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19/05/2020
Lançamento: Umbrella Academy #3
Leituras relacionadas
Bá,
Devir,
Lançamento,
Umbrella Academy,
Way
16/01/2020
Lançamento: Dois irmãos
19/05/2017
Como falar com raparigas em festas
(Des)encanto
A reunião de três nomes grandes da BD mundial - Neil Gaiman,
Fábio Moon, Gabriel Bá - numa mesma obra, só podia despertar grandes
expectativas.
A leitura, ressentiu-se disso.
14/04/2017
Leitura Nova: Como Falar com Raparigas em Festas
(sinopse da editora)
Enn tem 16 anos e não compreende as raparigas, ao passo que
o seu amigo Vic parece já ter tudo na ponta da língua. Mas ambos apanham o
choque da sua vida ao depararem com uma festa em que as raparigas são muito
mais do que aquilo que aparentam ser…
Leituras relacionadas
Bá,
Bertrand,
Gaiman,
Leituras Novas,
Moon
23/08/2016
Daytripper
Reconheço a importância histórica e a qualidade – ambas a
diferentes níveis – de V de Vingança, A Garagem Hermética, Fax de Saravejo ou Valentina. Considero Presas Fáceis um dos grandes
lançamentos do ano em Portugal e gostei bastante de A História de um Rato Mau. Aconselho
vivamente O Inverno do Desenhador e espero
muito de A Asa Quebrada.
Mas, para mim, o melhor livro desta segunda
colecção Novela Gráfica é este: Daytripper.
Deixo a seguir introdução que tive o privilégio de escrever
para ele.
19/08/2016
Nas bancas: Daytripper
Esta semana o volume 10 da colecção Novela Gráfica, Daytripper,
de Fábio Moon e Gabriel Bá, o premiado trabalho dos gémeos brasileiros que
conta, num registo intimista com um toque de realismo mágico sul-americano, a
vida (e as mortes) de Braz de Oliva Domingos, um escritor de obituários.
17/05/2016
Leitura Nova: Umbrella Academy #2 - Dallas
Após a morte de Pogo, o estimado mentor da Umbrella Academy,
o grupo perdeu o ânimo.
Todos estão absortos em problemas pessoais muito reais. A
Violino Branco está acamada graças a um trágico tiro na cabeça. A Rumor perdeu
a voz – a fonte do seu poder. Spaceboy comeu até entrar em estado catatónico...
Leituras relacionadas
Bá,
Devir,
Leituras Novas,
Way
01/03/2016
Dois irmãos
Em obras próprias, com personagens próprias ou – como é o
caso – adaptando um romance, Fábio Moon e Gabriel Bá demonstram o que já todos
sabemos – ou devíamos saber - são dois dos nomes grandes da banda desenhada
contemporânea.
15/11/2015
Leitura Nova: Umbrela Academy - Suíte do Apocalipse
Durante um acontecimento inexplicável, quarenta e três crianças
foram geradas espontaneamente por mulheres que não apresentavam sinais de
gravidez.
Sete dessas crianças foram adoptadas por Sir Reginald Hargreeves
e formaram a Umbrella Academy, uma família disfuncional de super-heróis com
poderes bizarros.
Na sua primeira aventura, essas crianças enfrentam uma Torre
Eiffel enlouquecida. Quase uma década depois, a equipa separa-se, mas estes
irmãos, desiludidos, reúnem-se a tempo de salvar o mundo outra vez.
19/06/2013
Brasil, manifestações, direitos, violência, BD
As
televisões de todo o mundo têm entrado em nossas casas com as imagens das
manifestações e dos actos violentes que nestes dias fazem a actualidade
brasileira.
Manifestações
e violência que o mediatismo escarafuncha e esgravata, em busca de sangue e
circo, raramente tentando explicar ou fazer reflectir sobre os acontecimentos.
