Está actualmente à venda em Portugal - mais especificamente em alguns dos quiosques e bancas que continuam abertos, o n.º 54 da revista Mônica que, na verdade, para desespero de (alguns) coleccionadores, deveria ser o n.º 600.
Passo a
explicar: há uns poucos anos - 54 meses, exactamente! - a Panini
brasileira decidiu reiniciar a numeração das suas revistas - gesto
que já não era original… -
num truque que o marketing
explica mas que os coleccionadores lamentam, afectando também - mais
uma vez… - a revista Mônica.
Como leitor e
comprador regular - que fui - de revistas durante muitos anos, para
mim os ‘números especiais’ - de aniversário, de Natal,
os
centenários…
- eram aguardados - por mim e tantos outros - com (maior)
expectativa: porque, eram, realmente especiais pela selecção de
histórias, pelo maior número de páginas, por ofertas ou concursos
proporcionados, pelas páginas a cores incluídas… Recordo,
especialmente, por absurdo que a alguns pareça hoje, o n.º 1000 de
O Falcão
que
no dobro de páginas habitual, incluía as grandes séries da
publicação e custava… o mesmo preço de sempre - algo raro (ou
até único?) no historial destas edições. E recordo, também, como
o Mundo de Aventuras,
na sua segunda série, a partir de certa altura passou a incluir na
primeira página a numeração como se ela nunca tivesse sido
reiniciada, assinalando
até (pelo
menos) n(um)a
capa o número centenário: 1600…
Mas
adiante, que hoje o assunto é a Mônica
#54
que, também na capa, indica a ‘comemoração’
de ‘600
edições no Brasil’
- e ‘reinventa’ a capa da primeira revista.
E
fá-lo, mais
ainda,
na história de abertura - 6oo
edições grandes emoções
- que, abrindo com uma aproximação à icónica imagem da capa da
Mônica #1 - e ao grafismo e à linguagem então utilizados, parte
para uma longa viagem por diversos momentos da história da revista,
com um entrar e sair (literal) de personagens (mais ou -
principalmente - menos) relevantes e situações nela exploradas. Um
(enorme) piscar de olho aos que acompanham a revista desde sempre -
mas bem menos relevante para os leitores mais novos (ou recentes),
até
porque as memórias evocadas são mais distantes do que recentes.
E, por isso, se quiserem, uma história mais lógica num n.º 600 do
que num n.º 54…
Numa
edição quase completamente sob o signo dos ‘contadores de
histórias’, uma chamada de atenção ainda
para
No
tempo da pré-história
na qual, em seis páginas divertidas e inspiradas, descobrimos como
teriam sido o Cebolinha, a Magali, o Cascão e a Mônica, se tivessem
sido colocadas no tempo dos dinossauros em vez de no Brasil actual…
bem como o seu criador!
Nota
final
Entre
a Mônica #1 e a #54 (#600) passaram quase
50 anos! Se a Turma é a mesma, se, mais do que isso, o espírito, o
bom humor e os valores se mantiveram - adaptados sucessivamente a
cada novo tempo, claro - a principal diferença - uma das principais,
pelo menos - é a creditação da autoria das histórias. Nada mais
justo, do que reconhecer o contributo daqueles que contribuem para
perenizar as criações de Maurício de Sousa.
Mônica #54
Vários
autores
Panini Comics
Brasil,
Outubro
de 2019
135
x 190
mm, 80
p., cor, capa mole,
mensal
R$
7,00/2,25 €
(capa da Mônica disponibilizada pela Panini; capas do Mundo de Aventuras e de O Falcão recolhidas na base de dados BDPortugal; clicar nas imagens para as aproveitar em toda a sua extensão)
Ótima postagem... ;)
ResponderEliminarhttp://blogdoxandro.blogspot.com/
Obrigado.
EliminarBoas leituras!