E
se os ministros, os presidentes - até os grandes gestores... -
fossem gente (como nós) e tivessem de recorrer ao subsídio de
desemprego de cada vez que um governo muda ou que as asneiras ditas e
feitas são tão grandes que têm mesmo de
deixar os lugares - vulgo tachos... - de que usufruem?
O (infeliz) protagonista é Henri-Xavier
de Lapègre, a quem os gastos de representação (muito) excessivos,
retiraram o posto de ministro do Trabalho, ficando reduzido a uma
pensão de uns míseros 9 mil e tal euros, sem direito a carro,
motorista ou secretário... nem sequer ninguém para lhe servir o
café.
Como
todos os desempregados, resta-lhe então recorrer ao Centro de
Emprego, para tentar encontrar uma nova função adequada às suas
qualificações. Padeiro, empregado de restaurante e carteiro são
algumas das hipóteses que experimenta, mas quem passou toda a vida
na esfera do poder, não sabe realmente fazer (mais?) nada...
De
planificação simples - quase sempre quatro vinhetas por página,
aqui e ali alternadas com páginas de vinheta única - e um traço
dinâmico e expressivo, apropriados
ao registo, esta é uma sátira de realidade improvável - todos
sabemos quantas ofertas invejáveis esperam aqueles que caem em
desgraça de altos cargos... - este é um livro muito divertido, com
momentos francamente irresistíveis como a entrevista inicial com a
responsável do centro de emprego ou o encontro final com o seu
antigo chefe de gabinete.
Para
sorrir apenas ou rir abertamente, Homo
Politicus
faz sonhar,
mas
não deixa de ser uma ficção utópica...
Homo
Politucus
Nena
(argumento)
Thibaut
Soulcié (desenho)
Fluide
Glacial/Audie
França,
26 de Agosto de 2020
150
x 210 mm, 96 p., cor, capa dura
EAN:
979-1038200197
9,90
€
(imagens
disponibilizadas pela Fluide
Glacial;
clicar nelas
imagens
para as aproveitar em toda a sua extensão)
Sem comentários:
Enviar um comentário