maior parte destes vendedores são profissionais e não particulares. Por exemplo, a propria bookdepository vende na amazon. O unico ''senão'' é que regra geral demoram pelo menos 3 semanas a chegar.
EliminarA Bookdepositoryu pertence à Amazon. FOi comprada à um ou dois anos.
Eliminarfantastico simplesmente fantastico um "must have " para qualquer leitor e quem poder aproveitem também para comprar daytripper desta coleção bem como o watchmen que apesar de achar um bocado caro pensei que iria andar a volta dos 25 30 euros quem tiver condições financeiras para obter este classico que compre
ResponderEliminarEspero que a levoir ou g floy apostem na linha vertigo seria excelente obter preacher, sandman , livros da magia(este como é 1 vol só bem podia ter saido nesta coleção), homem animal ou ate monstro do pantano se gostassem de algum recente scalped sweeth tooth seria perfeito
O ''problema'' da Vertigo para as editoras nacionais é que as melhores series (como essas que mencionas) têm pelo menos 6 ou 8 volumes, o que significa uma aposta com algum risco. Mais fácil seria publicarem algumas das excelentes minis ou gn's como It's a Bird, WE3 ou os recentes, The Wake ou Trillium.
EliminarWE3 já foi publicado em Portugal pela Devir,segundo creio.
EliminarDesconhecia, obrigado pela info.
EliminarWE3 nem é grande coisa tirando os desenhos.
EliminarOpiniões não se discutem, mas acho que WE3 não é uma grande coisa, é uma enorme coisa.
EliminarA estrutura da narrativa é notável em todos os aspectos: a caracterização de todas as personagens é límpida e conseguida, o ritmo é imparável e equilibrado, com toques de humor e drama, a conclusão adequada e comovente. Confesso que verti algumas lágrimas ao ler as últimas páginas, que encapsulam perfeitamente tudo o que está em causa durante a história. Há aqui muito pouco lugar para os devaneios que por vezes surgem no trabalho de Grant Morrison: os aspectos científicos são credíveis no contexto da trama e expostos de maneira clara.
O trio protagonista está extraordinariamente bem escrito. Morrison conseguiu encontrar uma voz e uma identidade própria para cada um dos seus heróis. Não estamos perante animais que falam e se comportam como homens, mas sim seres modificados por circunstâncias que os ultrapassam e que nunca chegam a compreender, agindo somente guiados pelos seus instintos, por muito alterados que tenham sido pelas modificações tecnológicas a que foram sujeitos. Essa personalidade, baseada nas características comuns das espécies que representam (a lealdade e abnegação do cão, a selvajaria e independência do gato e a “simplicidade” do coelho), resulta numa definição apurada das personagens que ganham, de imediato, a simpatia do leitor.
Outro aspecto de interesse criado por Morrison é a linguagem utilizada pelos animais. A estrutura e a forma como se expressam são, ao mesmo tempo, compreensíveis e alienígenas: apesar de se perceberem bem as suas conversas, estas têm um conjunto de erros de estrutura, gramática e dicção que conferem uma sensação de estranheza aos diálogos, transmitindo a ideia de um nível diferente de inteligência e de percepção da realidade que estes seres possuem e que é obviamente diferente da nossa. Mais um toque de originalidade em relação à forma como os animais são normalmente caracterizados nos filmes ou livros.
Quanto aos desenhos de Frank Quitely, são simplesmente soberbos. Não só são detalhados e belos, como a colocação das vinhetas, a estrutura e a construção das páginas é arrojada e quase experimental: um bom exemplo é a fragmentação narrativa dos vários pontos de vista na sequência da fuga, que é acompanhada pelas câmaras de vigilância do complexo donde os “heróis” fogem. Esta fragmentação exige do leitor um esforço de compreensão, que tenta colar as peças do puzzle visual que lhe é colocado à frente, o que obriga a uma maior atenção aos pormenores, aumentando o tempo de apreciação da arte e cria uma sensação de confusão e caos que retrata a situação tumultuosa que está a ser vivida. Esse trabalho de interpretação cria um nível de interactividade intelectual entre os autores e o leitor que não é de todo habitual.
