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19/03/2021

Tex Edição Especial Colorida #14

O tamanho, o tamanho...


Regresso ao tema das histórias curtas, com duas afirmações que sei que podem ser polémicas:
- É possível uma história curta transmitir tanto prazer ao leitor quanto uma história longa;
- Uma história curta pode dar tanto ou mais trabalho (a escrever) que uma longa.
Justifico-me já a seguir.

17/05/2018

Tex: A pista dos fora-da-lei


O(s) verdadeiro(s) Tex




O subtítulo acima - por muito estranho que possa soar em relação a uma personagem com 70 anos de existência ininterrupta e que tem sabido actualizar-se e manter-se moderno - tem uma dupla explicação.

12/09/2014

Tex Gigante #28 – Os Pioneiros









Se Tex raramente consegue surpreender (no sentido de fuga ao seu estereótipo), também raras vezes desilude aqueles que procuram um western consistente e tradicional (no bom sentido).
Os Pioneiros, confirma – pela positiva – o que atrás está escrito.
A minha leitura de uma edição já à venda em Portugal – apesar de não ter sido anunciada… - está à distância de um clique.

24/04/2014

Tex Ouro #67: Ópio!





Depois de J.Kendall #104: Sem remorsos e de The WalkingDead #7: A calma antes, volto (ainda) mais uma vez, fortuitamente, sem o ter agendado, à questão da construção das histórias.
Desta vez, para responder à pergunta que, possivelmente, muitos leitores de BD já (se) colocaram: quando inicia o seu trabalho, o argumentista sabe como vai conduzir a narrativa até ao final em que pensou?
A resposta – uma das respostas possíveis – já a seguir.

27/10/2009

Almanaque Tex #30

O preço da honra/A força do destino
Claudio Nizzi (argumento) 
Venturi (desenho) 
Mythos Editora (Brasil, Setembro de 2006) 
135 x 178 mm, 228 p., pb, brochado 

Resumo Santos, um jovem apache que trabalhava para o exército como batedor, comete um brutal assassinato à vista de todos. Para descobrir o porquê daquele crime inexplicável, Tex tem que mergulhar no seu passado em busca da resposta, contando ao seu filho Kit e a Kit Carson a história do pai de Santos, o terrível guerreiro conhecido como Lobo Raivoso. 

Desenvolvimento Numa série como Tex, com produção regular mensal (com tudo o que de bom e de mau este conceito acarreta), e uma qualidade média bastante razoável, as histórias mais interessantes, a nível de argumento, para mim, acabam por ser aquelas que fogem mais aos estereótipos normalmente associados ao herói. Ou pela abordagem de temáticas distintas ou por se atreverem a um tratamento diferente do (tão imutável) protagonista (que é assim, porque é assim que os leitores gostam, por muito que alguns "críticos" gostassem de ver outras temáticas/situações/personagens nas suas histórias). Um desses casos é o diptíco publicado neste número do Almanaque Tex, colecção que publica histórias inéditas de Tex originalmente publicadas na série italiana "Almanacco del West" ou histórias que ficaram por publicar quando era a Editora Vecchi a responsável pela edição brasileira de Tex (porque o herói Bonelli, no Brasil, já passou pelas mãos das editoras Vecchi, Rio Gráfica, Globo e Mythos, embora mantendo sempre a numeração aquando das mudanças de editora). Numa história recente, de 2006, como habitualmente bem narrada e estruturada, funcionando à base de constantes flash-backs, aparentemente dentro dos códigos que regem um dos mais famosos e populares westerns europeus, há uma diferença fundamental: Tex, geralmente dono e senhor da situação, infalível e (quase) omnipotente, falha estrondosamente. E logo por três vezes. Primeiro, quando não consegue evitar o fim trágico de Natay, o índio rebelde que quase lhe rouba o protagonismo da narrativa. Depois, quando não consegue que o verdadeiro criminoso, o oficial do exército corrupto, seja levado à justiça. Finalmente, quando não consegue evitar ou pelo menos atenuar o castigo (apesar de tudo justo) do seu assassino. Motivos suficientes - mas há mais, que deixo aos leitores descobrir - para mergulhar na leitura destas mais de 200 páginas. 

Curiosidade Se o desenho de Venturi é profissional q.b., eficiente, expressivo e dinâmico, não deixa de ser interessante reparar como o Tex das situações em flash-back é igualzinho ao Tex das cenas passadas na actualidade. Isto, apesar dos cerca de 20 anos que medeiam entre as duas. Mais uma prova da imutabilidade de Tex e de que os grandes heróis são mesmo eternos! (versão revista e actualizada do texto originalmente publicado no BDJornal #22 de Junho/Julho de 2007)
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