Começa a segunda
Guerra (Civil)
Introduzida (suavemente) na revista Os Vingadores #5, na semana passada, a segunda Guerra Civil da
Marvel começa em força na sexta edição da revista, distribuída apenas amanhã. E
apresenta como conceito base uma ideia bastante interessante: o conhecimento do
futuro, justifica intervir antes de ele se concretizar, seja qual for o custo
dessa intervenção?
A questão surge devido ao aparecimento de um novo Inumano,
Ulysses, que consegue prever (e sentir) o futuro. ‘O’ futuro, diz a Capitã Marvel,
que defende a intervenção no caso de catástrofes, acidentes, ataques, etc.,
sejam quais forem os custos. ‘Um dos possíveis’ futuros, na interpretação do
Homem de Ferro, que sustenta que o futuro só acontece quando se concretiza e
que o que Ulysses vê é afectado pelas suas percepções, predisposições e ideias.
Vingadores, Supremos, X-Men, Inumanos, tomarão, individualmente, posição por um
ou outro, atendendo às razões que expõem ou às ligações (ou aos interesses) que
possuem e o todo consegue fazer com que o próprio leitor se sinta dividido
entre um ou outro campo ou, mais exactamente, entre uma ou outra posição.
O extremar de opiniões levará ao confronto – com alguns
aproveitamentos colaterais pelo meio) que logo à partida o título da saga
mostra como inevitável, não sem que o caminho para lá chegar - ou o seu
desenlace - fique marcado por algumas mortes de personagens (médias) ou maiores.
Até ver, dirão os mais críticos que apontam que a publicação (cada vez mais)
cíclica de ‘grandes sagas’ no Universo Marvel, se supostamente mudam tudo, na
prática deixam (quase) tudo na mesma, porque os acontecimentos mais marcantes –
nomeadamente as mortes – são tudo menos perenes.
Até esse epílogo, agendado para final de Novembro, poderemos
acompanhar, nas duas revistas – Homem-Aranha
e Os Vingadores – que a Goody tem semanalmente
nas bancas, diversos acontecimentos, a confrontação de pontos de vista díspares,
o aparecimento de vítimas e danos colaterais e, como sempre, algumas surpresas.
E, mais ainda, julgo que pela primeira vez em edições em
português, à possibilidade de ver o mesmo acontecimento sob diversos prismas. Isso,
graças à publicação não apenas do título principal - Civil War II - mas também de várias das suas ramificações e consequências
por diversas outras revistas na origem – tais como The Fallen, The Accused, The Oath ou o modo como o confronto foi
vivido pelo Homem-Aranha Ultimate, Milos Morales, e os seus amigos Nova ou Miss
Marvel. Numa viagem, muitas vezes interessante e surpreendente, às motivações,
princípios, opções e critérios de alguns dos super-heróis mais populares (ou
não).
Com um curto - dentro do possível - desfasamento temporal em
relação à edição original, - e antecipando-se mesmo à publicação no Brasil – a edição
da Guerra Civil II pela Goody,
inevitavelmente, uma vez que compila edições que na origem saíram por vezes com
meses de diferença, vai provocar algumas sobreposições, repetições e até
desajustamentos narrativos, um preço mínimo a pagar para ter disponível, em
poucas semanas mais de duas dezenas dos comics que abordaram o tema.
Oportunidade também, por isso mesmo, para ver como está bem
oleada a indústria dos comics de super-heróis norte-americana que consegue desenvolver
uma saga como esta de forma, ramificada, complementar, alargada e coerente, por
muitos dos títulos em publicação, tentando atrair leitores para propostas (que
fogem pouco ou muito) às da sua zona de conforto.
Os Vingadores #6
Guerra Civil II
Inclui Civil War II (2016) #0 e #1
Brian Michael Bendis (argumento)
Olivier Coipel (desenho)
Goody
Portugal, 6 de Outubro de 2017
170 x 260 mm, 128 p., capa mole, lombada quadrada, quinzenal
7,90 €
(imagens disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as
aproveitar em toda a sua extensão)
Conforme indicação da Goody, devido a um imprevisto, este livro só estará amanhã, dia 7, nas bancas.
ResponderEliminarBoa Noite!
ResponderEliminarNão deveria ter saído o Homem Aranha vol6 ao invés dos vingadores?
Cumprimentos
Deveria mas seria incoerente lançar 1o a revista com o tie-in do Aranha em Guerra Civil 2 e só depois coneçar a lançar a saga principal.
EliminarTem é que mudar a revisão na contra capa aparece escodem no lugar de escondem,e no texto que antecede o inicio civil War 0 "comeram" a palavra Universo ficando só Marvel.
ResponderEliminarQuanto as mortes a do Maquina de Combate não e muito mais importante que a do Golias Negro da 1a que so serviu para chocar.
Quanto ao resto o futuro do Ulysess soa a ser forçado o protagonismo da Capitã Marvel vs Homem de Ferro fazendo o Capitao América um elemento secundário ate a proxima Mega Saga.