Fábio Moon
e Gabriel Bá, os talentosos autores de “daytripper”,
“Quase nada” ou
“10 pãezinhos”,
defenderam no seu blog – em quadr(ad)inhos – o direito à manifestação – a ter opinião – sem violência.
A violência
(policial) sem direitos (dos manifestantes ou nem isso…) é o tema de “Como na
quinta série”, que a Balão Editorial, de comum acordo com o seu autor, DW
Ribatski, decidiu disponibilizar gratuitamente online por estes dias.
São três
leituras que aconselho – três utilizações diferentes, actuais e cívicas dos quadr(ad)inhos
– e que ajudam a reflectir.
Leituras relacionadas
Bá,
Balão Editorial,
Brasil,
Moon,
Ribatski
11/03/2013
daytripper chega a Portugal
Esta é para mim a melhor notícia do ano até agora: a
distribuição de “daytripper”, dos gémeos brasileiros Fabio Moon e Gabriel Bá,
em Portugal, juntamente com as revistas (Marvel, DC Comics, Turma da Mônica) de
Março, o que deverá acontecer durante a próxima semana.
Não só pela notícia em si – “daytripper” foi, provavelmente,
a melhor banda desenhada que li em 2012 – mas pela porta que abre em termos de
futuro, pois cria fundadas esperanças de que outras edições similares possam
chegar ao nosso país.
Como já escrevi sobre “Daytripper” aqui, deixo a nota de imprensa da Panini:
QUAIS SÃO OS DIAS MAIS IMPORTANTES DA SUA VIDA?
Conheça Brás de Oliva Domingos. Milagroso filho de um
mundialmente famoso escritor brasileiro, Brás passa os dias escrevendo
obituários e as noites sonhando em se tornar um autor de sucesso – ele escreve
o fim da história de outras pessoas enquanto a sua própria mal começou. Mas, no
dia que sua vida começar, ele será capaz de perceber?
Ela começará aos 21, quando ele conhece a garota dos seus
sonhos? Ou aos 11, quando dá seu primeiro beijo? É mais adiante na vida quando
seu primeiro filho nasce? Ou antes, quando pode ter encontrado sua voz como
escritor?
Cada dia na vida de Brás é como a página de um livro. Cada
um deles revela as pessoas e coisas que o fizeram ser quem é: sua mãe e seu
pai, seu filho e seu melhor amigo, seu primeiro amor e o amor de sua vida. E,
como em todas as grandes histórias, seus dias têm reviravoltas que ele nunca
antecipou…
Em DAYTRIPPER, os ganhadores dos Prêmios Eisner e Jabuti
Fábio Moon e Gabriel Bá contam uma história mágica, misteriosa e tocante sobre
a vida – uma jornada lírica que usa os momentos silenciosos para fazer as
grandes perguntas.
daytripper
Fábio Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Dave Stewrat (cor)
Panini Comics (Brasil, Abril de 2012)
170 x 260 mm, 260 p., cor, brochada
12,00 €
22/10/2012
daytripper
Fábio
Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Dave
Stewrat (cor)
Panini
Comics (Brasil, Abril de 2012)
260
x 170 mm, 258 p., cor, brochada
R$
24,90
1.
daytripper é a “história da vida de Brás de
Oliva Domingues”.
2.
Uma história contada em episódios
correspondentes à sua idade, não ordenados cronologicamente.
3.
(mas que o leitor poderá reordenar para (re)descobrir
(um)a (nova) história da sua vida).
4.
daytripper é a história da sua vida – quem conheceu, quem
amou, com quem viveu, quem perdeu… - e morte - assassinado a tiro, afogado, num
acidente de viação, numa operação ao cérebro, de ataque cardíaco, esfaqueado…
5.
… Porque “as pessoas morrem todos os dias”. Sempre
que vivem, sempre que a vida muda. Sempre que os sonhos se concretizam ou esfumam.
6.
Filho de um escritor de sucesso, dono de um cão
chamado Dante, Brás de Oliva Domingues ganha a vida a escrever (belos)
obituários num jornal.
