02/10/2020

Andanças e confissões de um homem em pijama

Ganhar consciência


Compreendo aqueles que olham para as 'crónicas em pijama' de Paco Roca como das suas obras menos interessante e admito até que - no presente caso - possam questionar se algumas das sequências de duas páginas que integram este livro não estão mais próximas do texto ilustrado do que da banda desenhada propriamente dita.

No entanto, a principal diferença entre este livro e o anterior é a (aparente) tomada de consciência do autor perante o mundo que o rodeia, revelada num certo afastamento do seu umbigo e em narrativas mais centradas nos problemas que afectam o nosso mundo.

01/10/2020

Calendário BD de Outubro

 

Quino (1932-2020)

 

Num ano negro para a BD, partiu mais um Grande Senhor dos quadradinhos.

Conhecido mundialmente como criador da Mafalda, foi muito mais do que isso: foi um autor atento ao nosso mundo, uma voz que nunca se calou na denúncia dos abusos, da prepotência, das injustiças e das desigualdades, através de um traço vivo e expressivo e de um sentido de humor subversivo e repleto de nonsense, que tantas vezes se torna incómodo quando aponta (também) para nós.

29/09/2020

Lucky Luke muda de sela

...mas continua imparável




Segundo volume da colecção Lucky Luke visto por…, este álbum da autoria de um alemão desconhecido que assina como Mawil, cumpre sobejamente os quesitos originais: uma abordagem divertida mas respeitosa e muito original ao universo do ‘cowboy que dispara mais rápido do que a própria sombra’.

25/09/2020

New York Cannibals

Antes ou depois…?




Acabado de lançar pela Ala dos Livros, poucos dias antes da edição original francófona, New York Cannibals volta a reunir o desenhador francês François Boucq e o romancista norte-americano Jerome Charyn.

E é, em poucos meses, o terceiro álbum do desenhador publicado entre nós, depois do díptico de Guardião.

23/09/2020

O gourmet solitário

O homem que passeia... vai ao restaurante



Se o título acima me surgiu após poucas páginas da leitura deste livro, ao preparar este texto descobri que já tinha utilizado o artifício noutra ocasião: no museu! 

No entanto, decidi repeti-lo porque ele faz todo o sentido e realça a unidade que existe na obra de Jiro Taniguchi.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...