Nota-se um grande entendimento entre Morrison e Quitely na forma em que argumento e arte se complementam, criando um conjunto que cumpre integralmente os objectivos a que se propõe, e que encontra ressonância até nas capas dos comics originais,que eram reproduções dos posters colocados na rua pelos donos dos animais que foram "raptados" para uso em experiências,e que ilustram a dimensão trágica do destino das personagens “arrancados” dos seus lares numa demonstração de desrespeito pelas suas vidas por parte daqueles que vêm neles só mais um meio para alcançar os seus fins. Este desrespeito pela vida espelha uma infeliz realidade que caracteriza a forma de estar actual da Humanidade no nosso mundo, e que urge alterar. We3 funciona assim como uma alegoria da desumanização progressiva da nossa espécie, mas também de como a humanidade é demonstrada, sobretudo, através de acções, e não somente de meras intenções.
Eskorpiao77,
ResponderEliminarA edição em Portugal está a mudar e o trabalho desenvolvido pela Devir e a G. Floy hoje, ao contrário do que acontecia há alguns anos, leva os leitores a acreditar que as séries começadas vão terminar. E se há algum risco na edição de séries mais longas, com o tempo elas acabam por ser mais compensadoras porque cada novo volume ajuda a vendar os anteriores.
Sim, Digital, a Devir editou um volume de WE3 há alguns anos.
Boas leituras
Pedro, tens razão mas a verdade é que as apostas em series um pouco mais longas têm sido só em series recentes (saga, tony chu, fatale). Vamos ver se alguem aposta num ''classico'' como os que o Alxandre mencionou (Animal Man, Preacher, Swamp Thing). Aquilo que sabemos é que num passado recente, Sandman e Hellboy ficaram pelas intenções.
EliminarO Preacher seria um excelente material para editar, até porque estreou nos EUA agora a adaptação televisiva.
EliminarSem duvida. Uma excelente serie do principio ao fim com esse bonus de ter agora uma serie na tv. Mas são 9 volumes e por isso, discordando com o Pedro, acho pouco provavel que algum dia vejamos uma serie desta dimensão publicada integralmente em portugues. Mas espero estar redondamente enganado :)
EliminarSeria fantastico poder ver uma serie como preacher ser editada em pt
Eliminaro animal man do grant morrison sao cerca de 27(1-26 + secret origins) isso em 3tpb era publicado
o swamp thing ja seria coisa de 6 volumes outros como Death ou livros da magia só levaria 1
Constantine sim seria talvez a coleção mais dificil de ser efectuada em portugal devido ao grannde tamanho mas certamente que há grandes classicos que podem ser publicados basta os planos editoriais assim o pretenderem já viram o impacto que uma publicação como o v de vingança teve?
na banca onde costumo comprar eles venderam todos os exemplares e só por ter ido lá 2 dias depois do lançamento ja nao havia mais exemplares(a senhora disse que vender cerca de 9 a 10 exemplares) por isso a procura existe certamente basta haver vontade e claro publicidade
Pedro, quando mencionas o trabalho da Devir e da GFloy, eu acrescentaria a Levoir, cujas colecções com o Público mexeeram, e muito, com o mercado da BD em Portugal.
EliminarE também outras pequenas editoras que tem acrescentado muito ao panorama nacional: É importante que exista BD disponível para todos os gostos, como já acontece com a maior parte dos outros produtos culturais.
Digital,
Eliminarreferi a Devir e a G. Floy no que diz respeito à publicação continuada de séries (The Walking Dead, Naruto, Fatale, Saga...), algumas completas (Death Note).
O contributo da Levoir - na peugada da ASA, mas a outro nível - é indiscutível na óptica da 'popularização' de preços.
E de acordo, estas quatro, juntamente com tantas outras mais pequenas, fazem do actual momento editorial, o mais interessante e diversificado de sempre em Portugal.
Boas leituras!
Uma das edições do ano.
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