7.
Mas tem um sonho, ser escritor.
8.
Um escritor que escreva “sobre a vida”, embora passe
os dias a escrever “sobre a morte dos outros”.
9.
Com o consolo – consolo? – de saber que “a morte
é parte da vida”.
10. Melhor,
“a morte é uma parte da vida”.
11.
“Assim como a família” a que Brás quer pertencer
mas de quem se esqueceu - que o
esqueceu? Apesar da máquina de escrever com que trabalha ter sido um “presente
do seu pai” e de ter aprendido “a fumar com sua mãe” a “marca preferida do pai”.
12. daytripper
é uma história – várias histórias – tocante(s) e humana(s) sobre o paradoxo dos
sonhos e da vida real.
13. De como
a vida real devia espelhar os sonhos. De como os sonhos raramente se reproduzem
na vida. Nas vidas.
14. E de
como muitas vezes a vida não passa “de um sonho bobo que acabou virando um pesadelo”.
15.
Este é um livro sobre a vida e a morte.
16. Sobre
as muitas mortes que vivemos – que morremos? – quando brincamos, quando crescemos,
quando amamos, quando somos pais ou mães, quando perdemos os que amamos- Porque
“tudo na vida pode ser divertido”. Ou tudo na vida deve ser divertido?
17.
Especialmente quando se “faz alguma coisa da
vida”. Alguma coisa que valha a pena. Para os outros. Para nós.
18. Mas,
como “há muitas coisas na vida difíceis de entender e ainda maior é o desafio
de colocá-las em palavras” (e em (belos) desenhos), daytripper é um livro que
deve ser lido (e relido), porque Fábio Moon e Gabriel Bá conseguiram fazê-lo.
19. De forma
sensível, vibrante, profundamente humana.
20. Mas só
valerá a pena lê-lo se depois nós, como Brás de Oliva Domingues, formos também
viver. A nossa vida. Os nossos sonhos.
21. Por
isso, no fim da leitura, “abra os olhos e feche o livro” porque “para perseguir
os sonhos” é preciso “viver a vida”.
11/05/2012
Casanova – Lujuria
Matt Fraction (argumento)
Gabriel Bá e Fabio Moon (desenho)
Panini Comics (Espanha, Março de 2011)
185 x 280 mm, 160 p., cor, cartonado
18,00 €
Resumo
“Casanova” é um relato de ficção-científica protagonizado
pela personagem que dá título ao livro, filho de Cornelius Quinn, o Director
Supremo de EMPIRE, uma força internacional encarregada de manter a paz e a
ordem na Terra a qualquer preço, e irmão gémeo de Zephyr, a melhor agente de
EMPIRE.
Avesso à autoridade e a cumprir ordens, Casanova é uma
constante fonte de problemas para a EMPIRE e a sua própria família, num relato
em que as surpresas – tal como os saltos espácio-temporais e as suas
indesejáveis consequências - se sucedem.
Desenvolvimento
Fã assumido dos gémeos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá,
tenho seguido com atenção - e grande prazer – a sua carreira, feita a pulso e
com talento, sempre em sentido ascendente. Carreira na qual privilegio, sem qualquer dúvida, a sua
faceta mais autoral – revelada em títulos como “10 pãezinhos”, a meia-prancha
semanal “Quase nada” ou “Daytripper” (neste momento no topo das obras que tenho
para ler) - em detrimento dos trabalhos mais comerciais (deixem-me escrever
assim) que, no entanto, revelam a sua importância crescente no meio dos comics
norte-americanos, entre os quais se destacam a colaboração com Mike Mignola em “BPRD”,
“Umbrella Academy” ou este “Casanova”, em ambos os casos no que a Bá diz
respeito.
