Cresci - e cresci na BD - como leitor de revistas: Mickey, Mundo de Aventuras, CIMOC, (A Suivre), Bodoï, para citar apenas as principais e mais duradouras...
Curiosamente,
se hoje em dia me afastei delas e não lhes sinto (muito) a falta, há
algo de que tenho saudades: as histórias curtas que preenchiam
espaços e revelavam (outras facetas de) autores, que seduziam pela
eficácia e/ou pelo inesperado…
Quimeras
fascinantes,
uma colectânea de histórias curtas de Milo Manara, evocou em mim
essa saudade…
São dezena e meia, de diferentes dimensões, estilos e técnicas, separadas entre si por três décadas (1979-2009) e com as mais variadas origens, de França a Itália, de publicações de BD ‘puras e duras’ à inopinada Maria Claire. Se nelas se encontram as expectáveis obsessões (dos leitores) de Manara, alguns destes relatos diferem delas substancialmente, avançando pelo (inesperado) humor, pela(s variações da) História, pela poesia visual ou pelas homenagens a Astérix - sim! - e a Corto Maltese.
São dezena e meia, de diferentes dimensões, estilos e técnicas, separadas entre si por três décadas (1979-2009) e com as mais variadas origens, de França a Itália, de publicações de BD ‘puras e duras’ à inopinada Maria Claire. Se nelas se encontram as expectáveis obsessões (dos leitores) de Manara, alguns destes relatos diferem delas substancialmente, avançando pelo (inesperado) humor, pela(s variações da) História, pela poesia visual ou pelas homenagens a Astérix - sim! - e a Corto Maltese.
Foi
esta última, especialmente, que mais me chamou a atenção. Curta de
apenas três pranchas - belas como (quase) todas as outras - evoca
de forma conseguida e sentida o essencial de Corto, por interposta
pessoa, no caso aquele que menos devia sentir a falta do marinheiro
maltês, Rasputine, alma danada do alter-ego de Pratt.
Mas,
aqui, como tantas vezes nas revistas, a dúvida também surge. Uma(,
duas, três pérolas) justificam - salvam? - uma publicação? Os
admiradores de Manara dirão (mais uma vez) que sim, os outros, terão
de arriscar…
Quimeras
fascinantes
Milo
Manara
Arte
de Autor
Portugal,
Janeiro de 2020
210
x 285 mm, 120 p., pb/cor, capa dura
ISBN: 978-989-54514-2-5
ISBN: 978-989-54514-2-5
21,00
€
(imagens
disponibilizadas pela editora; clicar nelas para as aproveitar em
toda a sua extensão)
Sempre fui da opinião de que se fosse para haver continuação deveria ser o Manara a continuar as estórias do Corto Maltese, quem melhor do que ele para fazer isso? o resto são apenas pastiches. Enfim...
ResponderEliminarEles eram amigos e trabalharam juntos no El Gaucho e no Verão Indio, o Manara fez aquela homenagem no HP e Giuseppe Bergman.
EliminarAgora é tarde.
Concordo que o Manara podia ter sido uma boa escolha, mas eu até gosto do que o Diaz Canales e o Pellejero têm feito...
EliminarBoas leituras!