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17/03/2023

Ringo intégrale

Finalmente


Se, como escrevi aqui, Durango era uma lacuna nos meus conhecimentos de western, Ringo era uma lacuna parcial na leitura e também na minha biblioteca, onde até agora só existia ‘espalhado’ pelo Mundo de Aventuras, Tintin Sélection e pelo (único) álbum (publicado em português) da Bertrand. Para complicar, as cinco histórias (na verdade seis…) que protagonizou até hoje tinham sido compiladas uma única vez, em dois volumes de 2004, na colecção Tout Vance, há muito desaparecidos dos mercados.

Agora, finalmente, a publicação integral desta série escrita e desenhada pelo grande William Vance (nos dois momentos iniciais) e depois, sucessivamente, com argumentos de Jacques Acar, Yves Duval e André-Paul Duchateau, permitiu-me a sua leitura cronológica de uma assentada.

21/03/2021

Howard Flynn

Passagem por Portugal

Criação de William Vance e Yves Duval, Howard Flynn é uma série que decorre no final do século XIX e tem como protagonista um oficial da marinha britânica - que lhe dá o título. Oficial esse que, ao longo de meia dúzia de aventuras, teve uma - dupla! - passagem relevante por Portugal.

23/06/2019

Bruno Brazil em… XIII!


Em Regresso a Greenfalls, Yves Sent, que retomou com Iouri Jigounov a série do amnésico XIII, após o abandono de Van Hamme e William Vance, decidiu homenagear este último, evocando a certa altura a cena de abertura de A Noite dos Chacais”, uma das mais marcantes aventuras de Bruno Brazil, do mesmo Vance a partir de argumento de Greg.
O resultado, está já a seguir, para apreciarem semelhanças e diferenças...

05/03/2019

Bruno Brazil: L'Intégrale #2

Da emoção à razão

Nunca coleccionei a revista Tintin nem fui seu leitor regular, mas li, por atacado ou já em álbum, muitas das histórias nela publicadas. No que à aventura diz respeito, houve um díptico que, no momento da sua leitura, ainda adolescente, me marcou bastante: era constituído pelos episódios A noite dos chacais e Sarabanda em Sacramento, que tinham por protagonistas a Brigada Caimão dirigida por Bruno Brazil.
A sua releitura, há dias, provocou-me, num primeiro momento, uma reacção de desilusão.

16/10/2015

Bruno Brazil: Intégrale 1












Bruno Brazil é mais um dos (grandes) heróis da revista Tintin a merecer a reedição – melhorada e comentada – sob a forma de integral, em mais um passo da editora na direcção dos adultos que em tempos leram a revista e a quem a nostalgia agora bate à porta, tivessem na altura 7 (ou mais) anos e hoje 77 (ou menos) anos.

30/03/2015

Bruce J. Hawker - L’Intégrale 2/2











Segundo – e último - dos dois volumes recompilatórios das aventuras de Bruce J. Hawker, oficial da marinha britânica no século XIX, tem como principal novidade a entrada de A. P- Duchâteau para a equipa criativa, como argumentista da série, que – por isso? – apresenta algumas inflexões no seu tom.

12/02/2015

XIII #9 – A Versão Irlandesa/O Último Assalto









Dez semanas após o início da colecção do Público, 22 anos depois segundo a edição original ou 24 anos e 58 dias depois de Van Hamme ter pela primeira vez escrito a cifra ‘XIII’, chega ao fim uma das grandes sagas de acção e aventura que a banda desenhada franco-belga nos ofereceu.
Com mestria e todas as pontas bem atadas, após uma longa, paciente, elaborada e electrizante viagem.

10/12/2014

XIII #1










Começa hoje – agora a sério – a nova colecção de banda desenhada do Público, integralmente preenchida com a série XIII.
Depois do tiro no pé que constituiu o arranque com o volume 11, o díptico O Dia do Sol Negro/Para onde vai o índio, apresenta já em (quase) todo o seu esplendor, um dos melhores thrillers já narrados aos quadradinhos.