Em todos eles – independentemente das suas características
intrínsecas – os dois têm deixado a sua marca forte e personalizada a nível
gráfico. Porque quer Bá, quer Moon, apesar de algumas diferenças, cultivam um
traço não especialmente pormenorizado ou graficamente muito atractivo que, na
sua estilização está longe de ser aquilo que se costuma designar por um
“desenho bonito”. Mas que, apesar disso, é imediatamente reconhecível e
personalizado e revela uma agilidade e uma capacidade de transmitir movimento invulgares,
o que faz dele o veículo ideal para a narração em banda desenhada. Quer nas
suas obras pessoais, mais intimistas e profundas, quer em banda desenhadas de
ficção-científica – como “Casanova” ou “Umbrella Academy” - em que predomina a
acção.
Este álbum, agora editado em Espanha – aqui tão perto e tão
longe… - que compila os quatro primeiros comics da série, acrescentados de uma
BD curta extra – desenhada por Moon -, revela exactamente isso, sendo admirável
como Bá conduz a narrativa, como passa com facilidade de cenas intimas para
grandes espaços, de monólogos ou diálogos a dois para cenas repletas de
personagens e figurantes, sem que o leitor se sinta perdido.
Infelizmente – e aqui está a minha costela anti-comics
mainstream a dar de si – o mesmo não se pode dizer do argumento de Matt
Fraction – com provas dadas em títulos de Iron Man ou Thor – que por vezes
acelera, através do tempo e do espaço, arrastando consigo o leitor sem que este
consiga assimilar tudo o que o escritor transmite, o que obriga a paragens e
releituras que não beneficiam o ritmo de fruição da obra
Apesar disso, é inegável a originalidade do relato na
criação de um universo fantástico multifacetado e na recuperação de fórmulas
antigas dos comics e da literatura pulp de terror e ficção-científica, servidas
aqui com novas roupagens, que assenta em Casanova Quinn, um anti-herói movido
apenas pelo desejo de lucro, vendendo os seus talentos a quem der mais, num
mundo de múltiplas dimensões espacio-temporais onde convivem em abundância espiões,
agentes duplos e super-vilões - entre os quais se destaca Newton Xeno, um génio
do crime - e no qual, pelo que atrás ficou escrito, a entrada não é tão directa
ou simplificada quanto possa parecer à primeira vista.
Ou, quem sabe, talvez o problema seja meu pois, nos Estados
Unidos, depois da luxúria, em 2006, e da gula, em 2008, já está em publicação a
terceira temporada de “Casanova”, dedicado à avareza.
A reter
- O muito bom trabalho gráfico de Bá.
- A edição da Panini Comics, cuidada e bem complementada com
um texto introdutório de David Fernández, a tal história curta extra, as capas
originais dos comics e uma explicação de Bá e da (também brasileira) colorista Chris
Carter, sobre a selecção de uma apertada gama de tons para a recolorização da obra
para esta compilação – pois os comics originalmente foram publicados apenas
numa surpreendente combinação de branco, negro e verde.
Menos conseguido
- O argumento de Matt Fraction, algo confuso, apesar dos
aspectos originais que contém.
Nota: Com excepção da capa do livro, as imagens aqui
reproduzidas foram “pirateadas” do PaperBlog, a quem agradeço a involuntária
colaboração.
24/12/2010
Natal aos Quadradinhos
O Pedro deseja aos seus leitores um Natal com muitos livros e um Ano Novo – melhor do que o de 2010… - com muitas (e boas) leituras.... como a tira Quase Nada, de Fabio Moon e Gabriel Bá, que ilustra este post.
Pedro wishes to their readers a lot of books in Christmas and a Happy New Year - better than 2010 ... - with many (and good) readings... as the weekly strip Quase Nada, from Fabio Moon e Gabriel Bá, showed on this post.
Pedro souhaite à ses lecteurs un grand nombre de livres à Noël et une bonne nouvelle année - mieux que le 2010 ... - avec de nombreuses (et bonnes) lectures... comme les planches hebdomadaires de Quase Nada, de Fábio Moon et Gabriel Bá, qu'ilustre ce post.
