(nota informativa disponibilizada
pela organização)
A 28ª edição do AmadoraBD, organizado pela Câmara Municipal
da Amadora, abre as portas já no dia 27 de Outubro. O núcleo central das
exposições terá lugar mais uma vez no Fórum Luís de Camões.
A par das exposições, a programação inclui as habituais
sessões de autógrafos, apresentações e lançamentos, sessões de cinema e
workshops.
O tema da exposição central deste ano é “CONTAR O MUNDO - A
reportagem em banda desenhada”, comissariada por Sara Figueiredo Costa e com
cenografia de Catarina Pé-Curto. Nesta exposição sobre o que é, para muitos, o
género nobre do jornalismo serão percorridos temas da actualidade e da história
recente a partir de reportagens assinadas por jornalistas de muitas geografias
que usam a banda desenhada como linguagem do seu trabalho, a solo ou em
parceria. Será uma exposição sobre reportagem e jornalismo, com a
particularidade de só mostrar obras em banda desenhada - assumindo a banda
desenhada sem fronteiras muito delimitadas, porque serão expostos trabalhos
como os de Constantin Guys que são ilustrações de determinados momentos. O que
se pretende é mostrar trabalhos jornalísticos, ou a caminho de o serem, e
levantar algumas questões sobre as fronteiras do jornalismo e da reportagem (a
questão da objectividade, da imparcialidade e do apagamento do repórter no
trabalho), mostrando que a escolha da banda desenhada como linguagem ajuda a
levantar estas questões, colocando outras, também.
O autor em destaque é Nuno Saraiva, vencedor do Prémio de
Melhor Álbum Português de Banda Desenhada 2016, com o álbum “Tudo Isto é Fado”,
que reuniu um conjunto de curtas narrativas de BD publicadas na extinta revista
Tabu do semanário Sol, entre 2014 e 2015, numa edição conjunta EGEAC/Museu do
Fado e Sol. A exposição retrospectiva sobre os 30 anos de trabalho de Nuno
Saraiva terá cenografia de Carlos Farinha.
Este ano a AmadoraBD estará também a comemorar os
centenários de dois autores lendários, com duas exposições evocativas - Jack
Kirby, com cenografia de Susana Vicente e Will Eisner com cenografia de Rui
Horta Pereira. Estas exposições irão reunir pranchas de coleccionadores
importantes como Tom Kraft, Bechara Maalaf e Denis Kitchen.
Jack Kirby (1917-1994) é reconhecido como um dos artistas
mais influentes e prolíficos na banda desenhada. Ao lado do parceiro Joe Simon,
teve o seu primeiro sucesso ao criar um patriótico herói, popular até aos dias
de hoje, em Captain America Comics # 1 na Timely Comics (empresa mais tarde
conhecida como Marvel). O estilo de Kirby apaixonou os leitores, com acções
dinâmicas e personagens que mal se continham nas suas vinhetas. Ele regressaria
à Marvel no início da década de 1960 e inaugurou a era da Marvel na banda
desenhada com a criação dos Quatro Fantásticos, os Vingadores, Thor, Hulk e
muitos outros. "The King" - como Stan Lee o apelidou apropriadamente
- continuou a criar histórias e inspirar admiradores até à sua morte prematura
em 1994. O seu trabalho inspirou uma geração de artistas profissionais e escritores
modernos que continuam a explorar seus conceitos e personagens no cinema e na
televisão, assim como na banda desenhada.
“Jack Kirby foi e continua a ser uma força criativa
fundamental na história da banda desenhada. Ele conseguiu mudar a maneira como
olhamos para a banda desenhada, tendo inventado novos conceitos, novas ideias,
centenas de novos personagens e mundos inteiramente novos. A sua linguagem
visual e forma de desenhar foram absolutamente originais.” (Tom Kraft)
Will Eisner (1917-2005) foi o pai da novela gráfica
americana e teve uma influência determinante na banda desenhada ao desenvolver
estudos formais sobre a linguagem visual e narrativa e ao propor novos
conteúdos e formatos, por exemplo, nas suas obras “The Spirit”, lançada na década
de 1940, e “A Contract with God”, lançada em 1978. Foi reconhecido
internacionalmente como um gigante no campo da arte sequencial, um termo que
ele próprio inventou. Eisner deu nome aos “óscares” da banda desenhada - os
Eisner Awards – que todos os anos premeiam as melhores publicações nas diversas
categorias da nona arte.
“Ele era respeitado e reverenciado em todo o mundo na medida
em que ele nos permitia respeitá-lo e reverenciá-lo. Foi um professor e um
inovador. Ele partiu de tal forma na dianteira, que o resto do mundo levou
literalmente 60 anos para recuperar o atraso.” (Neil Gaiman, The Guardian)
Horário:
27 de Outubro:
inauguração (21h30)
Segunda a Sexta: 9h00
às 17h00
Sábado, Domingo e
Feriado: 10h00 às 21h00
Preços:
Bilhetes até aos 12
anos*: Gratuito
Público em Geral: 3 €
Munícipes da Amadora,
estudantes, portadores de cartão-jovem, pensionistas e seniores (+65): 2€
Livre-Trânsito: 10 €
(mediante inscrição na base de dados do AmadoraBD
Gratuito para as
escolas e instituições de solidariedade social da Amadora.
*os menores de 12 anos
só podem entrar devidamente acompanhados por um adulto
(imagens disponibilizadas pela organização; clicar nelas para
as aproveitar em toda a sua extensão)
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