03/12/2014

XIII em Dezembro

(ASA/Público)






Começa hoje a ser distribuída com o jornal Público a nova colecção de banda desenhada XIII, editada em parceria com a ASA.
Como As Leituras do Pedro já tinham adiantado aqui os títulos, um resumo da obra e algumas considerações, deixo a seguir a nota de imprensa, a listagem dos volumes e as capas dos mesmos, conforme disponibilizadas pela editora.
Antes disso, um conselho a todos que vão comprar a colecção, algo que aconselho vivamente: para não ficar com a sensação de que leu o livro e não percebeu nada nem entende porque tanta gente elogiava esta criação de Jean Van Hamme e William Vance, não leia o volume 11 que vai ser distribuído hoje. É o último da colecção, está intimamente ligado com o que se passa atrás e muitas das personagens são as mesmas. Por isso, refreia a curiosidade e comece a leitura só daqui a oito dias, com  o volume onde realmente se iniciam as aventuras de XIII, o protagonista amnésico de um dos mais conseguidos thrillers de acção que a BD criou nas últimas três décadas.

16/12/2013

Bob Morane: 60 anos entre o romance e a banda desenhada

 








Há 60 anos, surgia nas livrarias belgas La Vallée Infernale, romance de aventuras assinado por Henri Vernes, que marcava a estreia de um certo Bob Morane. Em Portugal popularizou-se graças às bandas desenhadas publicadas nas páginas da revista Tintin.

Saiba mais já a seguir.

10/10/2012

Bruce J. Hawker - L'Intégrale #1

 
 
 
 
 

 
 
 
 
William Vance
Le Lombard (França, 28 de Setembro de 2012)
222 x 295 mm, 192 p., cor, cartonado
25,50 €
 
 
Resumo
Este é o primeiro de dois tomos com a reedição integral de Bruce J. Hawker, uma saga marítima criada por William Vance, que decorre no século XIX.
Reúne os álbuns “Cap sur Gibraltar”, “L’Orgie des Damnés" e "Press Gang", bem como 13 pranchas inéditas de “Les entrailles du H.M.S. Thunder” e um dossier repleto de ilustrações que situa esta criação no seu contexto e explica a sua génese.
O primeiro episódio de Bruce J. Hawker foi estreado na revista “Femmes d’Aujourd’hui”, em 1976, tendo depois sido remontado e, no caso de algumas páginas, redesenhado aquando da sua publicação na revista Tintin, nas suas versões belga e francesa, três anos mais tarde.
 