Pedro wishes to their readers a lot of books in Christmas and a Happy New Year - better than 2010 ... - with many (and good) readings... as the weekly strip Quase Nada, from Fabio Moon e Gabriel Bá, showed on this post.
Pedro souhaite à ses lecteurs un grand nombre de livres à Noël et une bonne nouvelle année - mieux que le 2010 ... - avec de nombreuses (et bonnes) lectures... comme les planches hebdomadaires de Quase Nada, de Fábio Moon et Gabriel Bá, qu'ilustre ce post.
01/06/2010
10 Pãezinhos – Fanzine e Mesa para dois
Fábio Moon e Gabriel Bá (argumento e desenho)
Devir Livraria (Brasil, Outubro de 2007 e Dezembro de 2006)
165 X 240 mm, 216 p. / 56 p., pb, brochado
Nasceram em 1976, são gémeos, brasileiros e desde sempre quiseram fazer banda desenhada. A esse sonho dedicaram energia e vontade, escrevendo e desenhando quando podiam divertir-se (de outra forma), estudando arte para serem melhores, auto-editando-se, quando essa era a única alternativa, num fanzine semanal (!), cumprindo (os seus próprios) prazos por respeito por aqueles que os liam, cumprindo (os) prazos (dos outros), nos primeiros contratos profissionais, mesmo quando a obra já não os motivava...
A história desse(s) percurso(s) – primeiro separados, depois em duo – está contada na primeira pessoa, de forma notável, em “10 Pãezinhos - Fanzine”, que compila, explicando, elementos diversos das suas carreiras ao longo de uma década iniciada em 1991. E que, para além de permitir a descoberta da “pré-história” de Moon e Bá e a sua evolução no domínio das técnicas narrativas próprias dos quadradinhos, é uma magnífica declaração de amor pela arte de narrar em imagens sequenciais.
Dessas narrativas, do tom poético de muitas delas, aqui e ali com um toque de humor, ironia, amargura ou ternura, quase sempre inspiradas nas suas vidas ou nas daqueles com quem se cruzam, destaca-se uma sensibilidade fora do comum e uma capacidade invulgar para exprimir aos quadradinhos sentimentos, emoções e dúvidas bem humanas.
O que está também patente em “10 Pãezinhos - Mesa para dois”, a história (mais longa, o que permite aprofundar o carácter das personagens, explorá-las melhor…) de um escritor em crise criativa, bloqueado face ao papel em branco, que contrata uma assistente para conversar, ajudando-o assim a terminar o seu romance, e que na prática é uma metáfora sobre as coisas e as pessoas que não conseguimos ver apesar de estarem mesmo à nossa frente. Mas também uma história sobre relacionamentos difíceis – ou sobre a dificuldade de nos relacionarmos? - num mundo globalizado, regido pela comunicação, em que estamos cada vez mais sós e isolados, fechados na nossa própria concha, narrada de forma sensível e pausada, num preto e branco delicado e expressivo.
(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 18 de Outubro de 2008, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
Devir Livraria (Brasil, Outubro de 2007 e Dezembro de 2006)
165 X 240 mm, 216 p. / 56 p., pb, brochado
Nasceram em 1976, são gémeos, brasileiros e desde sempre quiseram fazer banda desenhada. A esse sonho dedicaram energia e vontade, escrevendo e desenhando quando podiam divertir-se (de outra forma), estudando arte para serem melhores, auto-editando-se, quando essa era a única alternativa, num fanzine semanal (!), cumprindo (os seus próprios) prazos por respeito por aqueles que os liam, cumprindo (os) prazos (dos outros), nos primeiros contratos profissionais, mesmo quando a obra já não os motivava...