Desenvolvimento
Se hoje em dia William Vance é referenciado sobretudo pelo desenho do best-seller “XIII”, convém não esquecer que antes de atingir esse sucesso, tinha já uma carreira repleta de criações marcantes como Howard Flynn, Rodrigo, Bob Morane, Bruno Brazil ou este Bruce J. Hawker.
Nascido da vontade de Vance de desenhar o mar e passar para o papel a sua paixão pelas embarcações dos séculos XIII e XIX, Bruce J. Hawker é uma narrativa clássica de aventuras, com tudo o que isso implica de bom ou de menos conseguido.
A história dos três tomos agora compilados, resume-se com facilidade: tendo recebido o comando do H.M.S. Thunder, um navio da marinha de sua majestade britânica, o jovem tenente da Royal Navy Bruce J. Hawker é encarregado de uma missão secreta da maior importância: levar peças para uma arma secreta desde Inglaterra até ao Golfo de Cádis.
Atacado por uma numerosa frota espanhola, o H.M.S. Thunder é derrotado e apresado e os seus oficiais detidos. Após uma fuga recheada de peripécias, regressam a Inglaterra, onde Hawker é acusado de traição e destituído do seu posto, sendo renegado pelos pais adoptivos e pela noiva. Como uma tragédia nunca vem só, acabará por se ver recrutado à força para remar nos barcos de sua majestade…
Sinal de outros tempos – e de um modelo que fez sucesso na BD franco-belga - a acção decorre em ritmo elevado, com os acontecimentos a sucederem-se sem dar tempo ao leitor de parar para os considerar ou ao autor para desenvolver de forma consistente algumas das personagens secundárias, que até pareciam marcadas para assumir papel mais relevante, antes de as eliminar de vez. Assim obrigava o modelo (então) rígido das 46 pranchas por álbum, nos quais introdução, queda, encontro com o amor e nova ascensão, marcam uma cadência elevada apenas pausada pela descrição das cenas marítimas de batalha. Uma delas, logo no primeiro tomo, assume maior relevância, por descrever todas as acções dos homens que municiavam e manobravam os canhões, frente a um inimigo sempre oculto dos olhos do leitor, que só será revelado quando a batalha tem o seu desfecho.
Esse é um dos trunfos desta saga, a recriação pormenorizada e empenhada de uma época e de um modo de vida, duros e marcantes.
Na memória, eu tinha uma versão num belo preto e branco constrastante, publicada – não nas melhores condições técnicas – pelo Mundo de Aventuras, em 1982, sob o título “Rumo a Gibraltar”. A descoberta, agora, da sua versão original, com um colorido sóbrio e extremamente realista, foi um deleite. Vance recria com uma qualidade gráfica e um realismo espantosos uma Londres coberta de neve e nevoeiro, o mar revolto ou a coberta e interiores dos navios do século XIX, fazendo desta série um belo documento de época.
Outro sinal distintivo, é a planificação diversificada – e ousada para a época – que frequentemente “explode” o modelo tradicional de 3 ou 4 tiras por prancha, criando vinhetas duplas, triplas ou mesmo de página inteira ou inserindo vinhetas dentro de vinhetas, que para além de belos efeitos, se revelam instrumentos de grande utilidade na marcação do ritmo e na definição dos momentos de maior impacto da narrativa.
 
A reter
- O excelente trabalho gráfico de Vance.
- O prazer de reler um clássico da BD de aventuras franco-belga.
- Mais uma belíssima edição integral franco-belga – já há algum tempo que não trazia nenhuma aqui… – com um dossier muito pormenorizado e completo e uma capa magnífica de que quero destacar a textura.
 
Menos conseguido
- A previsibilidade da história, pese embora uma ou outra surpresa no seu desenrolar, apesar de tudo natural numa criação que é exemplo (bem) acabado de uma certa época e de uma certa forma de narrar em BD.
 
 
 

17/01/2012

Bruno Brazil e Luc Orient surgiram há 45 anos


Há 45 anos, a revista Tintin belga estreava dois heróis de banda desenhada que os leitores portugueses viriam a conhecer bem: Luc Orient e Bruno Brazil.
Em comum, para além da data e local de estreia, tinham o mesmo argumentista, Greg, um dos mais prolíferos escritores da BD franco-belga, que ao longo da sua carreira assinou mais de 350 álbuns, que no caso de Bruno Brazil utilizava o pseudónimo de Louis Albert. 

Luc Orient

Nas primeiras aventuras, o sábio e atlético Luc Orient – cuja trama base evocava o clássico Flash Gordon – em conjunto com o professor Kala e a bela Lora, enfrentava a ameaça dos naturais do planeta Terango. Depois, o trio deparou-se com diversos fenómenos paranormais que foi resolvendo ao longo de 18 álbuns, publicados até 1994.
Para o desenvolvimento desta série de ficção-científica, algo raro na revista Tintin, Greg trabalhou com Eddy Paape, que adoptou um desenho realista, progressivamente servido por cores contrastantes e enquadramentos mais dinâmicos, com o qual retratou os mundos exóticos que Luc Orient visitou.