A história desse(s) percurso(s) – primeiro separados, depois em duo – está contada na primeira pessoa, de forma notável, em “10 Pãezinhos - Fanzine”, que compila, explicando, elementos diversos das suas carreiras ao longo de uma década iniciada em 1991. E que, para além de permitir a descoberta da “pré-história” de Moon e Bá e a sua evolução no domínio das técnicas narrativas próprias dos quadradinhos, é uma magnífica declaração de amor pela arte de narrar em imagens sequenciais.
Dessas narrativas, do tom poético de muitas delas, aqui e ali com um toque de humor, ironia, amargura ou ternura, quase sempre inspiradas nas suas vidas ou nas daqueles com quem se cruzam, destaca-se uma sensibilidade fora do comum e uma capacidade invulgar para exprimir aos quadradinhos sentimentos, emoções e dúvidas bem humanas.
O que está também patente em “10 Pãezinhos - Mesa para dois”, a história (mais longa, o que permite aprofundar o carácter das personagens, explorá-las melhor…) de um escritor em crise criativa, bloqueado face ao papel em branco, que contrata uma assistente para conversar, ajudando-o assim a terminar o seu romance, e que na prática é uma metáfora sobre as coisas e as pessoas que não conseguimos ver apesar de estarem mesmo à nossa frente. Mas também uma história sobre relacionamentos difíceis – ou sobre a dificuldade de nos relacionarmos? - num mundo globalizado, regido pela comunicação, em que estamos cada vez mais sós e isolados, fechados na nossa própria concha, narrada de forma sensível e pausada, num preto e branco delicado e expressivo.
(Versão revista e aumentada do texto publicado originalmente a 18 de Outubro de 2008, na página de Livros do suplemento In’ da revista NS, distribuída aos sábados com o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias)
31/05/2010
Fábio Moon e Gabriel Bá na Mundo Fantasma
Vindos do VI Festival Internacional de BD de Beja, os gémeos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá estarão amanhã, dia 1 de Junho, às 17 horas, na Galeria Mundo Fantasma, na livraria com o mesmo nome, no Centro Comercial Brasília, no Porto, para uma sessão de autógrafos e para a inauguração de uma exposição de originais, que ficará patente até 11 de Julho e que foi complementada com a edição de um giclée original de Fábio Moon, aqui reproduzido.
Nascidos em 1976, formados em Artes Plásticas, em apenas 10 anos passaram do anonimato do fanzine autobiográfico e auto-editado “10 pãezinhos” a autores em destaque no competitivo mercado norte-americano, graças a títulos como “Casanova”, "Pixu", “Umbrella Academy” (escrita por Gerard Way, vocalista dos My Chemichal Romance) ou “BPRD 1947” (de Mike Mignola, criador de Hellboy).
A conquista de diversos troféus Eisner – os mais importantes da indústria norte-americana de quadradinhos – possibilitou-lhes continuarem a desenvolver obras mais pessoais (e mais estimulantes) como a tira semanal “Quase nada” (no Brasil) ou a mini-série “Daytripper” (em curso nos EUA, numa edição da Vertigo) em que abordam questões do quotidiano, mostrando como as escolhas que se fazem (ou não) são determinantes para a vida.
Nascidos em 1976, formados em Artes Plásticas, em apenas 10 anos passaram do anonimato do fanzine autobiográfico e auto-editado “10 pãezinhos” a autores em destaque no competitivo mercado norte-americano, graças a títulos como “Casanova”, "Pixu", “Umbrella Academy” (escrita por Gerard Way, vocalista dos My Chemichal Romance) ou “BPRD 1947” (de Mike Mignola, criador de Hellboy).
A conquista de diversos troféus Eisner – os mais importantes da indústria norte-americana de quadradinhos – possibilitou-lhes continuarem a desenvolver obras mais pessoais (e mais estimulantes) como a tira semanal “Quase nada” (no Brasil) ou a mini-série “Daytripper” (em curso nos EUA, numa edição da Vertigo) em que abordam questões do quotidiano, mostrando como as escolhas que se fazem (ou não) são determinantes para a vida.
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