Bruno Brazil

Quanto a Bruno Brazil, de cabelo prematuramente branco e sempre elegante, era o responsável pela inusitada Brigada Caimão, composta por Whip Rafale, Big Boy Lafayette, Texas Bronco, Gaúcho Morales e Billy Brazil, uma unidade especial norte-americana encarregada de casos complexos, quer se tratasse da máfia, traficantes ou terroristas.
O desenho estava entregue a William Vance, que soube equilibrar um traço realista algo rígido, com alguns enquadramentos mais espectaculares que realçavam as muitas cenas de acção. Desenvolvida ao longo de 11 álbuns, esta foi uma série que marcou gerações de leitores, pela morte de alguns dos seus protagonistas, algo nada habitual na banda desenhada franco-belga de aventuras.


Luc Orient e Bruno Brazil partilham pelo menos mais dois aspectos em comum: o facto de a morte de Greg, em 1999, ter deixado incompletos novos episódios dos dois heróis, e a divulgação das aventuras de ambos em Portugal ter sido feita no Tintin português – Bruno Brazil estreou-se em 1968 e Luc Orient em 1969 - e, parcialmente, em álbum, pela Bertrand.
No ano passado, a colecção Clássicos da Revista Tintin (e Público/ASA), dedicou um dos seus volumes a Luc Orient.


07/01/2011

Bruno Brazil #9

Quitte ou Double pour Alak 6 Greg (argumento) Vance (desenho) Petra (cor) Le Lombard (França, Junho de 2001) 224 x 297 mm, 48 p., cor, cartonado 1. Iniciadas com este álbum, as minhas leituras do corrente ano tiveram, por isso, um pendor fortemente nostálgico. 2. Lido originalmente (no final da década de 70…?) na revista Tintin portuguesa, emprestada por algum amigo – é verdade, eu não coleccionei aquela revista – esta foi uma das histórias que mais marcaram o meu percurso de leitor de BD. 3. Uma história que pertence a uma lista curta, da qual fazem parte também Rip Kirby – O envelope trocado, Simon du Fleuve – Maílis, Lanterna Verde & Arqueiro Verde – Os “Pássaros da Neve” não voam ou Silêncio. 4. Histórias às quais devo o facto de ainda hoje ter os quadradinhos como minha leitura de eleição. 5. Porque, lidas na altura certa, permitiram-me descobrir em banda desenhada temáticas e abordagens diferentes e mais adultas, que correspondiam às minhas exigências crescentes do momento. 6. Há muitos anos na minha lista de “álbuns a comprar”, este relato segue – de forma não especialmente brilhante, confesso – o modelo tradicional dentro da banda desenhada de aventuras franco-belga. 7. Os seus protagonistas são a Brigada Caimão, um grupo de operações especiais de elite, comandado por Bruno Brazil que, na sequência de alguns atentados, recebe a missão de resgatar em Madagáscar o último possuidor do segredo de um novo míssil estratégico experimental (implantado cirurgicamente no cérebro do homem em questão…). 8. Graficamente, é um trabalho pouco inspirado de Vance, com um traço demasiado estático, uma planificação mais rígida do que era habitual e a utilização de legendagem mecânica nos tamanhos maiores o que não torna o conjunto especialmente atraente. 9. Datado de 1975, inspirado no clima de guerra fria que então se vivia, o argumento é uma história de espionagem e acção, com debilidades, narrativas e temporais, e que se destaca – quase só - pelo falhanço quase total do comando de Brazil… 10. A diferença, que me marcou então sobremaneira, surge nas páginas finais, mais exactamente nas pranchas 40 a 44, onde um então adolescente descobriu, com surpresa e choque, que os heróis de papel, geralmente perfeitos e invencíveis, também podiam ficar estropiados ou até morrer… 11. E nas quais (re)lembrei uma frase que, tantos anos depois, ainda estava gravada na minha memória: “Gaucho Morales, que a morte não quisera, chorava convulsivamente…”
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